Naming rights do Itaquerão. Sete anos de promessas vazias de Andrés

São Paulo, Brasil

"Nós temos pelo menos seis interessados e a gente está tentando criar uma construção que seja mutua, pois é um compromisso que o clube e a empresa firmam por 20 anos e, consequentemente, essa integração tem que ser muito bem feita.

"Estou muito animado.

Existem negociações internacionais e no Brasil e espero avançar nisso o mais rápido possível."

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“O patrocínio master, dentro desse clima de esfriamento da economia do Brasil, ficou mais complicado."

Essas foram as principais declarações no programa "Papo Reto", do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, na Corinthians TV, colocado no ar, gravado e editado, pela Internet, hoje.

As palavras nem foram dele, mas do diretor de marketing, Luis Paulo Rosenberg.

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Em 13 minutos e um segundo, Andrés e Rosenberg tentaram justificar o desmanche corintiano e demonstrar que o clube vive muito bem financeiramente. Que a dívida de mais de R$ 1,7 bilhão pelo estádio está controlada.

Assim como o presidente tentou justificar o fato de seu clube ser o que mais pagou comissão para intermediários, na compra e venda de jogadores, em todo o Brasil. Entre abril de 2017 até julho de 2018, o clube gastou R$ 13 milhões. A quantia exagerada é oficial. Os números foram divulgados pela CBF.

Andrés disse que está renegociando a dívida do estádio com a Caixa. E que 'depois' procurará se acertar com a Odebrecht.

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Não foi exato, deixou no ar, o que ele quer e como estão as discussões. Essas tais reuniões com a Caixa já foram prometidas desde a adminstração Mario Gobbi, passando por Roberto de Andrade.

O resultado foi decepcionante.

Foi um programa completamente controlado, vazio.

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Só faltou bolo de aniversário para a promessa dos naming rights, por exemplo. Desde 2011, Andrés Sanchez e Luis Paulo Rosenberg insistem que vão conseguir uma empresa para pagar para batizar o estádio. 

Andrés repetiu insistentemente nos valores R$ 400 milhões por vinte anos.

Só que o resultado foi um fracasso monumental.

A recessão já havia matado esta chance.

E os sete anos que a arena passou a ser conhecida por Itaquerão praticamente inviabilizaram este sonho.

Andrés deixou Rosenberg se expor no tal 'Papo Reto'. 

Afirmar que há seis interessados em batizar um estádio que já tem seu nome popular cristalizado.

Ambos mostraram total desconforto e falta de rumom ao tentar explicar porque não há patrocínio master na camisa do time mais popular do estado mais rico de São Paulo. Faz um ano e quatro meses. Desde que a Caixa Econômica não quis seguir pagando R$ 30 milhões pelo peito e pelas costas do uniforme. Desejava bancar R$ 25 milhões.

Roberto de Andrade, pupilo de Andrés, recusou. O grupo comandado por Sanchez acreditou que conseguiria empresas que dispusessem R$ 30 milhões ou mais. Ou ainda que fechassem o naming rights e o patrocínio master, de uma vez só.

Outro fracasso retumbante, que obrigou o Corinthians a vender atletas importantes, diferenciados, como Jô, Balbuena, Rodriguinho, Guilherme Arana.

Andrés ameaça que o "Papo Reto" será semanal.

Vazio, sem informações concretas, só desculpas, os 13 minutos e um segundo não esclareceram absolutamente nada.

Pelo contrário.

Outra vez trouxe a ilusão do naming rights para o Itaquerão.

Não mostrou dados do estádio, quanto o clube deve.

E lembrou a absurda quantia paga a intermediários na venda e compra de jogadores.

O programa só prejudicou ainda mais a criticada administração de Andrés Sanchez.

Não esclareceu as principais questões do Corinthians.

Trouxe apenas ilusões.

Não houve nada de reto nesse papo...