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Na briga que pode tirar Copa do Qatar da Globo, Disney interessada

Emissora carioca conseguiu liminar para não pagar contrato com a Fifa. Questão será levada para a Suíça. Mundial de 22 pode ir parar na ESPN Brasil

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Briga entre Globo e Fifa será decidida na Suíça. Emissora pode perder Copa do Qatar
Briga entre Globo e Fifa será decidida na Suíça. Emissora pode perder Copa do Qatar Briga entre Globo e Fifa será decidida na Suíça. Emissora pode perder Copa do Qatar

São Paulo, Brasil

A Fifa negociou a transmissão da Copa do Mundo da Rússia com 219 países e territórios. 

A entidade sempre foi rígida nos contratos.

Assim que o brasileiro João Havelange assumiu a presidência, em 1974, ele tratou de fazer duas significativas mudanças.

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A primeira, valorizar como nunca as transmissões dos eventos da Fifa. Especialmente a Copa do Mundo.

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A segunda atitude foi criar um departamento jurídico fortíssimo para cobrar esses contratos.

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Desde então, os valores foram aumentando substancialmente. Havelange percebeu quanto dinheiro a Copa mobiliza.

E cresceu também a firmeza na exigência do cumprimento dos contratos também.

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Até para não haver o efeito cascata.

No caso de um país não honrar o contrato que assinou, e a Fifa ceder, outros também se sintam no direito de exigir descontos ou mais facilidades de pagamento.

É exatamente com essa predisposição que a Fifa vai enfrentar a TV Globo na Corte de Justiça na Suíça.

A emissora declarou com todas as letras não ter dinheiro para seguir pagando as nove parcelas de 90 milhões de dólares, desde 2015, cerca de R$ 468 milhões, para ter os eventos principais da entidade até 2022. 

Disse que sua crise financeira é graças à pandemia.

A Globo cumpriu sua obrigação e pagou cinco parcelas. Mas admitiu não ter condições de pagar a sexta, que vence daqui seis dias, 30 de junho.

E procurou a Justiça brasileira.

Conseguiu ontem uma liminar na 6ª Vara Empresarial da Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Com a decisão conseguida junto à juíza Maria Luíza de Cristina Brito, a Fifa fica proibida de executar uma carta de fiança do banco Itaú, que assegurava o pagamento da Globo.

Se o fiador Itaú pagar a Fifa e a entidade aceitar o dinheiro, que estaria garantido por contrato de fiação, a juíza determinou multa de R$ 1 milhão por dia às duas empresas.

Jamais a Fifa foi tratada assim no Brasil.

Dirigentes da Fifa sempre foram tratados com carinho pelo Brasil
Dirigentes da Fifa sempre foram tratados com carinho pelo Brasil Dirigentes da Fifa sempre foram tratados com carinho pelo Brasil

A quebra unilateral de contrato não pode ser celebrada como vitória da Globo.

Porque a briga mal começou.

A questão será decidida na Corte de Justiça, na Suíça, pais que sedia a entidade esportiva.

Não foi por acaso que a emissora carioca procurou a Justiça.

A relação com a Fifa está desgastada.

Mudou muito, desde a aposentadoria de Marcelo Campos Pinto, executivo da emissora, que negociava as principais transmissões.

Ele saiu de cena assim que estourou o escândalo de 2015, quando membros da cúpula da Fifa foram presos.

A emissora foi citada diversas vezes nos processos de condenados.

Desde então, tudo ficou menos íntimo, menos fácil para a Globo.

A maior prova é ter de apelar para a Justiça para não pagar o que combinou.

A diretoria atual da Fifa não aceitou negociar nem a redução da parcela e muito menos aumentar o prazo de pagamento.

A ameaça maior da Globo, caso perca o processo final na Suíça, é romper o contrato e abrir mão da transmissão da Copa do Mundo de 2022.

Caso isso aconteça, o Brasil não ficará sem acompanhar a principal competição de futebol do planeta.

A Disney tem a propriedade dos canais ESPN/Brasil. Copa interessa
A Disney tem a propriedade dos canais ESPN/Brasil. Copa interessa A Disney tem a propriedade dos canais ESPN/Brasil. Copa interessa

A Disney, dona da ESPN Brasil e da Fox Sports, tem real interesse em assumir os direitos totais da Globo: tevê aberta, tevê a cabo e Internet.

Suas emissoras a cabo retransmitiriam o Mundial.

Seus portais também.

E estaria à vontade para negociar com uma tevê aberta, que não a Globo.

A situação não está resolvida.

Pelo contrário até.

A Globo deve, não tem condições de cumprir o que se comprometeu, e ainda impediu a Fifa de receber do seu fiador.

A questão judicial parece simples.

E a lógica se mostra favorável à entidade.

Restam quatro parcelas para o acordo ser cumprido.

O valor da dívida é de R$ 1,8 bilhão.

A Fifa costuma ser inclemente com devedores.

Até para não estimular outras emissoras a fazer o mesmo.

A situação da Globo neste processo é muito difícil...

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