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Mais dois anos de Abel Ferreira. Noite de vitórias históricas para o Palmeiras. Português levou o clube à quinta semifinal de Libertadores em seis anos. Leila, eufórica. ‘Ele aceitou renovar’

O clima era de pura alegria nos bastidores do Palmeiras. Virada espetacular contra o River Plate por 3 a 1. E classificação para a semifinal da Libertadores. A quinta sob o comando de Abel, que vai renovar sem multa rescisória

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Leila Pereira conseguiu o que queria. Acertou a renovação de Abel Ferreira por dois anos. Ele exigiu que fosse sem multa rescisória Cesar Greco/Palmeiras

Dois sonhos realizados em uma só noite.

Com segundo tempo impressionante, o Palmeiras conseguiu virar a partida contra o River Plate.

3 a 1 para fazer o Allianz Parque tremer.

Com dois gols de Flaco López e um de Vitor Roque.


Chegou à sua quinta semifinal de Libertadores da América, em seis anos.

Todas essas cinco semifinais tiveram um comandante.


Com nome Abel Ferreira.

E Leila Pereira acabou com o suspense.


‘Ele aceitou renovar.’

O treinador mais vitorioso da história palmeirense renovará seu contrato.

E sem multa rescisória, como o treinador desejava.

Poderá ir embora quando quiser.

Como o Palmeiras dispensá-lo sem pagar um real.

A proposta para renovação de contrato é de dois anos. Até o último dia de Leila Pereira na presidência.

“Não preciso de um papel para dizer que quero ficar. Meu avô se chamava Abel. Não assinava contrato. Era tudo de boca.

“Preciso só que as pessoas estejam no clube e confiem no trabalho e os torcedores também. Se os torcedores não confiarem, não vou ser empecilho a ninguém. A presidente sabe, e eu falei antes do Mundial.

“(A negociação do) Meu contrato com eles durou um segundo, não precisou nem chatear o meu agente. É copy-past (copia e cola), não preciso.

“O foco tem que ser só nos jogos que temos, não na Libertadores. E se tiver que chegar para o ano sem assinar sem meu contrato, eu chego para o ano sem assinar meu contrato.”

Vitor Roque empatou o jogo. River Plate se desmoronou psicologicamente Cesar Greco/Palmeiras

Aliás, o empresário do treinador, Hugo Cajuda, está em São Paulo só para fechar o novo contrato. Aliás, se comenta no Palmeiras, que a ideia de não ter multa rescisória, partiu dele.

Se por acaso, um gigante europeu se interessar por Abel Ferreira, Caju tem esse argumento: é só esperar o técnico arrumar as malas e ir embora.

Os dois anos já estão apalavrados.

“Abel está feliz aqui no Palmeiras. Ele aceitou renovar”, celebrava Leila.

A renovação foi até mais comemorada do que superar, de novo, o River Plate. Na Argentina, a vitória já havia acontecido, por 2 a 1. Ontem, em São Paulo, foi a confirmação da supremacia do time de Abel Ferreira sobre o de Marcelo Gallardo.

O Palmeiras superou o susto de tomar 1 a 0, gol de Salas, aos oito minutos do primeiro tempo. Mas antes teve momentos de instabilidade emocional, de tensão. O River poderia até ter ampliado.

“Para ser bem sincero, minha opinião feita em uma análise de um jogo bem emotivo, a primeira vez que nosso adversário foi a nossa baliza fez o gol de bola parada e nos intranquilizou um pouquinho. Não porque não tivéssemos nossa forma de atacar bem definida, mas não fomos ousados. O gol nos intranquilizou.

“O intervalo veio em boa hora, tivemos uma boa reação, falei da importância para os jogadores de ter a calma e foco e gastar a energia no que controlávamos, as nossas tarefas, bem definidas.

“Fizemos dois ajustes táticos, no lado direito e esquerdo. Fomos bem diferentes, mais agressivos com bola e sem bola, em um jogo equilibrado, não posso dizer que não foi, nosso adversário tem qualidade.”

As mudanças foram explicadas por Abel.

“No primeiro tempo, só tínhamos dois jogadores de cada lado. No segundo, três. Depois, fomos bem diferentes. Fomos mais agressivos com e sem bola. Foi um jogo equilibrado, apesar do placar. Se tivesse que dividir em quatro partes: na primeira, na Argentina, fomos melhores, na segunda, nosso adversário foi melhor.

“O primeiro tempo aqui, foi equilibrado, apesar do gol do River. Também poderíamos ter feito um antes. Na segunda parte, fomos mais dominadores, conseguimos impor nosso jogo. Depois com a expulsão o jogo ficou praticamente definido.

“A segunda parte foi bastante melhor que a primeira, por essa ousadia e agressividade ofensiva que tivemos, fizemos um jogo consistente e equilibrado, apesar do placar de 3 a 1. No final não há dúvidas nenhuma que foi a melhor equipe nos dois jogos. Na minha opinião, o Palmeiras merece estar na fase seguinte.”

E agora espera a definição entre São Paulo e LDU, para saber o adversário da semifinal.

Detalhando o que aconteceu ontem no segundo tempo...

O Palmeiras logo empatou, da maneira que Abel treina à exaustão. Piquerez cruzou. Vitor Roque aproveitou falha de posicionamento da defesa do River. Cabeceou forte, Armani conseguiu rebater e o próprio Vitor Roque estufou as redes.

Gallardo adiantou seu time, o empate já eliminaria o River.

Ficou aberto emocionante, enervando, desta vez os argentinos.

Até que aos 41 minutos o desequilibrado Acuña cometeu pênalti em Facundo Torres. Flaco López cobrou bem, com convicção. 2 a 1.

Raphael Veiga entrou nos minutos finais. Só para celebrar. Abel Ferreira fez o Palmeira ser implacável no segundo tempo Cesar Greco/Palmeiras

Mas ainda havia tempo para López, antes tão contestado pela própria torcida. Aos 46, ele se aproveita que os jogadores do River sabiam que estavam eliminados. Rasgou a intermediária com a bola dominada e acertou um chute fulminante.

Palmeiras 3 a 1, quinta semifinal de Libertadores em seis anos. Um recorde.

E que pode ser aumentado.

Para desgostos dos demais clubes desta América do Sul.

Ele vai ficar mais dois anos no Palmeiras...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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