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O campeão Athletico mudou a geografia do futebol deste país

Com atitude, o moderno time de Tiago Nunes calou o Beira-Rio. Levou título inédito da Copa do Brasil e entrou de vez na elite do futebol brasileiro

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O Athletico se impôs, como time grande que é. Campeão calando o Beira-Rio
O Athletico se impôs, como time grande que é. Campeão calando o Beira-Rio O Athletico se impôs, como time grande que é. Campeão calando o Beira-Rio

São Paulo, Brasil

A geografia do futebol deste país está mudada.

São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul têm a incômoda presença do Paraná.

Os grandes não são mais 12.

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São 13.

O que se esboçava em 2001, com a conquista do Brasileiro, levou mais 18 anos, mas se consolidou.

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Com CT invejável, que preparou a Seleção para a Copa de 2010.

E uma arena de primeiro mundo, conquistada de forma inteligente, política, oportuna, no Mundial de 2014.

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O título da Copa Sul-Americana, em 2018.

E agora, a Copa do Brasil.

Calando o Beira-Rio lotado, com uma vitória que não cabe discussão por 2 a 1. Já tinha vencido a primeira partida da final por 1 a 0, no Paraná.

É o primeiro brasileiro já garantido na Libertadores de 2020.

E embolsou nada menos do que R$ 52 milhões, livres de impostos, com a conquista inédita.

Deixando claro para o país que não derrubou Flamengo e Grêmio, com seus titulares, por acaso. 

Em campo foi a vitória do futebol tático, que aproveita o melhor do talento dos seus jogadores, sem correr risco, sem dar chance ao adversário.

A conquista é impressionante.

E histórica.

Romper a barreira dos 12 grandes no país é uma façanha.

Fruto do contrassenso.

Graças à mentalidade empresarial, moderna. Mas levada à frente com mão de ferro, postura ditatorial de um homem só, que domina o clube há décadas.

Mario Celso Petraglia.

Capaz de mudar muito mais do que o escudo e o próprio nome do clube, o tornando 'internacional, com um h. 

Léo Citadini mostrou versatilidade. Força na recomposição e ainda fez 1 a 0
Léo Citadini mostrou versatilidade. Força na recomposição e ainda fez 1 a 0 Léo Citadini mostrou versatilidade. Força na recomposição e ainda fez 1 a 0

Mudou a mentalidade, vislumbrou a potência, abandonou o vitimismo, o complexo de inferioridade. Atropelou o grande rival Coritiba.

E colocou a fórceps o Athletico Paranaense de vez entre os gigantes deste país.

O que o time de Tiago Nunes fez no Beira-Rio foi impressionante. Enfrentou com toda personalidade, firmeza, estratégia, o Internacional de Odair Hellmann, especialista em triturar os adversários em sua casa.

A equipe paranaense marcou forte na intermediária, não se intimidou, não deixou os gaúchos fazerem o que estão acostumados. Encurralarem o adversário na sua área até marcarem os gols que precisam. 

Foi assim que tirou do caminho Palmeiras e Cruzeiro.

Além do mais, o Internacional não vencia um título nacional há 27 anos. 

A agonia estava presente no ar.

Odair abriu mão de D'Alessandro, apostou tudo na vitalidade, na gana, na alma colorada, empurrada por seus torcedores, em Paolo Guerrero, tentando, em vão, intimidar o time paranaense.

O Internacional tinha a bola, mas faltava objetividade. Muito em conta pelo preenchimento de espaços, pela organização tática do jovem Tiago Nunes.

O Athletico Paranaense, em compensação, entrou em campo sabendo que seu adversário ofereceria espaço para os contragolpes. E aos 23 minutos, saiu na frente. 

Troca de bola consciente entre Rony e Marco Ruben. Léo Citadini apareceu como elemento surpresa e não tremeu diante de Marcelo Lomba. 1 a 0.

Odair mandou seu time adiantar ainda a marcação e pressionar em bloco os rivais. Na base da força física, na tremenda competência nas bolas aéreas, veio o empate. Depois de Rodrigo Lindoso acertar o travessão, a bola sobrou livre para Nico Lopez empatar.

30 minutos de jogo, 1 a 1.

O Internacional não aproveitou a força psicológica vinda do rápido empate. O Athletico se desdobrou na marcação para não tomar a virada.

Nico Lopez deu a falsa esperança para a torcida colorada
Nico Lopez deu a falsa esperança para a torcida colorada Nico Lopez deu a falsa esperança para a torcida colorada

No intervalo, Tiago Nunes acertou seu time, ordenando maior movimentação do meio para a frente. Exigindo mais personalidade, mais atitude na troca de bola.

Odair cometeu um erro imperdoável, tirou Patrick, que dominava as intermediárias. Apostou no veterano atacante Rafael Sóbis na volta do intervalo. Colocou seu time no 4-2-4.

O Athletico se manteve com cinco homens no meio de campo e dominou de vez a final.

O retoque importante foi a troca do jovem Khellven, que sentia o peso do jogo, pelo vivido Madson na lateral direita.

A torcida colorada aflita refletia o que via em campo.

O time não conseguia criar, era dominado pelo rival.

Estava enterrada a esperança dos gaúchos serem imbatíveis nos seus domínios. E que poderiam reverter, sem susto, a vantagem do primeiro jogo.

Até que a esperança morreu de vez, em uma jogada genial de Marcelo Cirino pela ponta esquerda. Se livrou de Edenílson e Lindoso e deixa Roni livre para marcar 2 a 1, aos 51 minutos do segundo tempo.

A foto que ficará para a história. O Athletico rompendo barreiras
A foto que ficará para a história. O Athletico rompendo barreiras A foto que ficará para a história. O Athletico rompendo barreiras

Athletico Paranaense campeão da Copa do Brasil de 2019. 

Com justiça.

A geografia do futebol deste país mudou.

De vez...

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