São Paulo, Brasil
"Não faço magia."
A frase de Abel Ferreira, após a derrota contra o Goiás, último colocado do Brasileiro, resume sua irritação.
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Ao ter de escalar um time improvisado e sem entrosamento algum.
O português não se conforma com o surto de Covid que domina o Palmeiras.
O clube com maior patrocínio da América Latina.
Com infraestrutura comparável aos grandes europeus.
Fisioterapia, Fisiologia, especialistas em medicina esportiva de última geração.
Além do protocolo da CBF, o clube estava atento aos usados por equipes alemãs para voltar ao futebol, evitando contágio pelo Coronavírus.
Os atletas receberam uma cartilha de comportamento rígido.
Que abrangia contato com familiares e amigos.
Os cuidados com o mundo exterior.
Fora exames constantes nos seus atletas e comissão técnica.
Mesmo assim, o Palmeiras foi o clube que teve mais casos na elite do futebol brasileiro.
Foram 22 casos.
Vinte jogadores e dois membros da comissão técnica.
O clube decidiu seguir o padrão exigido pela CBF.
De acordo com recomendação da Organização Mundial de Saúde.
E tem mantido os atletas com dez dias de isolamento.
O Palmeiras tem sofrido com desfalques em demasia no time principal.
Os médicos reviraram o protocolo, conversaram muito com atletas e membros da comissão técnica.
Mas não houve o diagnóstico definitivo de onde foi o erro.
De onde veio o contágio.
O único jogador flagrado burlando a cartilha foi o veterano Ramires, filmado em uma balada sem máscara.
Ele até pode ter seu contrato rescindido quando acabar a temporada.
Além de ser um jogador caríssimo, seu fraco futebol atual o transformou em reserva.
Há a séria desconfiança que as viagens pela Libertadores podem ser as vilãs. E ter proporcionado esse surto.
Gabriel Veron é a grande esperança para o jogo de amanhã contra o Delfín. Ele fará exame para saber se já está livre da Covid.
Ao contrário de Willian e Aníbal e Breno Lopes, contaminados.
Luiz Adriano, com um estiramento na coxa esquerda, também não joga. Fora Wesley que operou o joelho esquerdo, assim como Luan Silva, que também se recupera de cirurgia na cartilagem, também do joelho esquerdo.
Abel Ferreira não escondeu a felicidade ao saber que poderia contar o volante Danilo e os atacantes Rony e Gabriel Silva, livres da Covid, assim como Luan e Gabriel Menino.
O que traz alívio no clube é que o rival das oitavas na Libertadores passa por fase muito ruim.
Se a direção do Delfín se orgulha de não ter um só caso de Covid, o time está apenas na 13ª colocação do Campeonato Equatoriano. Disputado por apenas 16 equipes.
O Palmeiras havia planejado levar seus atletas em dois aviões, como antecipou o UOL. Deixar os recém-recuperados mais tempo longe do contato com os outros jogadores, por precaução. Mas a Conmebol proíbe mais do que um avião, para tentar limitar a propagação da Covid.
A preocupação no Palmeiras segue grande.
Porque Gustavo Scarpa e três funcionários pegaram Covid pela segunda vez.
O protocolo será ainda mais rígido no Palestra Itália.
A pedido de Abel Ferreira.
Impressionado com o enorme surto de infectados.
E que já atrapalhou o time em Goiás.
Atrapalhará no jogo do Equador.
E corre risco no sábado, contra o Athletico, pelo Brasileiro.
"Não faço magia", repete o técnico português...
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