Maroon Five pode tirar possível final do Allianz Parque. Palmeiras estuda outros estádios
Palmeiras enfrenta um grave problema interno. A final do Paulista é no dia 3 de abril. E o primeiro show do Maroon Five, no dia 5. Não daria tempo de erguer o palco. Situação é tratada em sigilo
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Abel Ferreira se assume absolutamente competitivo.
E não absorveu, até hoje, a derrota para o São Paulo, na final do Campeonato Paulista de 2021. Comandar o time derrotado na quebra de jejum de nove anos do rival, sem títulos.
Ele percebeu o óbvio, que a decisão no Morumbi foi fundamental para o instável time de Hernán Crespo ser campeão.
Traçou o plano simples de cobrar muito seu forte elenco para ter a melhor campanha no Paulista, antes que outros torneios atrapalhem. E o Palmeiras conseguiu, até agora, semifinalista do estadual, oito vitórias e três empates. Único invicto.
A vantagem de, possivelmente, decidir o título em casa é "excelente", de acordo com Abel.
Mas...
As grandes bandas do mundo voltaram a fazer shows. E no acordo na construção do Allianz Parque, a WTorre tem o direito de promover espetáculos no estádio, ficando com a esmagadora parte da arrecadação.
Essa fonte havia secado com a pandemia.
Mas os shows voltaram à arena.
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E surgiu um problema enorme para Abel Ferreira.
Se o Palmeiras vencer a semifinal, terá o direito de jogar a decisão em casa, no dia 3 de abril. Antes, 30 de março, será fora.
O gramado da arena se tornou sintético por conta exatamente dos shows.
Mas a montagem do palco de bandas consagradas leva até quatro dias. E não dois, como poderá acontecer.
O dono da construtora, Walter Torre, morreu no ano passado. Ele era firme em relação aos shows no estádio, condição fundamental para que o acordo fosse fechado com o Palmeiras. Foram vários embates com o ex-presidente Paulo Nobre. E até com Mauricio Galiotte.
A atual presidente Leila Pereira tem uma relação melhor com a cúpula da WTorre.
E, evidente, está tentando garantir a arena para uma eventual final.
Abel quer que tudo seja feito de maneira menos aberta possível.
Para que não chegue até o Red Bull Bragantino, provável adversário da semifinal, como desrespeito. O treinador tem sido até repetitivo com o executivo Anderson Barros, para que haja respeito ao semifinalista.
Ainda não há a definição por parte da WTorre.
O Maroon Five fará dois shows na arena. Dias 5 e dia 6.
Por precaução, o Palmeiras estuda outro estádio para fazer a decisão.
Se fosse por gramado, Abel adora o do grande rival Corinthians. É lógico que não seria lá.
A opção é tirar a partida da capital.
Campinas, Ribeirão Preto...
A arrecadação também seria levada em conta.
Seja onde for, e o Palmeiras, finalista, a torcida seria única, palmeirense.
A pressão interna é que a WTorre se empenhe.
E garanta, em dois dias, o que faria em quatro.
E que o Palmeiras, se finalista, decida no Allianz Parque.
Abel não quer perder o ambiente e, principalmente, a grama sintética, a que seu time está mais do que acostumado.
Mas o problema é sério.
Real.
E desgastante...
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