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'Nem sempre ganha a equipe que joga melhor', desabafou, irritado Abel, com a eliminação do Palmeiras, diante do São Paulo

O treinador conseguiu desviar o foco da responsabilidade enorme de Raphael Veiga na eliminação palmeirense, ao desperdiçar dois pênaltis. Para Abel Ferreira foi 'magia do futebol'

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Abel Ferreira sabe que não poderia expor Raphael Veiga. Precisa do talentoso meia
Abel Ferreira sabe que não poderia expor Raphael Veiga. Precisa do talentoso meia Abel Ferreira sabe que não poderia expor Raphael Veiga. Precisa do talentoso meia

São Paulo, Brasil

"Como explicar que nosso melhor batedor, que marcou sei lá quantos jogos seguidos, hoje falhou dois. Vou falar o quê? Vamos falar de tática? Substituições? Não. Vamos falar de futebol. Há situações que só se explicam dizendo 'são coisas do futebol'. Foi magia."

Foi desta maneira poética que Abel Ferreira protegeu Raphael Veiga, responsável pela eliminação do Palmeiras da Copa do Brasil.

O treinador português sabia que só pioraria o ambiente caso imputasse a culta da eliminação ao seu ótimo meia.

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Mas estava transparente na coletiva após a eliminação que ele não se conformava. Sabia que havia dado um incrível 'nó tático' em Rogério Ceni, ao escalar justamente Raphael Veiga como falso centroavante, atacante mais adiantado, com Rony contundido. O 'óbvio' era que Gabriel Veron ocupasse o lugar.

"Os jogadores do São Paulo, nos primeiros 15 minutos de jogo, não sabiam o que tinham que fazer. Se olhar em câmera aberta, eles não sabiam quem tinham que marcar ou o que fazer. Não dá para falar de tática. Nem sempre ganha a equipe que joga melhor", desabafava, tenso.

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Abel Ferreira queria muito vencer a Copa do Brasil. No ano passado, o Palmeiras acabou eliminado da competição também no Allianz Parque. E nos pênaltis. Para o CRB, de Alagoas.

O treinador reclamou da arbitragem, costume que não perde. A indignação desta vez foi pelo pênalti marcado de Gustavo Gómez em Calleri. E não que Diego Costa teria cometido em Dudu. O lance em cima do atacante do Palmeiras foi duvidoso. A falta dentro da área para o São Paulo foi sutil, mas as imagens deixam claro que existiu.

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"Foi o VAR que marcou, não foi o Vuaden. Tivemos um pênalti do mesmo nível sobre o Dudu. Não tem a ver com o São Paulo ou com o Palmeiras. Tem a ver com o que tem a ver...

"Vocês podem comparar o pênalti que o Gómez fez e que não marcou no Dudu. Aí vocês fazem as conclusões. Mas... Futebol é isto..."

O lance que provocou indignação de Abel Ferreira. Diego Costa em Dudu
O lance que provocou indignação de Abel Ferreira. Diego Costa em Dudu O lance que provocou indignação de Abel Ferreira. Diego Costa em Dudu

O treinador, afiado nas coletivas, soube buscar o 'outro lado' da eliminação. Lembrando que o Palmeiras terá menos jogos. E muito mais tempo para se focar na Libertadores e no Brasileiro.

"Há males que vem para o bem. Queríamos estar em todas, não queríamos sair. Estou chateado, frustrado, porque não jogamos para perder. Vamos tentar recuperar a equipe desse desgaste emocional tremendo.

"Não fico muito a lamentar, nem tempo há. Vou ter que tomar um remédio para dormir bem. Se eu, que não joguei, tenho que recorrer a medicamentos para dormir, imagina os jogadores. Só peço três dias de intervalo."

O Palmeiras só voltará a jogar na segunda-feira, contra o Cuiabá, no Allianz Parque, defendendo a liderança do Brasileiro.

Ao falar sobre o fato de seu time, mesmo eliminado, ter sido aplaudido pelo público recorde que foi ao estádio, Abel Ferreira foi direto.

"Para os nosso torcedores, gratidão. Sei que cria inveja em outros. Infelizmente, aprendi aqui que a inveja é algo que se vê, é notório. Mas isso é fruto do trabalho dos jogadores, mesmo nas derrotas. É um sentimento de gratidão.

"Não é fácil, no Brasil, as pessoas aplaudirem quando se perde. Hoje, aplaudiram de novo porque jogamos bem. Assim como contra o Athletico. Mas futebol é eficiência também."

Com a eliminação, o Palmeiras deixa de ganhar R$ 3,9 milhões para chegar às quartas-de-final da Copa do Brasil...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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