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Cosme Rímoli - Blogs

Líder disparado. Futebol de encher os olhos. Santos 6 a 1 no Goiás

O time de Jorge Sampaoli dá uma outra lição para os clubes brasileiros. Respeito não é 'tirar o pé', mas golear, massacrar o adversário. Pobre Goías

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Santos deu mais uma aula de bom futebol. 6 a 1 foi muito pouco
Santos deu mais uma aula de bom futebol. 6 a 1 foi muito pouco

São Paulo, Brasil

Foi um massacre.

De nada adiantou Claudinei Oliveira conhecer cada tufo de gramado da Vila Belmiro.

Pior ainda tentar encarar o time que melhor está jogando futebol no país.


O Santos de Jorge Sampaoli mostrou com sobras porque é o líder isolado do Brasileiro.

O treinador argentino está tirando mais do que o limitado elenco santista jamais pensou que poderia dar.


A impiedosa goleada por 6 a 1 poderia ser muito maior.

Sampaoli conseguiu tocar em um ponto nevrálgico e tolo do futebol deste país. Quando os jogadores conseguem vantagem larga, 3 ou 4 a 0, há a acomodação, um pacto silencioso, como se fosse respeito parar de buscar gols.


Mas os berro do argentino nos treinamentos mudaram essa bobagem na Vila Belmiro. Para ele, a demonstração de respeito é seguir jogando sério e fazendo o máximo de gols possíveis.

Suspenso, pelos três amarelos, sua presença nos camarotes já bastou para que suas orientações fossem cumpridas como mandamentos.

Daí a chacoalhada humilhante no Goiás, no iníco deste domingo.

E a certeza de que o Santos seguirá líder isolado do Brasileiro, não importam os outros jogos da rodada.

Pressionou ainda mais o Palmeiras, vice-líder, a tentar se superar no Itaquerão, contra o Corinthians.

"É o que ele (Sampaoli) pede (intensidade).

"Assim que treinamos e assim que jogamos", explicava Marinho, atleta especialista em falar frases engraçadas para garantir seu espaço na tevê, hoje teve de ir pela seriedade.

Sánchez e Soteldo. Peças importantes dentro da engrenagem de Sampaoli
Sánchez e Soteldo. Peças importantes dentro da engrenagem de Sampaoli

Os jogadores estavam orgulhosos do que fizeram em campo.

O sufoco, o ritmo de jogo foi absurdo. Parecia que um time profissional enfrentava um juvenil, tamanha a diferença de dinâmica, de movimentação dos atletas.

O elenco goiano é de fraquíssima qualidade.

Começou bem, mas está despencando, desmoronando no Brasileiro. É uma das equipes que deverá brigar para escapar da zona de rebaixamento.

Marcando sob pressão e tocando bola com muita objetividade e velocidade, o Santos foi encurralando o Goiás, que ousou atuar com as linhas abertas, com jogadores sem concentração, velocidade e visão de jogo.

Ficou fácil para com seus meias e atacantes versáteis, trocando de posição a todo instante, atacando em bloco, explorando as triangulações pelas laterais, para o time santista desfrutar a goleada.

Bastaram 36 minutos para o Santos marcar três gols. 

Sánchez, Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique marcaram.

Foram 12 finalizações, com seis chances reais, três aproveitadas.

No segundo tempo, o Santos fez um favor ao futebol.

Não afroxou.

O time seguiu se aplicando, correndo, vibrando, como se estivesse 0 a 0. Sasha fez o seu e o impressionante baixinho Soteldo, fez dois.

Foram mais dez finalizações, com cinco chances reais, com mais três gols.

O tento de honra do Goiás veio por falta de concentração, no final da partida, com Kayke, aos 45 minutos do segundo tempo.

Triste apenas 13 mil pessoas na Vila Belmiro.

O estádio ultrapassado é algo sério na vida santista.

Mas isso o time de Sampaoli não pode corrigir.

22 arremates. 11 chances reais de gol. O massacre poderia ser muito maior
22 arremates. 11 chances reais de gol. O massacre poderia ser muito maior

O que pode fazer, dar aula de futebol, está fazendo.

Isso com o treinador irritadíssimo.

Ele não sabia do quanto o Santos está endividado.

E sem poder comprar os jogadores prioritários.

Apenas o que o seu pouco dinheiro pode.

O que torna o resultado mais impressionante...

(Após a derrota, o treinador do Goiás, Claudinei Oliveira foi demitido. Perdeu o emprego pela derrota e pela boca. Tentou menosprezar a goleada. Não aceitou que fosse vergonhosa.

"Há coisas piores na vida."

Foi demitido sumariamente...)

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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