Mais um ato de guerra entre Palmeiras e Flamengo. Leila viu favorecimento ao time carioca por adiamento do julgamento de Bruno Henrique. Enquanto Allan foi suspenso. Clube carioca vai responder

Leila Pereira foi avisada.

O departamento jurídico do Palmeiras ficou revoltado.

E a dirigente ficou mais ainda.

Não considerou justo que aconteceu hoje no STJD.

E virou mais um capítulo na guerra aberta contra o Flamengo.

Os dois clubes que disputam o Brasileiro e a Libertadores estão em pé de guerra nos bastidores.

A briga pela distribuição de dinheiro na Libra, travada pelo clube carioca, na justiça, tem um peso enorme neste mal estar constante.

O grande exemplo é Leila não se sentir segura para ir ao Maracanã, assistir Flamengo e Palmeiras pelo Brasileiro, no mês passado. Medo de agressão física por parte de torcedores.

O que aconteceu hoje foi mais um fato que perturba a difícil convivência entre os clubes.

Palmeiras e Flamengo têm 68 pontos no Brasileiro.

E jogos atrasados a cumprirem, nesta data Fifa.

O time de Filipe Luís enfrentará o Sport, em Recife.

O de Abel Ferreira, o Santos, na Vila Belmiro.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva tinha dois casos significativos para a Série A.

Os julgamentos de Allan, do Palmeiras, e Bruno Henrique, do Flamengo.

Allan foi expulso contra o Fluminense, em julho, tomou cartão vermelho direto. Em vez de uma partida de suspensão, o STJD deu mais uma jogo de gancho.

O Palmeiras conseguiu efeito suspensivo. E ele vinha atuando normalmente. Só que o julgamento do efeito suspensivo aconteceu hoje. E ele foi condenado a ter de cumprir a pena. E imediatamente. Ou seja, não enfrentará o Santos, na Vila Belmiro.

Só que, hoje também estava marcado o julgamento de Bruno Henrique. Ele havia sido condenado a 12 jogos de suspensão por ter, de acordo com o tribunal, avisado familiares que tomaria cartão amarelo contra o Santos, dando oportunidade a eles ganharem dinheiro com apostas.

O caso aconteceu em 2023. Foi julgado em setembro e o STJD deu 12 partidas ao atacante.

Mas o Flamengo conseguiu o efeito suspensivo.

E ele vem jogando normalmente.

O julgamento definitivo aconteceria hoje.

Mas de forma surpreendente, o auditor Marco Aurélio Choy pediu ‘vistas do processo’, ou seja, mais tempo para analisar a questão.

O primeiro voto havia absolvido Bruno Henrique. Sergio Furtado Filho o inocentou, não dando qualquer partida de suspensão.

O novo julgamento foi marcado para quinta-feira.

Leila Pereira decidiu protestar publicamente.

Mostrar sua revolta.

Diante da perspectiva de absolvição do atacante do Flamengo.

“O Palmeiras sempre respeitou, e seguirá respeitando, as instituições, mas espera o mesmo respeito de volta. O que está acontecendo não é justo.

“Um atleta é condenado por uma infração grave joga normalmente por dois meses, inclusive fazendo gols e decidindo jogos.

“Aí, quando finalmente é marcado o novo julgamento, vota-se pela absolvição deste atleta e a sessão é adiada. Enquanto isso, o Allan, que era réu primário, pega duas partidas de suspensão por um lance de jogo e depois tem a punição ratificada pelo Tribunal em pouco mais de 15 dias.

“E tudo isso acontece em uma semana decisiva, quando já teríamos vários desfalques por conta da data Fifa. Não queremos ser beneficiados, mas não aceitamos ser prejudicados.

“O Palmeiras espera que o STJD adote uma postura equilibrada, para que suas decisões não influenciem o curso de um os campeonatos mais disputados dos últimos anos. Que o campeão seja decidido dentro de campo.”

As declarações da presidente do Palmeiras repercutiram na Gávea.

Os dirigentes repudiam esta postura de Leila.

E enxergam a pressão externa para que Bruno Henrique seja punido.

O Flamengo vai responder.

Estuda a melhor maneira.

Muito provavelmente defendendo a isonomia do STJD.

A guerra entre Palmeiras e Flamengo está declarada há muito tempo.

Os dois decidem os títulos mais importantes da temporada.

É um confronto entre os clubes de maiores receitas.

Os bilionários do futebol deste país.

Bruno Henrique é só mais uma peça importante neste virulento xadrez.

E que traz enorme dramaticidade.

Não só para os jogos finais Brasileiro.

Mas para a final da Libertadores, dia 29, em Lima, no Peru.

No duelo pelo privilégio de ser o primeiro brasileiro tetra da América...