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'Errei com Rogério Ceni. Paguei um preço alto demais. Na carreira e na vida. Fui ameaçada de morte. Mas renasci.' Milly Lacombe

Jornalista, escritora, roteirista, palestrante, ativista. Milly Lacombe é uma das grandes comunicadoras do país. Sua vida vai muito além do erro com Rogério Ceni. Uma mulher incrível, em entrevista mais que corajosa

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


São Paulo, Brasil

Tudo na tela da tevê ganha uma dimensão maior.

Foi o que aconteceu com Maria Emília Cavalcanti Lacombe.

Em 2006, ela estava em ascensão no jornalismo esportivo.

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Suas opiniões fortes, profundas, se impunham no SporTV.

Uma das primeiras mulheres a ganhar o posto de comentarista de futebol

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Estava roubando atenção, ouvia que a Globo tinha planos para ela. Comentar na tevê aberta, quadro no Fantástico eram possibilidades.

Só que um erro grave pôs tudo a perder.

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"Por vaidade, decidi assumir como notícia um comentário de bastidores. E falei no ar algo de que não tinha prova. Acabei punida severamente. Até por ser uma mulher que errou. Perdi todo o espaço que tinha no esporte. Só agora, tantos anos depois, pude voltar a trabalhar com futebol."

O erro de Milly foi no extinto programa Arena. Ela presumiu que Rogério Ceni havia falsificado um documento que provava o interesse do Arsenal na sua contratação.

O então goleiro do São Paulo entrou no ar, para a surpresa de Milly, que não foi avisada, e disse no mesmo programa que a processaria. 

Foi o que fez.

"Fui pega de surpresa, ninguém me avisou. Eu errei, mas não tive tempo para articular o que responderia. Depois, tive pouquíssimo apoio na emissora. Fui para a geladeira. Depois, dispensada.

"Errei, repito, mas sofri demais. Fui massacrada. Paguei tanto por ser mulher. Se fosse um homem, a situação não seria tão pesada quanto foi."

As consequências pesadíssimas pelo erro em relação ao ídolo Rogério Ceni. Mas acabou o exílio de Milly
As consequências pesadíssimas pelo erro em relação ao ídolo Rogério Ceni. Mas acabou o exílio de Milly

Milly foi ameaçada de morte por "torcedores" pelo que falou do ídolo Rogério Ceni. Viveu um período de medo absoluto.

Sofreu, mas conseguiu superar.

Filha de jornalista importante, Arnaldo Lacombe, Milly não teve a vida travada ao deixar de comentar futebol.

Muito pelo contrário, seguiu escrevendo livros, roteiros, dando palestras.

Até que, 17 anos depois, segue como colunista, escrevendo e falando, com coragem e profundidade, sobre vida e futebol, que tanto ama. Desde menina, quando jogava de lateral-esquerda.

Nada escapa ao seu olhar atento: seleções brasileiras, masculina e feminina. Daniel Alves, Robinho, Antony, Cuca. Corinthians. E, lógico, jornalismo esportivo. 

Não foge de assunto algum até expor a terrível dor: os abusos sexuais que sofreu.

Milly deu um depoimento intenso, abrangente, corajoso, como tudo o que faz, no canal Cosme Rímoli, no YouTube.

A cada semana, uma nova entrevista com personagens importantes do esporte deste país.

Inscreva-se no canal e seja avisado quando houver novos convidados.

Lá já estiveram: 

André Hernan, Reinaldo Gottino, Falcão, Milton Neves, Hortência, Cléber Machado, Marco Aurélio Cunha, Denilson, Silvio Luiz, Benjamin Back, Fernando Fernandes, Osmar Garraffa, Dodô, Casagrande, Wagner Ribeiro, Mano, André Henning, Sálvio Spíndola, PVC, Edu Dracena, Ney Franco, Chico Lang, Reinaldo Carneiro Bastos, Márcio Zanardi, Wanderley Nogueira.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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