Neymar, 70 dias fora. Injeções de células-tronco e não operação
Segunda fratura confirmada. Médicos tentarão acelerar volta com injeções. Escapou da cirurgia. Mas o brasileiro precisa parar de provocar rivais
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A tese do médico Rodrigo Lasmar prevaleceu.
Ele convenceu os médicos do PSG e especialistas que viram Neymar.
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Nada de nova operação para reparar a segunda fratura que o jogador apresenta no quinto metatarso.
O tratamento será menos agressivo.
A expectativa é que, em 70 dias, ele volte a jogar.
Ou seja, já está fora das duas partidas perigosíssimas das oitavas de final da Champions League, contra o Manchester United. E, provavelmente, em um eventual primeiro confronto das quartas, caso o time se classifique.
Além disso, ficará fora de 11 rodadas do Campeonato Francês.
E também perderá o amistoso contra a República Theca, em Praga, dia 26 de março. Haverá também um segundo amistoso.
"Chegou-se a um consenso para propor a Neymar Jr. tratamento conservador de sua lesão no quinto metatarso direito. Informado desta recomendação, o atacante internacional brasileiro do Paris Saint-Germain estava em total concordância com o protocolo. Como resultado, o retorno às terras de Neymar Jr. é esperado dentro de 10 semanas", detalha o comunicado oficial do PSG.
Uma nova operação levaria, a princípio, quatro meses de recuperação.
Acabaria a segunda temporada de Neymar na França.
Os números frios são assustadores para o clube de Paris, que investiu R$ 822 milhões, e paga, no mínimo, R$ 30 milhões por ano ao brasileiro.
Em quatro ano de Barcelona, o atacante ficou 21 confrontos sem poder atuar, por contusão ou até resfriados. O site Transfermarkt mostra a média de uma ausência a cada 8,8 partidas disputadas. Já no PSG são 26 jogos que o clube não pôde escalar o atacante.
É assustador. Dá um confronto fora para 2,03 em campo. Ou seja, disputa duas partidas e fica uma fora.
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Esses números vão piorar com os dois meses e meio fora.
Mas pelo menos houve consenso entre Lasmar e a cúpula dos médicos do PSG sobre o que aconteceu com o brasileiro.
Pseudoartrose.
Falta de consolidação de um osso depois de uma fratura prévia.
Patologia pode ocorrer até dois anos depois do primeiro acidente ósseo.
Principalmente com a antecipação de retorno à atividade física.
A recuperação da fratura do quinto metatarso, em março de 2018, não teria sido 'natural'. E sim antecipada para a disputa da Copa do Mundo pela Seleção Brasileira.
E a 'conta' por essa antecipação teria chegado na torsão contra o Strasbourg, depois da sequência de pontapés que levou no jogo da semana passada. Partida que ficou até o final e, para revidar as entradas violentas, deu uma carretilha nos marcadores. E levou chutes ainda mais violentos.
Tite visitou Neymar no final de semana, em Paris.
E ficou ciente da gravidade de situação.
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O treinador ficou abalado com o que viu.
A novidade no tratamento do jogador, segundo o jornal "Le Parisien", serão injeções de plasma rico em plaquetas (PRP) e células-tronco. Isso pode antecipar a volta do atleta.
Mesmo que isso aconteça, Neymar terá de repensar a maneira com que atua.
Suas provocações precisam parar.
Messi e Cristiano Ronaldo, por exemplo, jogam, driblam, marcam gols, mas não buscam inimigos dentro dos gramados, como acontece com o brasileiro.
É absurdo o jogador mais caro do mundo atuar duas partidas e ficar uma fora no PSG.
Neymar poder não operar novamente traz alívio.
Mas a segunda fratura existe.
E ele precisa mudar radicalmente para seguir com sua carreira.
Está perdendo um tempo precioso.
Literalmente...
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