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Cosme Rímoli - Blogs

Medo real do Botafogo. Luiz Henrique quer voltar para a Europa. O Lyon espera pelo melhor jogador da Libertadores. United interessado

Aos 23 anos, ele sabe: já cumpriu sua missão no Brasil. Valorizou sua carreira. Não só com a conquista da Libertadores, sendo escolhido o melhor da competição. Mas sendo presença obrigatória à Seleção. Textor diz que ‘a escolha, de ir ou não, é do atacante’

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Luiz Henrique beija a taça Libertadores. Jogador fundamental ao Botafogo. Tem as portas abertas da Europa Vitor Silva/Botafogo

No dia 25 de janeiro deste ano, a manchete das manhãs no futebol deste país foi uma só.

Luiz Henrique, atacante velocista, canhoto, habilidoso, de alto nível foi contratado.

Pelo Botafogo, estampavam os portais, jornais, televisões.

Por R$ 86 milhões, o Betis o liberava.


O clube espanhol havia pago R$ 72 milhões ao Fluminense, em 2022.

O orgulho dos botafoguenses foi enorme com a segunda maior contratação de sua história.


Só ficando atrás do argentino campeão mundial no Catar, Almada.

Comprado do Atlanta United, dos Estados Unidos, por R$ 120 milhões.


Só que havia um equívoco estrutural nesta festa.

Quem comprou o jogador foi o grupo Eagle Football Holding, empresa do bilionário norte-americano John Textor.

Ou o empresário escolheu que Luiz Henrique fosse para o Botafogo.

Ele poderia ter ido para o Lyon, da França, Crystal Palace, da Inglaterra, ou até atuar no Molenbeek, da Bélgica.

A opção passou pelo estafe do atacante e de Textor.

Só que, desde que pisou de volta ao Rio de Janeiro, Luiz Henrique tinha uma obsessão.

Voltar para o futebol europeu, onde fracassou no Betis.

Diante do seu potencial e da disposição financeira da equipe espanhola, seu rendimento foi pífio.

Quatro gols e dez assistências em um ano e meio, com 64 partidas disputadas.

Não despertou a atenção dos gigantes europeus e decidiu recomeçar no Botafogo, que montava uma equipe excelente para esta temporada.

Com Textor gastando R$ 323 milhões.

Não custa relembrar os atletas que chegaram e seus valores.

Almada: 22 milhões de dólares (R$ 120,6 milhões), Luiz Henrique: 16 milhões de euros (R$ 85,9 milhões), Matheus Martins: 10 milhões de euros (R$ 61,1 milhões), Gregore: 2,5 milhões de euros (R$ 13,4 milhões), Savarino: 2,7 milhões de dólares (R$ 13,1 milhões), Cuiabano: R$ 8 milhões, Lucas Halter: R$ 7 milhões, John Victor: R$ 1,5 milhão de dólares (R$ 5,8 milhões), Carlos Alberto (comprado, de vez) 1 milhão de euros (R$ 5,3 milhões, Newton (comprado de vez) : R$ 1,2 milhão, Raul Steffens: R$ 40 mil, Damián Suárez: Custo zero, Emerson Urso: Custo zero, Óscar Romero: Custo zero, Pablo: Custo zero, Jeffinho: Custo zero, Allan: Custo zero, Igor Jesus: Custo zero.

Luiz Henrique ganhou o posto de 'imprescindível' à Seleção. Graças ao Botafogo CBF

O Botafogo havia investido R$ 114 milhões em 2023.

O clube ficou disparado à frente do Flamengo, que gastou R$ 275 milhões este ano.

E o Palmeiras ficou em terceiro, R$ 193 milhões.

Foi até uma surpresa boa Luiz Henrique vir para o Botafogo.

O plano inicial de Textor era repassá-lo ao Lyon.

Só que foi convencido pelo estafe do atleta que voltar ao Brasil era a chance de recuperação de confiança, em um futebol menos competitivo.

E também de chegar à Seleção Brasileira.

Foi o que aconteceu.

Luiz Henrique está mais do que valorizado com a conquista da Libertadores, com chance enorme de ganhar também o Brasileiro.

E já é nome obrigatório nas convocações de Dorival Júnior.

O jogador não quer repetir o que fez Gabigol.

O atacante do rival Flamengo também havia fracassado na Europa, na Inter e no Benfica.

Aceitou atuar no Santos e depois na Gávea, pensando fixamente em uma reviravolta.

Em novo retorno ao Velho Continente.

Em 2021, Gabigol foi eleito como o melhor jogador da Libertadores.

Teve propostas de clubes médios como o Zenit e o West Ham.

Ele recusou, dizendo que ficaria no Brasil até surgir um gigante europeu.

Não surgiu.

Luiz Henrique não vai seguir o mesmo caminho.

Ele quer voltar ao mercado mais importante do mundo.

O Lyon, quinto colocado no Campeonato Francês, o deseja.

E já pediu o brasileiro a Textor.

O jogador foi mais do que claro, assim que venceu a Libertadores, no sábado, que não tem convicção nenhuma que o melhor será seguir no Botafogo em 2025.

Pelo contrário.

“Eu não sei (se fico no Botafogo)... Quero desfrutar desse momento com meu grupo, minha família. Mais para frente a gente pode resolver isso”, disse, ainda em Buenos Aires, após a decisão contra o Atlético.

Luiz Henrique foi decepcionante no Betis. Apenas quatro gols em um ano e meio Betis

Textor está sendo pressionado pelos dirigentes botafoguenses.

Eles querem que o atacante dispute os dois mundiais que o time tem pela frente.

O de 2024, que o Botafogo fará sua participação em Doha, no Catar, em dezembro.

E o de 2025, em junho e junho, nos Estados Unidos.

Luiz Henrique vai jogar, com certeza, o de dezembro.

Mas está seriamente tentado a aproveitar a janela do início de 2025.

E voltar para a Europa.

Não necessariamente no Lyon.

Depende das ofertas.

O principal interessado, até agora, é o Manchester United, que reformulará sua equipe.

Os dirigentes botafoguenses estão realmente preocupados.

Só não querem falar do assunto abertamente enquanto o time disputa o Brasileiro, com muitas chances de ser campeão.

O sonho é que Luiz Henrique faça como Estêvão, vendido ao Chelsea, mas que ficará no Palmeiras até o fim do Mundial dos Estados Unidos.

Mas tudo depende de Textor.

O norte-americano visa lucro com seus clubes, sem dúvida.

Ficou muito emocionado com a festa do Botafogo pela Libertadores.

Mas não tem como enfrentar a vontade de Luiz Henrique.

E ele quer sair no início de 2025.

Esse é um assunto palpitante no Botafogo.

Mas ninguém quer falar abertamente...









Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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