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O Rio de Janeiro tem dono: Garotinho

Aos 83 anos, José Carlos Araújo mostra o porquê de continuar sendo o narrador mais importante do futebol carioca. Não bastasse dominar as rádios, agora também se impõe na Internet. Entrevista exclusiva e marcante

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Aos 83 anos, José Carlos Araújo não para de se reinventar. O nome mais respeitado na comunicação esportiva do Rio de Janeiro não quis mais se restringir ao rádio, onde é uma figura icônica, ou à televisão. Garotinho, como todos o conhecem, decidiu criar um canal no youtube, que é um enorme sucesso.

“Estou sempre estimulado. Quero me comunicar com as pessoas. É um dom que eu tenho. Já era assim com o rádio, com a televisão. Trabalhar faz parte da minha essência.”

Foram 42 anos em duas passagens pela rádio Globo.

Está há nove na Super Rádio Tupi.


Na televisão ficou 20 anos apresentando o Mesa Redonda para a TVE. Passou pelo SBT, Band. Começou a trabalhar em 1964, no dia 31 de março.

“Eu vi os militares invadindo a redação do jornal O Globo. Foi uma situação inesquecível. Mas não me abalei. Fui almoçar normalmente. Eu queria era trabalhar. Fiquei triste porque o jogo foi adiado por conta da Revolução.”


Essa paixão pela comunicação combinou com o carisma, com o dom de encantar pessoas, que vem desde os tempos em que era professor de Geografia. Precisava ter uma profissão com mais garantias. É oficial da reserva do Exército. Paraquedista, sim, paraquedista. José Carlos Araújo tem o apelido de Garotinho muito antes que Osmar Santos usasse e abusasse do termo. E também antes que o político Anthony colocasse como sobrenome Garotinho. Cobriu, in loco, 12 Copas do Mundo.

Fica muito emocionado quando narra um jogo do Brasil. No Rio de Janeiro, domina a narração esportiva. Botafoguense assumido, não tem rejeição nos torcedores rivais. É ídolo de flamenguistas, tricolores e vascaínos. Conta com fãs em todo o país. Foi jurado do Chacrinha, de quem era muito amigo. Adora o lado artístico. No seu podcast leva ídolos dentro do gramado como também da música. Tem uma vitalidade impressionante. “Estou muito animado com a Internet. Com o sucesso do meu canal. O futuro do rádio passa, sem dúvida alguma, pela Internet.”


Com a energia e astúcia de repórter, que foi por muitos anos,sabe como tirar o melhor do seu convidado. Como quando Romário chamou Bebeto de ‘traidor’. “Foi um susto, já que os dois foram sempre muito amigos, companheiros inesquecíveis da Copa de 94. Mas, por política, Romário chamou Bebeto de ‘traidor’. O Bebeto pediu para ir no meu canal. Se justificou. Mas o Romário ainda não aceitou as desculpas.”

A importante entrevista de Garotinho é reveladora, verdadeira. E mostra que o Rio de Janeiro tem dono, quando o assunto é narração de futebol. Seu nome é José Carlos Araújo. Mas pode chamar de Garotinho.

Acompanhe a conversa de forma integral no canal do Cosme Rímoli, no youtube.

A cada semana uma entrevista exclusiva com um personagem importante do esporte.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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