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Jogadores, clubes, CBF, Conmebol e tevês não querem. E Brasileiro e Libertadores não vão parar pela tragédia do Rio Grande do Sul

Nenê, veterano capitão do Juventude, fez apelo à toa. Ele pediu, em vão, para os capitães dos clubes da Série A parar a disputa do Brasileiro. Só que os clubes, a tevês, a CBF e os próprios atletas não querem a paralisação. Conmebol também não aceita paralisação. Clubes gaúchos prometem voltar só quando a situação do estado estiver normalizado. Querem mais tempo

Cosme Rímoli|Cosme RímoliOpens in new window

Beira-Rio alagado. Clubes gaúchos já sabem. Não terão apoio para paralisar o Brasileiro. Não querem levar seus jogadores para treinar fora do Rio Grande do Sul

As enchentes que dominam o Rio Grande do Sul são terríveis.

Se transformaram na maior calamidade na história do estado.

Mas não têm força para paralisar o Campeonato Brasileiro.

Nem a Copa do Brasil.

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Muito menos a Libertadores ou a Copa Sul-Americana.

A pressão econômica para que as partidas sigam acontecendo parte de várias frentes.

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A começar pela CBF e pela Conmebol.

Os presidentes Ednaldo Rodrigues e Alejandro Domínguez estão unidos pela sequência dos jogos.

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Eles sabem muito bem o quanto são altas as multas contratuais se houvesse a paralisação dos campeonatos.

As emissoras de televisão, os canais de streaming não aceitam.

Reconhecem a tragédia, mas o argumento é que ela está localizada em apenas um estado brasileiro.

E atinge três clubes.

Na frieza dos números, há 20 equipes disputando o Brasileiro.

A Libertadores, contabilizando a primeira fase, antes da distribuição em grupos, somam 47 equipes.

De dez países.

A Sul-Americana conta com 56 equipes, com participantes também de dez países.

Pelas tevês abertas, a Globo tem o direito de mostrar o Brasileiro e a Libertadores.

E por compromisso com patrocinadores, com programação, não quer a paralisação.

Como também os nove outros grupos de comunicação que transmitem a Libertadores e Copa Sul-Americana para a América Latina e Estados Unidos.

A pressão econômica é imensa.

As direções dos clubes têm ajudado as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul.

Mas dão total apoio à CBF e à Conmebol para não parar os torneios.

Por conta dos compromissos financeiros.

Nenê, capitão do Juventude, tentou convencer os capitães dos outros clubes nacionais a forçar a paralisação do Brasileiro. Em vão...

Contam com o dinheiro da arrecadação, com o tempo de contrato dos atletas, com as folhas salariais.

Não aceitam nem pensar em ficar sem jogar, esperando a situação se normalizar no Sul do país.

Nenê, veterano capitão do Juventude, 42 anos, resolveu fazer um apelo público para que os atletas se unissem.

Principalmente os capitães das equipes brasileiras e combinassem parar pelo menos o Brasileiro.

Mas em vão.

Ninguém vai assumir publicamente que deseja a sequência do torneio.

Para não ter sua imagem abalada.

Por mais até que alguns concordem com o apelo de Nenê.

A CBF deu um prazo de 20 dias para os clubes gaúchos voltarem a jogar pelo Brasileiro.

No Rio Grande do Sul, dirigentes das três equipes que disputam o torneio nacional acreditam que o prazo é curto.

E haverá a necessidade de pelo menos mais 30 dias.

A Conmebol prevê os jogos dos gaúchos na Libertadores e na Copa Sul-Americana na data Fifa de junho.

Entre 1 e 12 do próximo mês.

Outra vez, Grêmio, Inter e Juventude acreditam que será quase impossível atuarem na data proposta.

A tragédia que assola o Rio Grande do Sul fez com que o trio estivesse unido como nunca.

E com o apoio do governo do estado.

Se a CBF, Conmebol, Globo e outros veículos donos do direito de transmissão e ainda os jogadores, não querem a paralisação dos torneios, não importa aos gaúchos.

Eles não querem treinar e jogar em outros estados.

Só aceitam atuar no Rio Grande do Sul.

Diante de seus torcedores, que estão sofrendo as consequências do maior desastre ambiental da história do estado.

Este é o impasse.

E o real motivo que Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana não vão parar...








Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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