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Cosme Rímoli - Blogs

Leila Pereira é humana. E ela está com medo de perder Abel. Palavrões da torcida sabotam seu esforço para renovar o contrato. Técnico está desgastado

Leila aproveitou a apresentação do lateral Kellven, para pedir calma aos torcedores, depois da eliminação diante do Corinthians. E cuidado. Com Abel. Ela está insistindo pela renovação até 2027. E ele não assina

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Leila Pereira nunca esteve tão preocupada com a chance de Abel não renovar. Xingamentos no Allianz não foram só de torcedores organizados Cesar Greco/Palmeiras

Leila Pereira é uma executiva fria, calculista.

Levou essa postura de empresária capitalista ao futebol.

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Leila Pereira, a primeira mulher na elite do futebol brasileiro, busca renovar o contrato do técnico Abel Ferreira até 2027.
  • Após a eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil, ela pediu calma aos torcedores e defendeu a capacidade do treinador diante das críticas.
  • Abel enfrenta desgaste emocional por conta das cobranças da torcida e ainda sonha em treinar um grande clube europeu.
  • Leila expressa preocupação em perder Abel, destacando a importância de suas conquistas para sua presidência e futuro no clube.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Ela é bilionária, com patrimônio de mais de R$ 5 bilhões.

Sabe o que dá lucro e o que não dá.


Ambiciosa, tem a certeza que, como primeira mulher com poder efetivo na elite do futebol brasileiro, precisa de conquistas, para ser mais valorizada.

Enfrenta o preconceito do mundo do futebol absolutamente machista.


Sua grande arma para conquistas e, talvez até, um terceiro mandato como presidente, ficando nove anos no poder, tem nome e sobrenome. Só deixando a carreira de presidente do Palmeiras em 2030. Sonhando até em assumir a CBF.

Abel Ferreira.


Desde o início de 2025, ela tem como ideia fixa a renovação de contrato do português até, pelo menos, o final deste seu segundo mandato: 2027.

O treinador sonha em assumir um clube grande na Europa. Acreditava que o Mundial de Clubes seria o holofote perfeito. Não foi. A campanha do Palmeiras foi tímida, diante dos sonhos de chegar até a final. Caiu nas quartas.

De nada adiantaram suas entrevistas suaves nos Estados Unidos.

Nenhum grande clube europeu se interessou pelo técnico palmeirense.

Leila queria o título mundial, ficou triste com a eliminação.

Mas fria e calculista que é, percebeu que poderia tirar proveito da situação. E viu a chance aumentar de renovação.

Só que, humana, Leila está dominada por um sentimento que a incomoda.

O medo.

Receio que o treinador não renove.

Abel Ferreira ficou muito abalado com mais de 34 mil torcedores o xingando na derrota para o Corinthians, que eliminou o Palmeiras da Copa do Brasil, em pleno Allianz.

Os palavrões começaram, sim, nas organizadas, mas ganhou coro nos torcedores comuns.

E hoje, esperta que é, fez questão de estar presente na apresentação do lateral Kellven. E deu mais uma prova pública para Abel o quanto o apoia, mesmo com o Palmeiras caindo diante do maior rival, em pleno Allianz.

Bidu marcou o primeiro gol do Corinthians no Allianz Parque. Começavam os palavrões a Abel Ferreira Rodrigo Coca/Corinthians

Foi o medo do desestímulo do técnico em seguir depois de dezembro.

O recado não poderia ser mais direto.

Ela foi a melhor advogada possível do treinador.

“Tenham um pouco de paciência. Hoje vamos apresentar o nono reforço, estamos em processo de reformulação e às vezes precisamos de um certo tempo para as coisas andarem como desejamos.

“Paciência, o torcedor tem todo direito de criticar, claro que sim. Não posso admitir as pessoas duvidarem da capacidade do nosso treinador, da nossa comissão técnica, do nosso trabalho. Isto é inadmissível, ainda mais um profissional como nosso treinador, vencedor, profissional e competente.”

Leila conseguiu ser mais direta. Dizendo, em outras palavras, que é ela quem manda no Palmeiras. E, como o blog adiantou logo depois da derrota para o Corinthians, que ela segurará Abel agora. E, se possível, até 2027. Ou 2030, se conseguir o terceiro mandato, mudando o estatuto do clube.

“Quem está falando é Leila Pereira, presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras. Pela minha personalidade, faço o melhor para o Palmeiras e decido na Academia de Futebol, não ouvindo parte mínima de torcedores ou comentaristas. Decido racionalmente.”

A dirigente sabia o que iria falar, com antecipação.

Principalmente sobre as organizadas, que iniciam os palavrões a Abel Ferreira. E também contra ela.

“Sobre os gritos, foi uma manifestação de pequena parte da torcida, que vocês sabem não ter nenhuma proximidade com esta presidente. São torcedores que realmente eu deleto, exatamente tudo que falam a meu respeito e do Palmeiras.”

Leila fez, de novo, uma declaração pública de quanto quer que Abel siga no Palmeiras. Deve ter sido a vigésima, desde que o ano começou.

Protestos contra Leila e Abel Ferreira. No estádio palmeirense Conteúdo/Estadão

Abel deixou claro que está desgastado, cansado das críticas. As suas palmas irônicas aos torcedores que o xingavam foram tímidas respostas. Sabe que conquistou dez títulos desde outubro de 2020. É o melhor treinador da história do Palmeiras, sem dúvidas.

E Leila sabe quanto dinheiro significaram essas conquistas. E também quando prestígio pessoal para ela, como dirigente. Por isso insiste na permanência até dezembro de 2027.

“Só falta ele assinar”, repete aos jornalistas.

O português pode renovar, mas o desgaste nunca foi tão grande.

Por isso, o medo de Leila.

E a comprovação que ela é humana...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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