Cosme Rímoli Não será em 2021 que Neymar se tornará melhor do mundo. Sétimo ano de frustração

Não será em 2021 que Neymar se tornará melhor do mundo. Sétimo ano de frustração

O jogador outra vez não fez por merecer o prêmio. Com o PSG, fracasso na Champions e no Campeonato Francês.  Com a seleção, derrota na final da Copa América, em pleno Maracanã

  • Cosme Rímoli | Do R7

Neymar acumulou frustrações com o PSG e com a seleção brasileira

Neymar acumulou frustrações com o PSG e com a seleção brasileira

Uefa

São Paulo, Brasil

Como aconteceu com Robinho, Neymar saiu do Santos, em 2013, debaixo de polêmica. E com uma missão: ser o melhor jogador do mundo.

Muitos diziam na época que, se ele estivesse na Europa, já teria sido escolhido.

Só que os anos passaram no Velho Continente e nada de Bola de Ouro.

Vale a pena, inclusive, detalhar as colocações do atacante na disputa organizada pela Fifa, o The Best (O melhor, em inglês).

Ele começou a chamar a atenção do mundo em 2011, com a conquista da Libertadores pelo Santos.

A partir de 2013, vestiu a camisa do Barcelona.

E duas vezes chegou em terceiro lugar: em 2015 e 2017.

Despenca ao chegar ao PSG, na temporada 2018.

2011: 10º (com Bola de Ouro)
2012: 13º (com Bola de Ouro)
2013: 5º (com Bola de Ouro)
2014: 7º (com Bola de Ouro)
2015: 3º (com Bola de Ouro)
2016: 4º
2017: 3º
2018: fora do Top 10
2019: fora do Top 10
2020: 9º

Neymar, outra vez, está na lista dos 30 melhores jogadores do mundo, anunciada pela France Football.  

E não vai ganhar outra vez. Nem a Bola de Ouro, muito menos o título de The Best.

Ele mesmo sabe da nova frustação.

A começar pelo fracasso no Campeonato Francês. O bilionário PSG não conseguiu vencer. Com atuações irregulares, Neymar foi "apenas" semifinalista da Champions League. Nas partidas decisivas contra o Manchester City, foi apenas mais um.

Perdeu com o Brasil a Copa América, em pleno Maracanã, para a Argentina.

Aos 29 anos, Neymar não tem mostrado o mesmo futebol desequilibrante de temporadas anteriores. Os arranques, os dribles, o brilhantismo no improviso. Tudo foi muito menos. 

Para piorar, veio nesta temporada a acusação de assédio sexual, motivo pelo qual teria sido dispensado da Nike, em 2016.

Ou seja, menos futebol, nenhuma conquista significativa e ainda nova denúncia sexual.

O brasileiro seguiu discutindo com adversários e juízes.

Ao menos simulou muito menos.

Seguiu fazendo suas festas com os "parças".

Conseguiu "apenas" 14 gols e 14 assistências, em 2021.

Conquistou a Copa da França e a Supercopa da França.

Títulos muito menores diante da Champions,

Ele enfrenta concorrência muito mais pesada. A começar no seu próprio clube. Messi e Mbappé.

O argentino marcou 37 gols e deu 14 assistências.

O francês marcou 33 gols e deu 12 assistências.

O polonês Lewandoviski marcou 50 gols e deu oito assistências.

O ítalo-brasileiro Jorginho atuou no time campeão da Eurocopa. E no Chelsea – Champions League e Supercopa da Uefa.

Ele corre por fora, com muito apoio.

Desta vez, depois de anunciados os 30 melhores, não houve campanhas, reivindicações por Neymar.

O principal jogador da seleção de Tite fará 30 anos em fevereiro. 

Segue midiático. Com mais de 162 milhões de seguidores.

Milionário.

Mas sem o menor respaldo para tentar ganhar a Bola de Ouro.

E ele sabe.

Será o sétimo ano de frustração em relação ao prêmio.

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