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Cosme Rímoli - Blogs

Ida ao City, de Guardiola, espaço na Seleção, credibilidade. O que Paquetá perdeu até a declaração de sua inocência, hoje, de manipulação de apostas

Desde agosto de 2023, Lucas Paquetá era investigado pela Federação de Futebol da Inglaterra. Por quatro cartões amarelos que teria forçado. E que poderiam beneficiar apostadores. Ele foi inocentado por falta de provas

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Lucas Paquetá teve a sua imagem desgastada, abalada, desde agosto de 2023. Perdeu várias oportunidades Lucas Figueiredo/CBF

“Os inimigos virão contra nós por um caminho, mas por sete caminhos fugirão. Desde o primeiro dia desta investigação, mantive minha inocência contra essas acusações gravíssimas.

“Não posso dizer mais nada agora, mas também não consigo expressar o quanto sou grato a Deus e o quanto estou ansioso para voltar a jogar futebol com um sorriso no rosto.”

Foi dessa maneira que Lucas Paquetá se manifestou hoje, nas suas redes sociais, depois de ter sido inocentado da acusação de manipulação de apostas.

Ele poderia até ser banido do futebol, caso ficasse provado que ele recebeu quatro cartões amarelos de propósito, para beneficiar apostadores, em 2023.


Os lances aconteceram nestes jogos:

West Ham 0 x 2 Leicester (12 de novembro de 2022)


Pontapé por trás em Soumaré e, em seguida, chute em Praet, no mesmo lance. Eram 15 minutos do segundo tempo.

West Ham 1 x 1 Aston Villa (12 de março de 2023)


John McGinn foi a ‘vítima’. Entrada violenta, desnecessária, no meio de campo. Eram 25 minutos do segundo tempo.

West Ham 3 x 1 Leeds (21 de maio de 2023)

Summerville recebeu pontapé por trás, aos 20 minutos da segunda etapa.

Bournemouth 1 x 1 West Ham (12 de agosto de 2023)

Nos acréscimos de jogo, Paquetá dá uma cotovelada no rosto de Zabarny, no meio de campo.

De acordo com a Federação Inglesa, parentes do jogador teriam feito apostas nos cartões amarelos.

Todo o processo de acusação, defesa e julgamento começou em maio de 2024 e acabou, oficialmente, hoje.

Com a inocência do jogador, por falta de provas. A Federação Inglesa não conseguiu nada que comprovasse que foi propositalmente que o brasileiro tomou os quatro cartões.

O que Paquetá perdeu nesse tempo?

Primeiro, a chance de se transferir para o Manchester City. Guardiola havia pedido a contratação do meio-campista, de quem já disse ser fã, pela versatilidade.

O próprio treinador ligou para o jogador. Primeiro o convencendo a atuar no City. Depois avisando que, pelo processo movido pela Federação Inglesa, a direção do clube não mais o contrataria.

O City pagaria 70 milhões de libras, R$ 779 milhões, pelo jogador, em 2024.

Depois, a Seleção Brasileira.

Ficou nove meses sem ser convocado, entre 2024 e 2025. Quando foi estava contundido. Mas perdeu espaço, já que era titular quando o caso se tornou público.

A Federação Inglesa terá de restituir R$ 90 milhões, que foi o custo do processo e quando o atleta pagou aos seus advogados.

“Foi alegado que Lucas Paquetá tentou influenciar diretamente o andamento, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência dessas partidas, ao tentar intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito impróprio de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrassem com as apostas.

Lucas Paquetá negou as acusações contra ele, e a Comissão Reguladora considerou que elas não foram comprovadas após uma audiência.”

Esta foi a sentença que o inocentou.

Não está afastada a hipótese de o jogador processar a Federação Inglesa pelo prejuízo à sua carreira, à sua imagem.

“Não posso dizer mais nada agora, mas também não consigo expressar o quanto sou grato a Deus e o quanto estou ansioso para voltar a jogar futebol com um sorriso no rosto.

“À minha esposa que não soltou a minha mão, ao West Ham, aos torcedores que sempre me apoiaram, ao Fernando Malta e à minha equipe jurídica da Level (Alastair Campbell, Jonathan Hyman, Dan Lowen), Nick de Marco KC, e Kendrah Potts - obrigado por tudo.

“Toda glória e toda honra seja dada a Deus!”, escreveu Paquetá...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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