Luxa subestimou o Botafogo. Pagou caro. Adeus invencibilidade
Técnico não levou em conta os inúmeros desfalques que tinha. Montou uma equipe aberta demais. Acabou perdendo a invencibilidade de 20 jogos
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Depois de 20 partidas, o Palmeiras perdeu.
Caiu o último invicto no Campeonato Brasileiro.
E despencou para a quinta colocação.
Vanderlei Luxemburgo não respeitou seus desfalques.
Quis montar um time aberto, corajoso.
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Inventou Maike, lateral direito, na lateral esquerda.
Mesmo sem Weverton, Gabriel Menino, Matías Viña e Gustavo Gómez (convocados), Luiz Adriano (transição física) e Luan Silva (lesão no joelho), o treinador acreditou que conquistaria uma fácil vitória.
Três preciosos pontos desperdiçados.
Subestimou o limitado, mas valente Botafogo de Bruno Lazaroni, que estava na zona do rebaixamento, não vencia um mero jogo há dez partidas.
E acabou sendo derrotado por 2 a 1, no Rio de Janeiro.
Com direito ao ex-goleiro formado no próprio Palmeiras, Diego Cavalieri defendendo pênalti de Willian, aos 39 minutos do segundo tempo.
Ao final do jogo, Cavalieri, de 37 anos, deu um depoimento emocionante.
"Importantíssimo, sabíamos da pressão em cima do time. A gente está treinando, trabalhando, os jogos para trás faltaram detalhes pra conquistar as vitórias. Hoje fizemos os gols, tivemos um sufoco ali atrás no final, mas é mérito de todo mundo. O grupo trabalha muito, é muito unido.
"Sempre fui um cara tranquilo, consciente, treino para quando tiver oportunidade poder ajudar. Sou grato ao Botafogo, todos sabem o momento difícil que vivi há um tempo, quase parei e o Botafogo abriu as portas para mim. Então venho todos os dias para trabalhar e dar meu suor.
"A garotada está de parabéns também. Aproveito e agradeço a toda minha família, que sempre me apoiou."
O lance que resume a arrogância de Luxemburgo foi absurdo.
O treinador subiu para o gramado no segundo tempo, com a bola rolando. Com um minuto e meio de jogo.
O Botafogo havia marcado 1 a 0 e o treinador palmeirense simplesmente sequer viu o gol
Vergonhoso.
Mas o Palmeiras entrou em campo desinteressado, sem competitividade. Como se estivesse treinando. Sem a combatividade de quem deseja se aproximar da liderança.
O ritmo era lento, sem intensidade. Uma equipe que tinha a posse de bola, mas exagerava nos passes laterais.
O Botafogo tratava de se defender. Seus jogadores, mesmo com menos recursos técnicos, mostravam muito mais vontade de vencer.
O primeiro tempo terminou empatado em 0 a 0.
Luxemburgo estava tão tranquilo que, quando voltou do intervalo, perdeu o primeiro gol do Botafogo.
Kevin cruzou da direita e Pedro Raul se antecipou a Felipe Melo.
Botafogo 1 a 0, aos 53 segundos.
Quando chegou ao banco de reservas, Luxemburgo começou a pedir para sua equipe se adiantar, marcar a saída de bola botafoguense.
Precisou tomar o primeiro gol para atacar.
Só que, aos sete minutos, o volante Caio Alexandre marcou 2 a 0, Botafogo, em um lance que o VAR definiu, depois de três minutos, corretamente.
Ele não estava impedido.
Luxemburgo tentou escapar da derrota.
Teve a ajuda de Lazaroni que recuou todo o Botafogo.
O Palmeiras descontou aos 31 minutos, quando Willian mostrou todo seu oportunismo.
Mas cinco minutos depois, ele foi lançado por trás da zaga botafoguense.
Diego Cavalieri teve de sair para solar a bola.
Pênalti.
Willian quis bater.
Cavalieri mostrou grande reflexo.
Vitória do Botafogo, 2 a 1.
E muitas críticas a Luxemburgo...
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