Mano escolheu o adversário errado. Ao humilhar Marcelo, matou a chance de continuar no Fluminense em 2025. ‘Bagunça monumental’
O relacionamento do treinador com o melhor lateral da história do Fluminense já era péssimo. No empate contra o Grêmio, ontem no Maracanã, o mundo finalmente percebeu. O treinador o quis colocar aos 45 minutos do segundo tempo. Marcelo reclamou. Mano o empurrou três vezes e o ídolo não entrou. O Flu acabou cedendo o empate, aos 49 minutos. A torcida ficou revoltada com o técnico
“Bagunça monumental”, cravou o jornal espanhol As.
O periódico não perdoou a bizarra cena de ontem, envolvendo um ídolo midiático, que fez história no Real Madrid.
O Fluminense jogava mal, era pressionado pelo Grêmio, em pleno Maracanã.
Os tradicionais clubes lutavam para escapar da zona do rebaixamento.
O placar mostrava 2 a 1 para o Fluminense.
Eram 45 minutos do segundo tempo, Mano Menezes chamou Marcelo, que estava no banco de reservas.
Sua missão seria segurar a bola, fazer o tempo passar, para garantir os três preciosos pontos.
O jogador entrou e discretamente reclamou de sua entrada tão tardia.
Os atletas enxergam entrar no final da partida como humilhação.
Ainda mais quem é grande ídolo mundial.
Mano teve a sua autoridade desafiada, fechou a fisionomia.
E reagiu.
Deu três empurrões leves no peito do jogador, o encarando.
“Você não vai entrar!”, gritou.
E chamou o atacante John Kennedy.
Marcelo não falou nada, foi para o banco.
De lá viu o Grêmio empatando o jogo, aos 49 minutos, em 2 a 2.
Mano Menezes ouviu inúmeros palavrões e foi chamado de burro na ida ao vestiário.
A cena deprimente teve repercussão internacional.
Por conta da importantíssima carreira de Marcelo.
Cinco vezes campeão da Champions League.
Tetracampeão mundial de clubes.
Seis vezes campeão espanhol.
Tricampeão da Supercopa da Uefa.
O melhor lateral da história do Fluminense.
Ídolo a ponto de o Centro de Treinamento do clube carioca ter sido batizado com seu nome.
Mano Menezes escolheu o homem errado para humilhar.
Marcelo já estava descontente por, apesar de estar bem fisicamente, o técnico o tem deixado na reserva.
Seu contrato vence no final do próximo mês.
A direção já está tentando encontrar um caminho para a renovação para o próximo ano.
O quer como atração no Mundial de Clubes nos Estados Unidos.
Mano, que vive a pior fase de sua carreira, sentiu que mexeu em um vespeiro.
E tentou amenizar a situação crítica, com explicação rasa.
“Eu iria colocar Marcelo naquela hora, mas ouvi uma coisa que não gostei e mudei de ideia. Coloquei o JK na beirada, é um jogador de força para você ter uma saída. Sempre tivemos uma saída. Não acho que foi porque ele entrou que o time teve qualquer tipo de problema. Não é fácil entrar naquela hora do jogo, você sabe disso, é um fechamento do jogo. Ele, aliás, não estava entrando para resolver problema nenhum, ele estava entrando para manter aquilo que a gente estava tendo. E faltava dois, três minutos para acabar o jogo.”
O técnico estava absolutamente incomodado na coletiva.
Marcelo fez questão de não dar qualquer entrevista.
O multicampeão é um dos líderes do elenco.
E tem o apoio de Thiago Silva, Fábio e Felipe Melo.
O clima de ‘ele ou eu’ já é forte.
É o pior momento de uma temporada que parecia ser vencedora.
O clube ganhou a Recopa Sul-Americana, em março.
Mas acumulou fracassos no Carioca, na Libertadores, na Copa do Brasil.
E no Brasileiro luta para escapar da Segunda Divisão.
Fernando Diniz, que conquistou a Libertadores, foi sumariamente demitido.
Mano Menezes, contratado no seu lugar, faz trabalho pífio.
Ele já tem fama de maltratar jogadores.
No Corinthians, perguntou publicamente se Yuri Alberto ‘era burro’.
O clube está ameaçado de rebaixamento.
E agora vive esse impasse fortíssimo.
Rachando o grupo de jogadores e o técnico.
Restam seis partidas para a acabar o Brasileiro.
A direção já tenta, desde esta madrugada, controlar a crise.
Mas é certo nas Laranjeiras.
Dos dois, apenas um seguirá em 2025.
E tudo indica que o nome dele é Marcelo...
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