Libertadores de 2025 é mais real do que nunca para o Corinthians. Venceu o Vasco por 3 a 1, se poupando. Rafael Paiva foi mandado embora
Bastaram 23 minutos para o Corinthians abrir 3 a 0 contra o fraco, apático, passivo Vasco. Isso sem Memphis, suspenso, e Yuri Alberto, contundido. O time de Ramón Díaz, que esteve 20 rodadas na zona de rebaixamento, tem grande chance de vaga na Libertadores
Cosme Rímoli|Do R7
De vinte rodadas na zona do rebaixamento a candidatíssimo à Libertadores.
O Corinthians segue sua incrível recuperação no Brasileiro.
O clube já é nono na tabela, com os mesmos 47 pontos do Cruzeiro, que é sétimo.
E do Bahia, o oitavo.
A diferença está no número de vitórias.
O time de Ramón Díaz conseguiu hoje o sexto triunfo seguido.
Acumulou, com o empate diante do Internacional, no dia 5 de outubro, 19 pontos, em 21 disputados.
A arrancada foi fulminante.
Seis vitórias seguidas só em 2017, quando foi campeão do país.
Em Itaquera, hoje, teve a partida mais fácil de todo o Brasileiro.
O Corinthians fez o que quis com o fraquíssimo Vasco da Gama.
Em 23 minutos, Gustavo Henrique e Garro, duas vezes, haviam marcado.
A equipe carioca sucumbiu à pressão corintiana de maneira assustadora.
Time desestruturado, amedrontado, sem confiança e sem técnica.
A demissão de Rafael Paiva após o jogo não pegou ninguém de surpresa.
Sob seu comando, o perigo do rebaixamento, que parecia não mais existir, voltou de forma assustadora.
Após abrir a larga vantagem, Ramón pediu para seus atletas deixassem de pressionar.
E diminuíssem o ritmo de jogo, já que os desejados três pontos estavam mais do que assegurados.
Por mais que ele tenha uma milionária rusga contra o Vasco, processo de R$ 30 milhões por demissão sem justa causa, o argentino pensava no futuro do Corinthians.
O time que acabou montando ‘aos soluços’, ou seja, com contratações vindo aos poucos, sonha alto.
Depois de três reformulações: uma com Mano Menezes, outra com António Oliveira e outra com Díaz, a chance de disputa de Libertadores em 2025 é mais do quer real.
Quem afirmava que o Corinthians era ‘carta fora do baralho’ deve estar passando vergonha.
Se o clube vencer o Criciúma, em Santa Catarina, Bahia, em Itaquera e Grêmio, em Porto Alegre, fica com uma das vagas do Brasil na maior competição sul-americana.
Daí, Ramón Díaz diminuir a carga diante do Vasco.
Não havia o menor motivo para desgastar ainda mais seu elenco e expor seus atletas a contusões.
Quem estava em Itaquera ou assistiu à partida percebeu que o jogo havia ‘acabado’ aos 23 minutos.
O que se viu foi praticamente um jogo-treino.
Com direito à mais uma atuação excelente de Garro.
O argentino articulou como quis os principais ataques corintianos.
Rafael Paiva deixou o jogador mais técnico corintiano sem marcação individual e flutuando à vontade por suas duas linhas de marcação.
Fora que Matheuzinho e Matheus Bidu também tinham liberdade absoluta para atacar pelos lados do campo.
Romero e Thales Magno, mesmo com o ritmo mais lento, perderam chances de concretizar uma goleada.
Sorte dos vascaínos que Memphis Depay, suspenso, e Yuri Alberto, contundido, não atuaram.
Se estivessem em campo, de nada adiantaria o pedido de Ramón.
E os gols não seriam tão desperdiçados.
Fagner e Félix Torres também não jogaram, com febre.
O Vasco marcou o seu gol, quando o Corinthians estava completamente desinteressado da partida.
Um chute forte de Puma Rodríguez, que entrou porque Hugo cometeu um erro técnico.
A bola estava indo em direção ao lado direito do seu corpo, mas ele quis espalmar com a mão esquerda.
3 a 1.
E alívio para o Vasco, o vexame não ficou tão grande.
Ao final do jogo, Ramón Díaz era pura alegria.
“Temos que felicitar o time, porque tudo o que trabalhamos no dia de hoje transmitiram dentro de campo. Os três (próximos jogos) são fundamentais para chegarmos ao objetivo que estamos buscando. O esforço é incrível, a mentalidade que estão tendo. Faltavam quatro jogadores importantes e puderam manter a estrutura que temos com personalidade, estamos contentes.
“Tenho que elogiar toda a parte defensiva, melhoraram de uma maneira incrível. Tratar de não cometer erros, estão respondendo bem, estamos dando confiança, como Raniele, que com o trabalho tático que necessitamos desta posição e está em um bom nível. Quase todo o grupo está jogando e tem uma competitividade entre eles. Conseguimos que o grupo esteja intenso, bem encaminhado, felizes com a parte defensiva que melhorou muito.”
O treinador tem mesmo motivos para ficar feliz.
Esta arrancada corintiana traz a certeza que ele tanto queria.
Seu contrato até o final de 2025 será cumprido.
A garantia é do próprio presidente Augusto Melo...
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