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Cosme Rímoli - Blogs

Mano Menezes fez o Fluminense jogar como time pequeno. E pagou caro. Deyverson fez a festa. Atlético na semifinal da Libertadores

Quando a direção do clube carioca escolheu Mano para substituir Fernando Diniz deveria saber o viria pela frente. Técnico especialista em retrancas. Montou o Fluminense encolhido em Belo Horizonte. Perdeu só por 2 a 0. Escapou de goleada. Adeus, Libertadores...

Cosme Rímoli|Do R7

Deyverson se aproveitou do Fluminense, jogando como time pequeno. Marcou os dois gols que levou o Atlético à semifinal da Libertadores Pedro Souza/Atlético

Foi um massacre.

Nada menos do que 21 arremates a gol.

Contra apenas três.

Estatística de jogo entre um clube grande contra um pequeno.


Foi assim a decisão das quartas da Libertadores, entre dois gigantes, Atlético Mineiro e Fluminense.

A partida teve esse enredo por culpa de um homem.


Luiz Antônio Venker Menezes.

O ex-treinador da Seleção Brasileira segue com a carreira em plena decadência.


Desde a saída do Cruzeiro, em 2019, ele acumula demissões e multas rescisórias.

Foi mandado embora do clube mineiro, do Palmeiras, do Bahia, do Al-Nassr, do Internacional, do Corinthians.

Há cinco anos a mesma história.

Montando times acovardados taticamente.

E, para espanto geral de quem trabalha com futebol, e até do próprio Mano, foi ele o escolhido pela direção do Fluminense.

Assumiu no lugar do treinador mais ofensivo do país, que opta por esquemas que beiram a irresponsabilidade.

Deu certo no clube carioca com a conquista da Libertadores.

Mas, sete meses depois, foi despachado, sem dó, deixando o Fluminense na lanterna do Brasileiro.

Na Seleção fez o país passar vergonha, com a pior sequência das Eliminatórias Sul-Americanas.

Mano assumiu o campeão da Libertadores, mas fez o elenco montado para atacar, se defender.

O resultado foi o que se viu em Belo Horizonte, hoje.

Com a equipe montada de forma vexatória.

5-4-1.

Time montado com medo, lutando por pouco demais para a história belíssima do Fluminense.

Para empatar em 0 a 0.

A classificação para as quartas já havia sido injusta.

Veio contra o Grêmio, que vive um ano atípico, por conta das terríveis enchentes do Rio Grande do Sul.

O Fluminense, com seu elenco com estrelas como Marcelo, Thiago Silva, Ganso, se classificar nos pênaltis.

Mas a classificação mentirosa durou pouco.

No Rio de Janeiro, Milito recuou demais o Atlético e perdeu por 1 a 0.

Mano caiu na tentação não só de defender, mas retrancar um elenco que sonhava em atacar.

O Atlético já poderia ter acabado com a vantagem aos sete minutos de jogo, quando Hulk cobrou mal demais um pênalti, facilitando a defesa do excelente Fábio.

O time mineiro atuando na sua arena MRV entrou em campo montado no 3-5-2.

O treinador argentino esperava muita luta nas intermediárias.

Mas Mano deixou o Fluminense com duas linhas baixas demais.

Os cinco jogadores fixos da defesa mais os quatro do meio-campo.

Deu pena de Kauã Elias, isolado na frente.

Quando Milito percebeu que enfrentava uma equipe acovardada taticamente, adiantou a marcação.

Thiago Silva tinha uma atuação impressionante, cortando cruzamentos, fazendo coberturas, tentando liderar seu time.

Tudo piorou de vez no segundo tempo.

Bernard, que voltou muito mal da Europa, saiu contundido no final da primeira etapa.

Deyverson entrou para atuar como pivô, atrapalhar a zaga carioca, abrir espaços para Hulk e Paulinho.

E finalizar.

A partida estava propícia para um atacante com sede de gols, já que a bola não saía de perto da área carioca.

E foi assim que, aos cinco minutos, Scarpa fez o cruzamento perfeito.

Deyverson conseguiu se antecipar a Thiago Silva.

A bola, malvada, desviou na cabeça do melhor em campo, e entrou sem dar a menor chance para Fábio.

Atlético Mineiro 1 a 0.

Quando se esperava que o Fluminense fosse tentar o empate, nada disso.

Se encolheu mais ainda.

Mano teve a coragem de colocar mais um zagueiro, Antônio Carlos no lugar do atacante Serna.

O veterano Marcelo na vaga de Diogo Barbosa.

Substituições que obrigaram o Atlético a atacar mais ainda.

Repetindo: foram 22 finalizações ao gol de Fábio.

O massacre se concretizou aos 43 minutos do segundo tempo.

Hulk cruzou da direita e na diagonal oposta entrou Deiverson para estufar as redes do desolado Fábio.

2 a 0.

A justiça foi feita.

Luiz Antônio Venker Menezes não levou a decisão para os pênaltis, como queria.

Conseguiu contribuir para a eliminação do Fluminense.

Uma equipe com o DNA ofensivo sucumbiu quando teve apenas de se defender.

O Atlético Mineiro vai lutar para chegar à final contra o River Plate.

E o Fluminense, com seu treinador retranqueiro, tentará fugir do rebaixamento...









Veja também: Assista ao lance que Fluminense reclama de falta em gol do Atlético

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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