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O fracasso do São Paulo é maior que Raí. Aguirre foi para a rua

O inseguro Leco não quis ouvir o executivo. E demitiu sumariamente Aguirre, depois do empate com o Corinthians. O trocou pelo auxiliar Jardine. 

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Aguirre não conseguiu conter a decadência. Mas foi surpreendido com a demissão
Aguirre não conseguiu conter a decadência. Mas foi surpreendido com a demissão

São Paulo, Brasil

O inseguro presidente Leco foi o responsável pela demissão de Diego Aguirre. Apesar dos apelos do executivo Raí para que o treinador uruguaio ficasse até pelo menos o final do Brasileiro, Leco disse 'não'.

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A pressão de conselheiros importantes e até figuras fundamentais na sua administração queriam a troca imediata.

Não perdoavam a decadência do time que muitos apostavam que seria campeão brasileiro de 2018.


Mas a expectativa de conquista virou medo de o time não conseguir sequer ficar entre os quatro do torneio, tendo de disputar a pré-Libertadores.

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A frustração se materializou de vez com o empate com o Corinthians, quando o São Paulo teve, por todo o segundo tempo, um jogador a mais. E mesmo assim foi pressionado e, se não fosse a arbitragem, teria sido derrotado pelo rival no Itaquerão.

A demissão aconteceu ontem no final da tarde. O inseguro Leco tem em Alexandre Passaro seu homem de confiança. Quase um 'meteorologista' do clima político no Morumbi. Foi ele quem o alertou que o presidente estava perdendo enorme apoio na manutenção do técnico uruguaio.


Embora muito amigo do empresário Juan Figer, que sugeriu e intermediou a contratação, o inseguro Leco optou pela demissão imediata. Tudo o que ele não quer na vida é perder apoio para seguir comandando o São Paulo. Raí foi avisado da demissão. Situação pelo menos melhor do que Lugano que acabou sabendo depois que ela foi consumada, assim como Ricardo Rocha.

Foi o inseguro Leco que definiu dar a chande do auxiliar André Jardine terminar o Brasileiro. Se for muito bem, conseguir a reação do time, poderá ter a chance de começar 2019 como treinador. Caso não consiga travar a decadência, um novo técnico será contratado. Há quem defenda para Pássaro a busca por Abel Braga. Enquanto outros lembram que Renato Gaúcho ainda não renovou com o Grêmio.

Aguirre não esperava a demissão.

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Ele foi muito leal com Leco.

Desde que o clube foi procurá-lo. Havia a chance dele assumir a Seleção Uruguaia. Mas Diego Aguirre aceitou a proposta do São em março. Substituiu Dorival Júnior. Raí sabia que após a Copa do Mundo haveria uma avaliação se Óscar Tabárez continuaria comandando o selecionado ou não.

Mas Aguirre antecipou a Raí que ficaria até o final de 2018, pelo menos.

Raí foi voto vencido. Lugano, mais desrespeitado, nem sabia da decisão
Raí foi voto vencido. Lugano, mais desrespeitado, nem sabia da decisão

O treinador teve um excelente início de trabalho. Acabou com a apatia do time. Mandou Raí vender Petros, que formava com Jucilei a mais lenta dupla de volantes do país. E introduziu uma marcação agressiva, explorando a velocidade nos contragolpes. A contratação de Everton do Flamengo foi comemorada e muito bem aproveitada.

O São Paulo era intenso, especialista em contra-atacar. Mas muito efetivo, sabia o que tinha de fazer em campo. E foi assim que chegou ao primeiro lugar no primeiro turno do Brasileiro.

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O inseguro Leco estava esfuziante. Dava pulos de alegria quando encontrava seus companheiros de direitoria, conselheiros e chefes de organizadas. Havia trazido a 'garra uruguaia' que o São Paulo tanto precisava.

E Diego Aguirre teve a chance de renovar antecipadamente seu contrato.

Bastasse dizer sim e ficaria até dezembro de 2020, quando termina o mandato do octagenário presidente são paulinho.

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Mas o técnico disse não.

Ele sabia que estava valorizado.

E iria esperar para analisar o cenário.

A ideia de dirigir o Uruguai ou trabalhar na Europa o seduz.

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Foi uma péssima ideia.

Começou a acontecer exatamente como no Atlético Mineiro e Internacional. Depois da empolgação no início do trabalho, veio a tensão, os erros, a indisposição com jogadores importantes. 

Rodrigo Caio e Nenê não se conformavam com o banco de reservas.

Ambos são atletas muito influentes na equipe, com inúmeros amigos. O incômodo da dupla se espalhou. Eles não tiveram a chance dada a Diego Souza, que perdeu a intensidade no trabalho ao perceber que não disputaria a Copa de 2018. 

Aguirre começou a se mostrar cada vez mais inseguro e incoerente.

O São Paulo perdeu a confiança.

E foi caindo na tabela.

2018 se tornava outro ano sem conquistas para o São Paulo.

Aguirre confiava que o inseguro Leco o manteria no cargo até o final do Brasileiro
Aguirre confiava que o inseguro Leco o manteria no cargo até o final do Brasileiro

Aguirre havia comandado a equipe na queda da semifinal do Paulista. Foi com o técnico que o clube foi eliminado pelo Colón, ainda na primeira fase da Sul-Americana. E mesmo, desde agosto, para se focar só no Brasileiro, o fracasso no Segundo Turno.

A demissão sumária foi feita ontem.

Aguirre sentiu o amargor de nova dispensa no futebol brasileiro.

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Ele que teve dois anos de contrato na mão para seguir no Morumbi, agora está desempregado.

Lugano e Ricardo Rocha, dois ídolos, foram desmoralizados.

Não tinham ideia do que acontecia.

Raí está enfraquecido.

Seu pedido para Aguirre terminar o Brasileiro não valeu.

O inseguro Leco cedeu à pressão e o demitiu.

Entregou o cargo ao inexperiente André Jardine.

Ele tem cinco partidas de teste.

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O objetivo é deixar o time entre os quatro do Brasileiro.

Sua final já será o Grêmio, quarta-feira, no Morumbi.

O inseguro Leco espera que este velho 'choque de gestão' funcione.

Nenê e Rodrigo Caio têm enorme chance de serem titulares.

Rodrigo Caio e Nenê reservas. Pivôs da demissão de Aguirre
Rodrigo Caio e Nenê reservas. Pivôs da demissão de Aguirre

Haverá promoção de ingressos.

Mais baratos possíveis para aplacar a ira das organizadas.

Se nada der certo, a busca por outro treinador em 2019.

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Enquanto isso, depressivo, Aguirre arruma suas malas.

E outra vez vai embora derrotado do Brasil...

(Para não ser desmoralizado, Raí tomou para si a decisão da saída de Aguirre.

(Se não tomasse essa atitude perderia todo o poder diante dos jogadores.

(Mas foi o inseguro Leco quem demitiu Aguirre...)

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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