Nem promessa de Tite. Muito menos possível investimento de R$ 5,5 bilhões. Corinthians elege Osmar Stabile até o fim de 2026. Para travar sombra de Andrés Sanchez. E segurar Memphis
Foram 199 votos, dos 264 conselheiros que mantiveram Stabile no poder. Ele era vice de Augusto Melo, presidente que sofreu impeachment. Eleito manterá Dorival e Fabinho no comando do futebol. E segurará Memphis

Foi muito representativa a eleição no Corinthians.
264 conselheiros votaram para decidir quem completaria o mandato de Augusto Melo, presidente que sofreu impeachment.
Osmar Stabile, 71 anos, era o primeiro vice de Melo, mas havia se afastado do então presidente. E se mostrava o nome mais agregador.
E pregava uma continua luta para sanear as dívidas de mais de R$ 2,6 bilhões, buscando patrocinadores, mais dinheiro da televisão. Mas mantendo uma equipe competitiva.
Não aceitando que qualquer SAF se aproximasse. Mas com a administração do futebol, aos poucos, se separando do resto do clube social.
Seguindo o trabalho de Dorival Júnior como técnico.
E Fabinho Soldado como executivo.
Antônio Roque Citadini,75 anos, ex-vice do falecido e histórico Alberto Dualib, se juntou com seu inimigo político de décadas: Andrés Sanchez.
Pregava a busca de novas negociações governamentais para buscar enfrentar as dívidas. Apontava Tite como o treinador ideal. E avisou que demitiria Fabinho Soldado.
O terceiro candidato, com raríssimos apoiadores, André Castro, 46 anos, dizia ter uma empresa financeira que investiria R$ 5,5 bilhões no Corinthians. Mas desde que ele fosse o presidente. Na verdade, ele sabia não ter chances reais. Queria, e conseguiu, ser um nome conhecido no Corinthians.

A sombra de Andrés Sanchez e seu grupo Renovação e Transparência, que governou o Corinthians por 17 anos, foi fatal para Citadini.
A fácil vitória de Osmar Stabile, prevista pelo blog, no programa Esporte Record, se confirmou.
Conseguiu 199 votos, cerca de 75%. Roque Citadini ficou com apenas 50 votos, 18,8%. E Castro, só 14 votos, 5,2%. E um voto em branco.
Leonardo Pantaleão, que era vice jurídico, se elegeu vice do Conselho Deliberativo. Vitória também da situação. E do presidente do CD, Romeu Tuma Júnior.
A primeira declaração de Stabile, agora como presidente, neste início de madrugada, foi alertar que o transfer ban, punição imposta pela Fifa, que proíbe contratações, é maior do que divulgado.
O clube deve R$ 40 milhões ao Santos Laguna por Félix Torres.
E o Corinthians não tem esse dinheiro.
Stabile disse que pediu para a Fifa ajudar na negociação para que o clube mexicano aceite parcelar a dívida.
Foi claro.
Está seriamente preocupado.
O sentimento é que a liberação do transfer ban não saia a tempo de o Corinthians contratar ninguém, para desespero de Dorival Júnior, até o final da janela, dia 2 de setembro.
Pelo menos Stabile garantiu que os salários não atrasarão.
E Memphis Depay seguirá no clube.
Pelo menos até o final de 2025...