‘Não tem desculpa.” Envergonhado, Zubeldía assume: o São Paulo desperdiçou quatro pontos em Brasília. Não quis por a culpa em Shakira
Por conta do show de ontem, de Shakira, a direção levou as partidas contra os fracos times da Internacional e Velo Clube. Foram dois empates. Depois do 0 a 0 contra o time de Limeira, o 3 a 3 diante da equipe de Rio Claro. Com a defesa falhando muito
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O São Paulo jogou de forma irresponsável contra o Velo Clube.
E pagou pela falta de convicção na marcação.
Empatou em 3 a 3, ontem, no Mané Garrincha, em Brasília.
Estava lá por conta do show de Shakira, no Morumbi.
Até os jogadores sabiam que o resultado é inaceitável, diante da enorme diferença técnica.
“Difícil. Difícil, porque a gente fazer três gols e sofrer três gols... Todo mundo tem que acertar alguma coisa que errou no jogo para sair vitorioso. Mas infelizmente saímos com um empate com gosto de derrota. Agora é levantar a cabeça.”
O desabafo foi de Luciano, autor de dois gols do São Paulo.
O melhor em campo viu o time de Luiz Zubeldía aberto.
Exposto aos contragolpes da limitada equipe de Rio Claro, que luta para não ser rebaixada.
A equipe estava desestruturada, aberta.
Com falta de comprometimento dos atletas sem a bola.
Dando espaço para o valente Velo Clube.
Foi o preço de ter o ‘quarteto mágico’.
Oscar, Lucas, Luciano e Calleri ao mesmo tempo que têm um grande potencial ofensivo, sobrecarregam Alisson e Pablo Maia, que precisam se desdobrar na marcação.
O time ficou três vezes em vantagem no placar, mas sofreu três vezes o empate.
“Para nós, eram importantes esses seis pontos em Brasília, mas claramente não fomos bem e só conseguimos dois empates. E não tem nenhum tipo de desculpas da minha parte e dos jogadores. Simplesmente não fomos capazes de conseguir mais pontos em Brasília. Muito se falou sobre sair do Morumbis, mas não, não foi por isso. É uma responsabilidade esportiva”, assumiu Zubeldía.
O desconforto do treinador era imenso na coletiva.
O São Paulo já sofreu dez gols em nove partidas.
“É impossível ter tantos gols sofridos e dizer que estamos defendendo bem. É impossível. Claro, o primeiro gol foi duas conexões que eles faziam, cruzamento e cabeceio. Uma característica que se repetiu em toda partida. Pode haver mérito deles, mas acredito que no segundo e no terceiro gol nós facilitamos. Não defendemos bem durante o Paulista.”
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Zubeldía sabe que é o preço pelo Quarteto Mágico.
E pode repensar usá-lo no clássico de domingo, contra o Palmeiras, no Allianz Parque.
O argentino pensa em reforçar o meio-campo.
E Luciano pode ser sacrificado para a entrada de Marcos Antônio.
A vitória ontem em Brasília significaria a classificação antecipada para as quartas do Paulista.
A instabilidade do São Paulo é preocupante.
“Esse momento não é o ideal para todos nós, porque pretendíamos ter quatro ou cinco pontos a mais, para estarmos mais tranquilos. Mas temos de virar a página, fazer todo o possível para jogar melhor, defender melhor e conquistar pontos para o mata-mata. Estando no mata-mata, vamos ter mais confiança e, com certeza, fazer outro campeonato.”
Para isso acontecer, Oscar, Lucas, Luciano e Calleri precisam ir além do que fazem.
Sem a bola, não podem mais acompanhar os contragolpes do adversário de longe, sem voltar para marcar.
Essa irresponsabilidade tática faz o time tomar gols.
E perder pontos importantíssimos.
Fica o aviso para a Libertadores...
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