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O gol mal anulado em São Paulo pesou. Palmeiras fora da final

A equipe de Felipão foi corajosa. Mas a organização do Cruzeiro de Mano Menezes se impôs. O 1 a 1 valeu a classificação à final da Copa do Brasil

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Barcos foi cruel contra seu ex-time. Dois gols que levaram o Cruzeiro à final
Barcos foi cruel contra seu ex-time. Dois gols que levaram o Cruzeiro à final

São Paulo, Brasil

O gol anulado, de maneira incorreta, na primeira partida entre Palmeiras e Cruzeiro foi fundamental.

Ao não consultar o VAR, Wagner Reway, confirmou a vitória dos mineiros, em São Paulo.

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Em Belo Horizonte, no Mineirão, estádio de tristes lembranças para Felipão e para os brasileiros, por conta dos 7 a 1 da Alemanha, o Palmeiras não conseguiu vencer. Mesmo com Luiz Felipe Scolari muito ousado nas alterações.

Mesmo assim, não conseguiu superar a ótima organização cruzeirense e apenas empatou em 1 a 1 e o time de Mano Menezes está na final da Copa do Brasil de 2018. 


Será a sua oitava decisão da competição, igualando o recorde do Grêmio. Mas se ganhar, será o primeiro hexa, além do único a ser bicampeão seguido.

Enfrentará o Corinthians.


A lei do ex pesou. Barcos marcou na arena palmeirense e também hoje, no Mineirão. Felipe Melo marcou de cabeça. Mas foi insuficiente. O Palmeiras precisava pelo menos do placar de 2 a 1 para a decisão da vaga ir para os pênaltis. Não conseguiu. E pelo segundo ano consecutivo foi eliminado do torneio pelo Cruzeiro.

Depois do jogo, a tensão explodiu.Bastou Léo subir para disputar uma bola de cabeça com Felipe Melo. O zagueiro não percebeu que a partida havia acabado. E houve uma briga generalizada. Com direito a expulsões de Diogo Barbosa e Sassá. O atacante cruzeirense acertou um forte soco em Maike. E pode até ser suspenso das duas partidas da final.

Veja também: Três são expulsos após apito final no empate entre Cruzeiro e Palmeiras

A confusão continuou na entrada dos vestiários. Sassá queria acertar mais socos em Maike. O clima bélico foi intenso. A ponto de Felipão bradar aos cruzeirenses. "Vocês vão lá domingo. Esperem sentadinhos."

Por lá, entenda-se Pacaembu. A tabela do Brasileiro reservou o mesmo jogo para domingo, em São Paulo. 

O confronto foi dramático, como se esperava.

Mesmo atuando diante de sua torcida, com o Mineirão lotado, Mano Menezes tratou de montar seu time para se defender. Principalmente no primeiro tempo. Ele sabia que o time de Felipão partiria tentando reverter a desvantagem. E o técnico cruzeirense prendeu seus laterais, tratou de preencher as intermediárias, com duas linhas de quatro atletas. Para evitar o toque de bola do Palmeiras. O desejo era pegar a defesa paulista aberta, desguarnecida.

Nos primeiros minutos, a pressão palmeirense foi intensa. 

Mas faltava objetividade.

Borja estava completamente fora de sintonia. Dudu e Willian foram muito bem marcados. E não conseguiram ter em Diogo Barbosa e Marcos Rocha, surpresa da noite, as companhias perfeitas para triangulações. Acabaram anulados por Lucas Romero e Robinho pela direita e Egídio, desprezado pela torcida palmeirense, e Rafinha. Mano conseguiu fazer a todo instante dois contra um. 

Ou seja, o domínio paulista era estéril, improdutivo.

Mas a armadilha cruzeirense, não.

Foi objetiva, certeira, fatal.

Em quatro partidas contra o Palmeiras, Barcos marcou três gols. O de hoje, decisivo
Em quatro partidas contra o Palmeiras, Barcos marcou três gols. O de hoje, decisivo

Aos 26 minutos do primeiro tempo, Lucas Silva descobriu Barcos livre. Antônio Carlos titubeou feio. Em vez de correr para tentar travar o argentino, ele tentou, de maneira equivocada, provocar o impedimento do atacante.

Errou.

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Quando percebeu, era tarde. O veterano atacante já havia driblado Weverton e chutado para as redes. Cruzeiro 1 a 0. 

Felipão ficou histérico. Gritava, cobrava. Principalmente com Borja. O colombiano estava estático entre o forte sistema defensivo mineiro. Ele mesmo se anulava. 

A única finalização palmeirense no primeiro tempo foi de Moisés, que Fábio fez ótima defesa. Faltavam neurônios e potencial ofensivo no meio de campo de Scolari.

No intervalo, o treinador foi muito bem. E ousado. Tratou de trocar Borja pelo sempre surpreendente Deyverson. E percebeu que era desnecessária a presença do volante Bruno Henrique. Colocou Guerra, sem ritmo. E não Lucas Lima, como seria o óbvio. 

Mano trocou o meia Thiago Neves pelo volante Bruno Silva, para fazer companhia a Henrique e Lucas Lima. E fechar de vez as intermediárias.

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Mas só que o Palmeiras empatou de maneira mais do que previsível. 

Aos quatro minutos, Dudu cobrou escanteio.

E Felipe Melo apareceu como uma flecha, empatando a partida: 1 a 1. 42% dos gols palmeirenses, de Felipão, saíram em bolas paradas.

A partir daí, a partida ficou dramática. Com os dois times com propostas diferentes. Felipão adiantou seu time. Buscava a virada. Mano foi inteligente e mandou a marcação cruzeirense sem a bola adiantasse. Travando os paulistas no nascedouro de suas jogadas ofensivas.

E o Cruzeiro foi frio, calculista, diminuindo o ritmo do jogo. Para o tempo passava rápido e o Palmeiras nada fazia de produtor. O zagueiro Antônio Carlos virou centroavante. E dá-lhe bola levantada para a área. Guerra entrou mal demais no jogo, o que impedia trocas de passes e infiltrações. 

A melhor chance foi uma cabeçada de Dedé que Weverton defendeu com o rosto.

Mano foi melhor do que Felipão.

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Conseguiu impedir o Palmeiras de jogar.

E segurou o resultado que o garantiu na oitava final da sua história

Além de dar a chance para Mano se vingar.

Enfrentará o Corinthians.

Time que não revonar seu contrato.

Por conta de Tite.

O Cruzeiro será um adversário dificílimo para o Corinthians.

Do lado palmeirense, ninguém se esquece do jogo em São Paulo. 

E do gol anulado..

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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