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Neymar não quer psicólogos na Seleção. Sem amparo emocional, abalado, Richarlison vira reserva do psicólogo Fernando Diniz

Neymar não aceita psicólogos na seleção. 'Não sou louco', disse, para não querer amparo emocional. Sua opinião prevalece desde Dunga e Tite. Diniz, apesar de formado em psicologia, também aceita

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Sem amparo psicológico. Richarlison se torna reserva do psicólogo Fernando Diniz
Sem amparo psicológico. Richarlison se torna reserva do psicólogo Fernando Diniz

São Paulo, Brasil

Richarlison chorou de maneira desesperada.

Não se importou que estava sentado no banco de reservas, na partida contra a Bolívia, em Belém. A seleção goleava o time fraquíssimo, e ele não conseguiu marcar um gol.

Travado, inseguro, indeciso, não dava sequência às jogadas de ataque, acabou substituído.

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E vaiado pela fanática torcida nortista.

Ainda foi titular diante do Peru, quando jogou ainda pior.

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Confessou que iria procurar ajuda na Inglaterra, para superar seus problemas psicológicos, que estariam relacionados ao péssimo desempenho no Tottenham. 

Ele foi comprado por R$ 368 milhões do Everton.

Seu desempenho, desde então, é assustadoramente ruim. Provocou até uma crise na direção do clube, pelo dinheiro gasto no brasileiro.

Na temporada passada, marcou um gol. Em seis jogos deste ano, na Premier League, marcou dois. 

Contra a limitada Venezuela, aceitou, passivo, a forte marcação dos zagueiros. Foi, outra vez, um poço de insegurança.

De nada adiantou Fernando Diniz ser formado em psicologia. O treinador, pressionado pelo empate contra a Venezuela, quando a seleção deixou a arena de Cuiabá vaiada, decidiu escalar Gabriel Jesus para o confronto de amanhã.

Gabriel Jesus também passou por momentos difíceis. Quando fez escândalo na final da Copa América 2019
Gabriel Jesus também passou por momentos difíceis. Quando fez escândalo na final da Copa América 2019

Quanto a Richarlison, ele passará a ser reserva. Deixando claro que, se não houver uma reviravolta, como entrar em campo e marcar amanhã, tem enorme chance de deixar de ser convocado, pela péssima fase que atravessa.

E o atacante terá, no máximo, o respaldo de Diniz.

Porque a seleção não tem um psicólogo esportivo.

Como, por exemplo, França, Inglaterra, Alemanha, Holanda, que trabalham com especialistas na saúde mental de atletas.

A rejeição total aos psicólogos na seleção brasileira tem um grande defensor: Neymar.

"Eu não sou louco", disse o principal líder do time de Diniz.

Desde 2014, quando o Brasil, sob o comando de Felipão, foi humilhado na Copa do Mundo, os psicólogos estão banidos da seleção.

Regina Brandão foi a psicóloga que fez o perfil dos atletas antes do Mundial.

O resultado acabou sendo ruim.

Por conta dos jogadores, como Thiago Silva, capitão do time, que desmoronou em choro na decisão por pênaltis contra o Chile. E David Luiz, que abandonou a tática, quando o Brasil perdia para a Alemanha. Deixou a zaga, sem ordem de Felipão, e passou a ser atacante, escancarando a defesa. E veio o maior vexame histórico, o inesquecível 7 a 1.

Esse fracasso da seleção em 2014 é o escudo de Neymar, que é muito preocupado. Não quer que os problemas emocionais dele e dos atletas vazem para o mundo exterior.

Ele impôs sua vontade a Dunga, a Felipão.

E, agora, a Fernando Diniz.

Mas é bom Neymar ficar sabendo que, se Carlo Ancelotti aceitar assumir a seleção brasileira, em 2024, seu filho Davide virá com ele.

E exercerá a dupla função que tem no Real Madrid.

Ele é auxiliar do pai.

E psicólogo dos atletas que Carlo treina.

Davide tem, evidentemente, mais tempo para se dedicar à saúde mental dos jogadores, como auxiliar. Ao contrário de Diniz, que, apesar de psicólogo, é treinador.

Pior para Richarlison.

Seu amparo mental não será dado na seleção brasileira.

Ele que procure apoio em um psicólogo particular, na Inglaterra.

O técnico do Tottenham, Ange Postecoglou, se dispôs a ajudar o atacante brasileiro.

Mas Richarlison sabe do que precisa.

E tenta se recuperar com um psicólogo particular.

Fora da seleção.

Porque, no time brasileiro, Neymar não permite.

Gabriel Jesus, que também viveu um péssimo momento na carreira, principalmente na seleção, passará a ser titular.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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