O Barcelona volta a ser gigante. Por R$ 244 milhões, contrata Lewandowski, do Bayern
Depois de Raphinha, o Barcelona consegue outro excelente atacante. Lewandowski é do clube catalão. O polonês, de 676 gols, enfrentou a direção do Bayern. E, a um mês de completar 34 anos, jogará na Catalunha
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Dembélé, 20 anos, 140 milhões de euros, atuais R$ 760 milhões. Philippe Coutinho, 25 anos, 125 milhões de euros, atuais R$ 680 milhões. Griezmann, 28 anos, 120 milhões de euros, atuais R$ 653 milhões.
Neymar, 21 anos, 88 milhões de euros, atuais R$ 478 milhões. Frenkie de Jong, 22 anos, 86 milhões de euros, atuais R$ 468 milhões. Luís Suárez, 27 anos, 81,7 milhões de euros, atuais R$ 444 milhões. Ibrahimovic, 27 anos, 69,5 milhões de euros, atuais R$ 378 milhões.
Pjanic, 30 anos, 60 milhões de euros, atuais R$ 326 milhões. Raphinha, 25 anos, R$ 315 milhões. Ferran Torres, 21 anos, 55 milhões de euros, R$ 299 milhões.
Esses são os dez jogadores mais caros da história do Barcelona.
Contratar atletas de até 30 anos era uma prática quase que obrigatória. Apenas o 101º jogador mais caro tinha rompido, e muito, essa barreira. Foi o zagueiro francês Lilian Thuram, campeão do mundo em 1998, comprado por 5 milhões de euros, atuais R$ 27 milhões. Ele tinha 34 anos quando chegou para a temporada 2006/2007.
Apenas 16 anos depois, o Barcelona resolve investir em um atleta com tanta idade.
E comprou, por 45 milhões de euros, cerca de R$ 244 milhões, um jogador de 33 anos, que no mês que vem fará 34.
Robert Lewandowski.
Depois de oito impressionantes temporadas no Bayern de Munique, o polonês, o melhor jogador do mundo em 2020, realizou seu sonho.
O artilheiro, que foi campeão da Champions League, mundial e oito vezes campeão alemão pelo Bayern, queria viver a sensação de jogar no Barcelona. E terá essa chance.
Ele acertou ontem contrato de três temporadas na Catalunha. Mas a direção do Bayern não cedeu tão fácil. Aliás, não esperava que ele quisesse sair de Munique.
Só que o artilheiro de 676 gols na carreira foi direto com seu empresário, Pini Zahavi, assim que o clube alemão foi eliminado da Champions pelo Villarreal, em abril. Não queria seguir nesta próxima temporada no Bayern. Não tinha mais motivação. Precisava mudar de ares.
Lewandowski foi sincero com o presidente do Bayern, Herbert Hainer. Disse que desejava sair. E relevou o seu desejo publicamente, no mês passado.
"Estamos na feliz posição de não termos problemas financeiros. Queremos ter os melhores jogadores, e Robert é um dos melhores. É por isso que espero firmemente que ele jogue para nós na próxima temporada também", afirmou, tentando amenizar o susto que membros da diretoria e torcedores do clube mais poderoso da Alemanha tomaram.
Só que Hainer teve de se dobrar.
Empolgado com o real interesse da direção do Barcelona em comprá-lo, o polonês foi firme. Não queria seguir mais no Bayern e ponto final.
As exigências de Hainer foram os 45 milhões de euros, cerca de R$ 244 milhões, mais algumas cláusulas no contrato, ligadas à artilharia e títulos, que podem fazer com que o Barcelona desembolse 50 milhões de euros, aproximadamente R$ 272 milhões.
Lewandowski também está muito empolgado com a classificação da Polônia para a Copa do Mundo do Catar.
Ele sabe que está na fase final da carreira.
E decidiu atuar no clube que desejava.
O segredo para o Barcelona resolver investir forte na reformulação de seu elenco está na venda de 10% dos seus direitos de transmissão, nos próximos 25 anos, a uma empresa americana, a Sixth Street. Por 205 milhões de euros, cerca de R$ 1,1 bilhão.
Mais 25% de sua receita de direitos de mídia em LaLiga, além de uma participação de 49,95% da Licenciamento e Merchandising do Barça (BLM).
A previsão é que 600 milhões de euros, em torno de R$ 3,2 bilhões, entrem no clube com essas transações.
O Barcelona quer voltar a ter um time com possibilidade de ganhar todos os campeonatos que disputar. Daí o investimento em Lewandowski, logo depois de ter contratado Raphinha.
Gigante é.
Mas havia perdido muito dinheiro com a pandemia. E péssimas administrações.
Daí ter um time medíocre na temporada passada. E abrir mão de Lionel Messi.
Na temporada 2022/2023 tudo promete ser diferente.
Lewandowski é o grande símbolo dessa mudança.
Neymar?
Não é cogitado no Barcelona...
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