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Luxa foi esperto. Fugiu de Sampaoli. 3 a 0 foi pouco para o Santos

Esperto foi Vanderlei Luxemburgo que não assumiu hoje. Fugiu do confronto com Jorge Sampaoli. O vexame do lanterna Vasco não foi seu

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Rodrygo marcou um. Poderia ter feito pelo menos mais três gols. Fácil demais
Rodrygo marcou um. Poderia ter feito pelo menos mais três gols. Fácil demais

São Paulo, Brasil...

Vanderlei Luxemburgo ficou desempregado por um ano e oito meses. Mas mostrou que segue muito inteligente.

Esteve no Pacaembu, o Vasco, novo clube a apostar nas suas palavras, foi atropelado pelo Santos, de Jorge Sampaoli. 

O time carioca, lanterna do Brasileiro, perdeu por 3 a 0, mas se o placar fosse 6 a 0, não seria exagero. Os santistas cansaram de perder gols, acertando, inclusive, duas bolas no travessão. 


O Santos reparte a liderança do campeonato nacional com o Palmeiras, com dez pontos em quatro partidas, três vitórias e um empate.

Apesar de contratado desde a quinta-feira, Luxemburgo não quis assumir o desesperado time hoje. Tinha que lançar uma cachaça de sua destilaria na sexta-feira.


Onde?

Em São Paulo, local da partida.


Mas não quis se expor.

Escapou do confronto com Jorge Sampaoli.

No máximo, deu 'um pitaco', como havia prometido.

Se o Vasco conseguisse algum progresso, o mérito seria seu. Como não conseguiu, o prejuízo ficou todo com o interino Marcos Valadares.

Esse é o novo comandante do Vasco, que pensa primeiro nele e muito depois no tradicional clube já ameaçado de rebaixamento, pelo fraquíssimo nível técnico do seu elenco. 

Não bastasse a diferença tática e técnica entre os dois times, Sidão fez um péssimo primeiro tempo. Deu o primeiro gol e falhou em lances seguidos que, por sorte, não se transformaram em gols.

Uma equipe vertical, objetiva, confiante sem tantos talentos individuais. Mas os poucos jogadores técnicos que possuisão explorados de maneira inteligente, atuam pelo time. O Santos sabe o que fazer.

Contra um elenco perdido em campo. Com atletas improvisados, tensos, pressionados. Veteranos longe da melhor forma física. O Vasco é um dos favoritos à Segunda Divisa, logo na quarta rodada do Brasileiro.

Soteldo e Sánchez se aproveitaram da fragilidade vascaína. Se divertiram no ataque
Soteldo e Sánchez se aproveitaram da fragilidade vascaína. Se divertiram no ataque

O confronto, em São Paulo, diante da torcida santista, era um convite à derrota, rezando para não ser por goleada. Mas um treinador contratado na quinta-feira tinha a obrigação de estar comandando o time no domingo. Não assumiu porque não quis, alegando que já havia compromissos particulares. 

Errado não está Luxemburgo, mas o presidente Alexandre Campello que aceita tamanho desdém ao grande Vasco da Gama, em um momento de agonia. Que comandante é esse?

Oficialmente, Vanderlei não se envolveu. E coube ao treinador da base Marcos Valadares montar uma equipe sem a menor confiança na sua distribuição tática. Com três zagueiros, seis jogadores no meio de campo e um no ataque. 

O absurdo era o espaçamento entre os setores. Que era escancarado com a marcação sob pressão exigida por Sampaoli dos jogadores santistas. Time fraco não pode respirar para que tome logo gols no primeiro tempo, matar a partida o mais rápido e poupar os atletas.

Foi esse o plano de Jorge Sampaoli. Com a pressão na saída de bola, nos ataques em velocidade, com trocas de passes objetivos, sem firulas, avanço de jogadores em bloco, com liberdade para troca de posição do meio de campo para a frente.

Para isso, sem volante fixo, parado em frente à zaga. Nada disso. Apenas o ofensivo Diego Pituca, para liberar Jean Lucas e Sánchez. Com Rodrygo como ponta direita e Soteldo na esquerda. Mais o apoio dos laterais Víctor Ferraz e Jorge nas triangulações.

Foram 23 chutes a gol do Santos. Alguns deles dentro da grande área, diante de Sidão. Foram 15 chances reais de gols. E sete contragolpes que terminaram em arremates contra nenhum do Vasco.

Foi um massacre.

O placar começou a ser movimentado, por ironia, em um passe errado, infantil de Sidão. Tentou servir Ricardo Graça, Rodrygo tocou na bola e Diego Pituca se aproveitou que o goleiro vascaíno estava adiantado e estufou as redes, aos 18 minutos.

Diego Pituca comemora o gol que deveria dividir com Sidão
Diego Pituca comemora o gol que deveria dividir com Sidão

O segundo gol não demorou. O Santos retomou a bola na intermediária. Jorge serviu Rodrygo, que invadiu a grande área como quis e fuzilou o desesperado Sidão. 2 a 0, aos 32 minutos. 

Todos que estavam acompanhando o jogo sabiam: a partida estava decidida. Os três pontos iriam para a Vila Belmiro, o Vasco era uma equipe já abatida, entregue.

Jorge Sampaoli tem a obrigação de fazer seus jogadores trabalharem mais finalização. O que os santistas perderam de gols, desperdiçaram chances foi surreal.

Sanches e Soteldo acertaram o travessão. E perderam mais um gol cada um. O venezuelano, no entanto, se aproveitou de ótima troca de passes entre Rodrygo e Jean Motta. E fez 3 a 0, aos 27 minutos do segundo tempo.

O Santos enfrenta o Atlético Mineiro em Belo Horizonte, na quarta-feira. E Sampaoli pediu para seus atletas diminuírem o ritmo. Pouparem energia para a Copa do Brasil. O Vasco já estava derrotado há muito tempo.

A equipe paulista segue ganhando entrosamento, força e confiança com Sampaoli., 

O Vasco vive seus vários caos.

Financeiro, administrativo, de comando no futebol.

E entrega agora sua sorte a Vanderlei Luxemburgo.

Merece a lanterna do Brasileiro...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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