O alívio de Neymar. Seria massacrado, se o PSG fosse eliminado
O brasileiro se impôs às ausências de companheiros com talento, Mbappé contundido. Responsável pela sofrida virada sobre o Atalanta
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Mbappé, no sacrifício, contundido.
Verrati, machucado.
Di Maria, suspenso.
Cavani, que não quis renovar por dois meses.
Terceira Champions com a camisa do PSG.
No 50º aniversário do clube francês.
A responsabilidade no jogo único, válido pelas quartas-de-final da Champions League 2020/2021, era toda de Neymar.
A competição para a qual a família real do Qatar gastou 222 milhões de euros, cerca de R$ 1,4 bilhão, transformando o brasileiro no jogador mais caro de todos os tempos.
E ele conseguiu se impor.
O brasileiro foi o melhor em campo.
Driblou, tomou pontapés, criou, desperdiçou chances.
Foram 16 dribles, 25 bolas divididas que ganhou.
E ainda sofreu nove faltas.
Nem na Copa do Mundo, ele vibrou tanto pelo Brasil.
Sofreu, quando o Atalanta ficou na frente no placar, gol de Pašalić, aos 26 minutos do primeiro tempo.
Mas seguiu lutando como nunca.
Perseverou, não desistiu.
Sabia que a derrota seria toda sua.
E foi recompensado.
Evitou mais um ano frustrante para os franceses.
Conseguiu brigar pela bola, tocar nela, que sobrou para Marquinhos empatar, aos 44 minutos do segundo tempo.
E, aos 47 minutos, deu um passe genial para Mbappe, que rolou para Choupo-Moting. 2 a 1.
Virada histórica.
PSG na semifinal da Champions 2020/2021.
Irá enfrentar na próxima terça-feira, Atlético de Madrid ou Red Bull Leipzig.
Valendo vaga para a final da Champions.
Só um jogador com estrela especial pode se recuperar, escapar de, embora melhor em campo, ter perdido chances incríveis em uma partida tão importante, quanto a de hoje.
Logo aos dois minutos.
Icardi consegue segurar os zagueiros com o corpo.
Neymar invade a área, pelo meio, fica cara a cara com o goleiro Sportiello.
Com a bola dominada.
Ele tem tempo até para ajeitar o corpo.
Mas chuta, inexplicavelmente, para fora, à direita do gol.
18 minutos.
Neymar tabela com Herrera, entra na área pela esquerda. Na velocidade. O brasileiro nem chuta e nem cruza para a área. Bate fraco para fora.
41 minutos.
Hateboer atrasa mal. Dá um presente para Neymar. Ele entra na área, como quer. Arma o chute, com a perna esquerda. Livre. A bola vai longe do gol. Imperdoável, para um jogador com seu talento.
30 minutos do segundo tempo.
Neymar dá uma arrancada com a bola dominada.
Consegue chegar até a grande área.
A expectativa é enorme.
O chute, fraquíssimo.
Facilita a vida do goleiro Sportiello.
Depois, no segundo tempo, o técnico Gian Piero Gasperini se acovardou.
Recuou demais seu time.
Chamou o PSG para jogar na sua área.
Algo imperdoável.
Thomas Tuchel tratou de colocar Mbappé, mesmo longe de sua melhor condição física. O alemão viu que os italianos só queria se defender, o que não é especialidade do Atalanta.
E o PSG encurralou, massacrou, fustigou.
Parecia que sofreria nova desilusão.
Até que, aos 44 minutos, Marquinhos, como centroavante, completou para as redes, outra jogada ofensiva que nasceu com Neymar. 1 a 1.
O Atalanta desabou psicologicamente, se entregou após sofrer o empate.
E o PSG não perdoou.
Neymar deu passe excepcional para Mbappé.
Ele cruzou para Choupo-Moting livre, virar o jogo.
2 a 1 PSG, aos 47 minutos do segundo tempo.
Festa e muito alívio para Neymar.
Ele não merecia sair derrotado de Lisboa.
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