Memphis balançou, Emiliano derrubou Ramón Díaz e travou volta de Tite. Corinthians se cansou de ‘superfilho’, e Dorival Júnior já disse ‘sim’

“Cheguei aqui há seis meses. Você acha que o time está progredindo? Ou estamos apenas olhando para os resultados? Quero saber isso do Brasil. Estamos apenas olhando para o Corinthians se ganhamos o jogo, são três pontos e então passamos para o próximo jogo ou você vê progresso? Porque tenho minhas dúvidas.”

“Os rivais têm tempo para parar a bola e chutar contra o nosso gol. Por que não temos o mesmo espaço? Se você olhar como jogamos, acho que temos muito trabalho de casa a fazer sobre a estrutura. Esses são os jogadores. Esse é o estafe, o pessoal que está no comando.”

“A cada jogo você vê um Memphis diferente, porque não somos consistentes, então a cada jogo eu tenho que, na minha opinião, olhar o que posso fazer para ajudar o time ao máximo, e isso às vezes é uma surpresa para mim.”

Memphis só faltou chamar Ramón Díaz e seu filho Emiliano de incompetentes.

Porque a palavra estava decodificada.

Memphis, para Mello, era o pêndulo da balança, a voz que decidiria o futuro do treinador argentino.

A decisão pela saída foi de manhã.

O executivo Fabinho Soldado avisou Ramón e Emiliano da chance de serem mandados embora.

Ambos acreditavam que o título paulista serviria de escudo.

Afinal, o Corinthians ganhou o título na noite de 27 de março, há menos de um mês.

Mas vieram seis partidas, e o time cada vez pior.

Só venceu o Vasco, perdeu para o Huracán, Palmeiras e Fluminense.

E empatou com Bahia e América de Cali.

A equipe não reagia.

O desempenho de quarta-feira, em Itaquera, contra o time de Renato Gaúcho foi constrangedor.

Na reunião de quinta à tarde, Emiliano tomou a frente de Ramón, quando houve o aviso da demissão.

Ele deixou claro que, quando contratados no ano passado, a missão era evitar o rebaixamento.

Foi o que fizeram.

Além de levar a equipe à Pré-Libertadores.

E ainda ganharam o título paulista.

Os dirigentes ficaram ainda mais com a certeza de que o comandante era o filho e não Ramón Díaz.

Augusto Mello, que no dia 3 de dezembro renovou o contrato dos dois até o último dia deste ano, não pestanejou.

Os dispensou.

O Corinthians pagará multa.

O presidente decidiu procurar Dorival Júnior, e não Tite, como alguns conselheiros queriam.

Primeiro, Tite virou as costas duas vezes ao Corinthians.

Quando estava na seleção e anunciou que não seguiria na CBF, após a Copa de 2022.

E depois, no ano passado, quando jurou que não trabalharia no futebol brasileiro.

Mas foi trabalhar no Flamengo.

E também por conta de Matheus.

Ele quer ser treinador, e Tite passou a dividir o trabalho.

Assim como Ramón Díaz, deixa Matheus comandar treinos e setores das equipes.

Foi na seleção brasileira e no Flamengo, para surpresa e críticas intramuros dos dirigentes.

Lucas Silvestre também gosta de palpitar no trabalho de Dorival, que também segue o caminho do nepotismo.

Nepotismo é quando uma pessoa no poder dá um cargo para parente.

Lucas é filho e auxiliar de Dorival.

Augusto Mello foi avisado que ele interfere muito menos que Matheus e infinitamente menos que Emiliano.

Os primeiros contatos com representantes do ex-treinador da seleção brasileira foram ótimos.

E já veio o ‘sim’, diretamente de Florianópolis, onde vive.

Está tudo apalavrado.

Não assinado.

O que deverá acontecer nesta sexta-feira se não houver nenhuma intercorrência.

Dorival Júnior, no início da semana, disse ‘não’ ao Santos.

Mesmo com Neymar.

Só que o Corinthians tem um elenco muito mais forte.

E ele pode ter ambição muito maior no Parque São Jorge do que na Vila Belmiro.

Tudo indica que, nesta sexta, haverá novo treinador, para alegria de Memphis Depay.

Além de um filho, e auxiliar, muito menos poderoso do que Emiliano Díaz...

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O auxiliar técnico do Timão falou sobre as últimas partidas e a necessidade de jogar melhor para voltar a vencer.