Justiça não encontra Robinho. E avisa que pode ser preso no Brasil, por condenação por estupro. Como o blog avisou, ele deixou Santos
Oficiais de Justiça perderam tempo indo ao Guarujá e a Santos atrás do jogador. Ele está em um sítio no interior de São Paulo. Justiça brasileira pode julgá-lo à revelia. Esconder-se só complica sua situação
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Robinho deixa Santos.
"Depois que a Justiça brasileira anunciou que pode prendê-lo por nove anos, pelo estupro coletivo na Itália."
Esta foi a manchete do blog, no dia 25 de fevereiro.
Foi o aviso público que não adiantaria ir para o litoral paulista atrás dele, como inúmeros jornalistas tentaram cercar sua cobertura no canal 6, em frente à praia de Aparecida, em Santos.
E também no condomínio Acapulco, no Guarujá, onde tem uma mansão.
A justiça brasileira precisa informá-lo oficialmente que começou o processo que pode fazer com que cumpra a pena de nove anos, pelo qual foi condenado na Itália, no Brasil.
Só que oficiais de Justiça perderam tempo indo no litoral paulista atrás dele.
Foram atrás do jogador e não conseguiram encontrá-lo.
O que poderia ser uma manobra de Robinho e seus advogados para ganhar tempo não tem consistência jurídica.
O blog consultou um advogado e, se o ex-atacante da seleção brasileira não for encontrado, o processo seguirá inteiramente "à revelia". Sem defesa do jogador.
Não em relação à condenação de nove anos, mas à discussão se a sentença pode ser cumprida no Brasil.
Robinho, como o blog informou, assim que a possibilidade de ser preso no Brasil se tornou real, foi para um sítio de amigos no interior de São Paulo.
Nas raríssimas aparições em público, sempre usa máscara. Óculos escuros e boné...
Ele sabe que continua sendo "caçado" por jornalistas e fotógrafos.
Familiares têm sido orientados por advogados de Robinho. A determinação é não falar uma palavra sobre o caso. E, principalmente, sobre o paradeiro do jogador.
Há, sim, o medo real da Justiça brasileira de que Robinho fuja do país.
Promotores do Ministério Público estão implorando à ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, para que seja exigido o passaporte do ex-jogador.
A princípio, ontem, Maria Thereza negou.
Só que, se Robinho continuar sem ser localizado, ele pode até ser declarado foragido.
E aí tudo muda de figura.
Pode, sim, chegar à exigência do passaporte e da procura de Robinho por agentes da Polícia Federal, caso seu caso seja julgado à revelia e a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo tenha de ser cumprida no Brasil.
Ele só não foi preso porque o país não extradita seus cidadãos. Mas 195 países, sim. Seu nome está na lista da Interpol. Se ele pisar em um desses países, será preso e enviado para a Itália.
Há enorme pressão pela prisão do jogador.
Não ser achado, estar em um sítio que ninguém sabe onde fica, não é uma vitória para Robinho. Pode só complicar ainda mais sua situação.
O prazo para a notificação oficial já está correndo.
Mesmo ele tendo fugido do litoral paulista...
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