Leila Pereira mandou que o Palmeiras fizesse dois laudos. Eles comprovaram o que a Polícia descobriu. Vice-prefeito de Rio Preto teria chamado o segurança de ‘macaco’. Político foi indiciado por injúria racial

Foram cinco vezes de investigação.

Desde 23 de fevereiro, quando jogaram Mirassol e Palmeiras, pelo Campeonato Paulista, até hoje.

A Polícia Civil usou até Inteligência Artificial.

Mas não tem dúvidas que o vice-prefeito de São José do Rio Preto, Fábio Marcondes ofendeu o segurança do Palmeiras, após a partida.

De acordo com o inquérito, ele usou termos que configuram injúria racial contra Adilson Antônio de Oliveira.

“Lixo! Macaco velho!”

Foram os termos que a transcrição da gravação de uma equipe de tevê flagrou o político usando contra o segurança, de acordo com a Polícia Civil.

Até a Inteligência Artificial foi usada para que a investigação se transformasse em acusação formal contra o vice-prefeito.

A mando da presidente, Leila Pereira, o Palmeiras contratou duas empresas particulares para que fizessem seus laudos.

E ambas confirmaram as ofensas.

Ele teria usado a palavra ‘macaco’.

Leila faz questão de acompanhar de perto todo o processo.

A defesa do vice-prefeito não aceita a acusação.

Diz que o político é inocente.

E divulgou nota oficial, diante da acusação oficial.

Não aceita o uso de Inteligência Artificial para destacar as palavras usadas por seu cliente.

“A defesa de Fábio Ferreira Dias Marcondes manifesta-se com extrema preocupação diante do recente indiciamento promovido pela autoridade policial, que se ampara exclusivamente em relatório produzido por ferramentas de inteligência artificial externas (Gemini e Perplexity), não homologadas como meio pericial, elaborado no mesmo dia de sua própria requisição, assim como o relatório que levou ao indiciamento”, diz o principal trecho.

O vice prefeito chegou a se afastar do cargo, depois que a discussão com o segurança foi divulgada. Ele também era secretário de Obras do município.

Só que depois de 20 dias voltou para os dois cargos, que ocupa até hoje.

Dois laudos preliminares feitos pela perita Tatiana de Souza Machado, do Instituto de Criminalística de São Paulo, apontavam que o político teria usado os termos ‘paca véa ou veio’.

Eles não foram aceitos pelo delegado Renato Camacho, que continuou a investigação. Nela há a confirmação do uso da Inteligência Artificial. Para o delegado, não há dúvida.

A conclusão, para Camacho, é que foi usado termo racista.

Daí acusação de injúria racial ter sido formalizada hoje.

O departamento jurídico do Palmeiras, a mando de Leila Pereira, continuará acompanhando o caso ‘de perto’...