O injustiçado Weverton mostrou outra vez a Tite, que estava no Allianz. Merece ser o goleiro titular do Brasil na Copa
Ele foi o responsável direto pela classificação do Palmeiras à semifinal. Sua defesa no pênalti de Rubens foi apenas mais uma do atual goleiro bicampeão da Libertadores. Aos 34 anos, está na melhor fase
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Tite estava no Allianz Parque.
Mais uma vez ele viu, desta vez ao vivo, a injustiça que faz com Weverton.
Só o fato absurdo de o treinador menosprezar o futebol jogado no Brasil, que não garante o goleiro do Palmeiras como o titular da seleção.
Não adianta nem questionar o jogador, que é muito ético. E respeita a aposta de Tite em Allison como o goleiro principal e Ederson como o seu reserva.
Weverton será o terceiro na Copa.
Mas, ao menos, Tite teve de testemunhar outra noite histórica do atual goleiro bicampeão da Libertadores. E que garantiu a ida do Palmeiras à terceira semifinal seguida ao defender o pênalti cobrado por Rubens, do Atlético.
"Realmente foi histórico, todo mundo sabe, no primeiro tempo com um a menos, depois dois a menos, e conseguir jogar, segurar de alto nível."
"Isso é uma equipe muito madura, que não tem limites, que cada vez mais prova aquilo de que é capaz, aquilo que pode fazer. É uma vitória que nos enche de esperança e orgulho do que vem pela frente, saber que nada vai ser fácil."
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"Foi uma vitória incrível, vamos comemorar agora com o nosso torcedor."
"Hoje, que nem o Abel fala, são 24 horas, a partir de amanhã já vamos pensar no clássico [contra o Corinthians], é difícil, é um grande adversário, mas por hoje vamos comemorar. Hoje também 250 jogos pelo Palmeiras e, com essa vitória maravilhosa, é só motivo de orgulho e gratidão a Deus por tudo."
Muito religioso, Weverton se sentiu inspirado e agradecido.
"As pessoas esperam muito do goleiro. Eu estava muito tranquilo e falei há pouco que, segunda-feira, eu estava tomando banho, para deitar para dormir, e veio uma palavra muito forte no meu coração, que dizia assim 'há tempo para nascer, para morrer, para plantar, colher'. E hoje chegou o tempo da vitória nos pênaltis, hoje chegou o dia de pegar pênalti, chegou o dia", comemorava.
Mas, além da religião, há muita dedicação no sucesso do goleiro.
"Eu estudo muito pênaltis, vejo no caminho do CT para o jogo, vejo as possibilidades. Hoje eu recebi uma informação dentro de campo, do preparador de goleiros, de que talvez o Rubens fosse um dos poucos que batiam naquele canto. E me deu o feeling. Foi uma informação importante, e depois é o momento de um para um com o batedor. Fiz o que ele passou para mim, a informação valeu a classificação."
Aos 34 anos, Weverton vive seu auge na carreira.
Mas sabe que não adianta sonhar.
O local de domínio, onde é valorizado, reconhecido, é o Palmeiras.
E pode ganhar o título que for.
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