Internet rejeita Robinho. Pela condenação por estupro
Redes sociais não perdoam o Santos por recontratar Robinho. A condenação a nove anos de prisão na Itália, por estupro a uma jovem albanesa, pesa
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Aqui sempre foi a minha casa. Meu objetivo é ajudar dentro e fora de campo, e fazer o Santos voltar ao lugar mais alto, que é de onde nunca deveria ter saído."
"Sensação maravilhosa de poder voltar ao clube que me projetou para o futebol. Foi aqui onde eu cresci."
"Sempre sonhei em ser jogador."
"Foi o Santos que tornou tudo isso possível."
O atacante estava não só feliz por voltar.
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Mas também por deixar claro.
Quer se aposentar no Santos.
A reação nas mídias sociais foi enorme.
Mas longe do que a diretoria do Santos esperava.
A contratação de Robinho não foi celebrada, como sonhava o presidente em exercício, Orlando Rollo.
Pelo contrário.
As críticas prevaleceram.
Do Brasil inteiro.
E cobrando o clube por haver contratado um condenado por estupro.
A nona seção do Tribunal de Milão, presidida por Mariolina Panasiti, condenou Robinho, em 2017, a nove anos de prisão.
De acordo com a justiça italiana, ele e cinco homens, entre eles, um amigo brasileiro, teriam abusado de uma jovem albanesa alcoolizada de 18 anos, no guarda volumes da boate Sio Café.
“Segundo uma juíza do tribunal, Robinho e um dos seus amigos envolvidos no caso, Ricardo Falco, mostraram um ‘desprezo absoluto’ pela jovem de 18 anos, ‘exposta a humilhações repetidas, bem como a atos de violência sexual pesados’, descrito em suas ‘conversas interceptadas'”, publicou a agência de notícias italiana Ansa.
Quando saiu a sentença, ele atuava no Atlético Mineiro.
E houve fortes protestos de feministas mineiras contra o atacante.
Acabou indo jogar na Turquia.
Jogou pelo Sivasspor e depois no Istanbul Basaksehir.
Ele não fez parte da delegação, quando esses clubes tiveram de jogar na Itália.
Poderia ser preso.
O Brasil tem acordo de extradição com a Itália, mas a lei brasileira não permite que um cidadão nascido aqui seja enviado para outro país para cumprir pena. Isso, porém, não livra Robinho.
Porém, o artigo 7 do Código Penal Brasileiro prevê que brasileiros que cometeram crimes no exterior cumpram a pena no país.
Para isso, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) teria de homologar a pena do jogador de futebol.
Mas ainda cabe recurso à condenação.
Será a quarta vez que o atacante atuará pelo Santos.
A diretoria estava pensando em organizar uma coletiva virtual sobre seu retorno.
Mas diante da força da péssima repercussão, a entrevista pode não acontecer.
Ou se houver, uma opção é que o assunto condenação por estupro não poderá ser citado.
Para trazer um ar mais irônico à situação, o presidente em exercício do Santos, Orlando Rollo, é policial civil.
O contrato, primeiro por cinco meses, com prorrogação até o final de 2022, foi assinado.
Não há mais volta.
Só rescisão...
De volta ao Santos, Robinho é mais um craque acusado de estupro. Veja:
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