Mesmo condenado por estupro, Robinho é o 'convidado especial' de churrasco no Santos. STJ decide dia 20 de março seu futuro
Robinho foi o convidado especial de um churrasco no Santos, para comemorar a vitória sobre o São Bernardo. O presidente Marcelo Teixeira não se importou com a condenação de nove anos, por estupro, na Itália
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
![Robinho foi condenado por estupro em 2022 e há dois anos vive como se nada tivesse acontecido](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/2CZXA4VTL5I6DHJUFUB27WBOOU.jpg?auth=2b957cac7e1b17a6a3712e6232dd7e10705fa881f15ff38e9e34e8c3ca01a87e&width=700&height=466)
São Paulo, Brasil
Escárnio?
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, resolveu organizar um churrasco no CT do Santos.
Para comemorar a vitória sobre o São Bernardo, no Morumbi, no domingo, diante de quase 51 mil santistas.
E nesse churrasco, de hoje, haveria um convidado especial, muito amigo de Teixeira.
Atuou no clube sob sua gestão.
Ele foi e ainda ganhou abraços de todos o elenco, da Comissão Técnica de Fábio Carille, da direção de futebol.
Robinho.
Mesmo condenado por estupro coletivo, a nove anos de prisão na Itália, o jogador circula livremente no Brasil.
Seu comportamento serviu até como exemplo para a justiça espanhola seguir com a prisão preventiva de Daniel Alves, desde janeiro de 2023.
Porque o Brasil não tem acordo de extradição.
Ou seja, pessoas que nasceram neste país e cometeram crimes no Exterior, podem ficar tranquilas. Não são extraditadas.
Robinho foi condenado em 2022 e há dois anos vive como se nada tivesse acontecido. O estupro coletivo aconteceu em 2013. Uma mulher de origem albanesa, embriagada, foi atacada sexualmente por seis brasileiros.
A polícia italiana colocou escuta no carro de Robinho e ele confessou o estupro em detalhes.
A justiça do país europeu pediu para o governo brasileiro agir e fazer com que Robinho cumpra os nove anos de cadeia por aqui.
Enquanto degustava picanha e farofa, Robinho ficou sabendo que o Superior Tribunal de Justiça marcou para o dia 20 de março o julgamento.
Há ainda muita divisão sobre a legalidade de o ex-atacante ser preso no Brasil, pelo que fez na Itália.
"Estou à disposição da justiça", repete Robinho, sem mostrar preocupação.
Ele é defendido pelo escritório do primo do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
José Eduardo Alckmin insiste que a legislação não prevê o cumprimento de pena no Brasil, para o julgamento de um brasileiro em outro país.
É nessa tese que Robinho acredita.
Por isso saboreava um bom churrasco enquanto o STJ anunciava o dia do seu julgamento.
Marcelo Teixeira sabia muito bem da condenação de Robinho.
Mas o recebeu no churrasco como 'grande ídolo santista'...
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