São Paulo, Brasil
Danilo mostrou o motivo pelo qual Patrick de Paula e Gabriel Menino estão na reserva da reserva, se tornaram dispensáveis no Palmeiras.
O jogador de 20 anos mostrou o quanto vale a seriedade na carreira dentro e fora de campo. Ela potencializa a capacidade.
Ele foi o grande personagem do derby. Responsável direto pela vitória do Palmeiras diante do Corinthians, por 2 a 1. Não só aceitou a missão dificílima, e muito bem cumprida, de anular Renato Augusto.
Como ainda, versátil, sofreu o pênalti, que Raphael Veiga bateu com a eficiência espantosa de sempre. Como ainda, depois do gol de Roger Guedes, também de pênalti, Danilo mostrou oportunismo de centroavante que o Palmeiras não tem, ao aproveitar rebote de Cássio, na cabeçada de Rony.
Vitória para dar confiança ao único invicto e líder geral do Campeonato Paulista.
No duelo dos treinadores portugueses, a impressionante caminhada de vitórias do time de Abel Ferreira, que ganhou os três clássicos em seguida: do São Paulo, Santos e Corinthians.
A equipe de Vítor Pereira, em compensação, perdeu os três clássicos que disputou.
O primeiro tempo do Palmeiras esteve perto da perfeição.
A proposta de Abel foi a de total intensidade.
Organizou seu time para marcar a saída de bola do Corinthians de forma insana. Como se tivesse pela frente uma equipe pequena e não o grande rival, recheado de jogadores importantes, decisivos.
E com dois detalhes desequilibrantes.
Danilo perseguindo Renato Augusto, exatamente como Rodrigo Nestor fez no clássico contra o São Paulo. Havia a certeza que o meia era o dono dos neurônios do time do Parque São Jorge.
Além disso, a ordem era o Palmeiras forçar pelo lado direito, onde Dudu forçaria os dribles em Lucas Piton.
O time de Vítor Pereira não conseguiu impor o toque de bola e a pressão que ele desejava. E deu mais do que certo, por exemplo, na goleada por 5 a 0, contra a Ponte Preta.
Seu time não tinha oxigênio, espaço para jogar. A bola saía mascada da linha de defesa para o ataque. Por conta da marcação excepcional palmeirense.
Não havia como escapar.
A bola rondava a área corintiana a todo instante. A grande falha do Palmeiras era não ter um atacante definidor. Rony lutou muito, improvisado, mas não consegue ser o artilheiro que seu clube precisa.
A pressão se converteu em gol de maneira inesperada. Em uma investida de Danilo com a bola dominada. Ele mostrou sua habilidade e explosão muscular. Ganhou de Gil. E só parou depois de o zagueiro o empurrar.
O árbitro Matheus Delgado Candançan, de apenas 23 anos, não marcou. Só depois de avisado pelo VAR, ele conferiu e confirmou a penalidade. Raphael Veiga bateu com a convicção que antes havia cobrado 19 pênaltis e marcado 19 vezes. Fez mais uma, deslocando Cássio, batendo muito forte, pelo alto.
1 a 0 para o Palmeiras foi um placar muito injusto diante do impactante futebol do time de Abel Ferreira.
Logo no começo do segundo tempo ficou claro: os palmeirenses não iriam suportar fisicamente o mesmo ritmo da primeira etapa. O que deixou espaços importantes para uma equipe com jogadores talentosos, ofensivos, que o Corinthians possui.
E foi assim que Roger Guedes decidiu partir para cima de Murilo. O zagueiro palmeirense se precipitou e o derrubou. Pênalti para o Corinthians. Roger Guedes, que saiu do Palestra Itália magoado, cobrou e marcou. 1 a 1, aos 15 minutos.
O Palmeiras não se abateu. Pelo contrário. Empurrado por quase 40 mil torcedores, que lotaram o Allianz Parque, se adiantou, buscando a vitória.
E ela viria.
Em um escanteio treinado à exaustão, Rony cabeceou forte.
Cássio fez uma defesa sensacional, mas a bola procurou o 'dono do jogo'. Ou melhor, Danilo foi onipresente. E estufou, com gosto, as redes corintianas.
2 a 1, aos 23 minutos.
A partir daí, Abel Ferreira recuou seu time. E Vítor Pereira adiantou o Corinthians.
A disputa entre os maiores rivais do futebol paulista seguiu à flor da pele.
O Palmeiras conseguiu segurar uma vitória importantíssima.
Capaz de dar moral para o restante do Paulista.
Mas deixou claro que o Corinthians pode reagir.
E brigar pelo título.
Hoje, o clássico teve 'um dono'.
Danilo...
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