Guerra de inteligência artificial para banir Textor. CBF usa empresa que fiscaliza a Fifa e a NBA garante: não houve manipulação
O presidente Ednaldo Rodrigues fez questão de travar 'de vez' a denúncia de Textor sobre manipulação de jogos. Se o americano contratou uma empresa de IA, a CBF já tem a empresa da Fifa e NBA, que nega manipulação
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Guerra tecnológica para banir John Textor do futebol brasileiro.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues resolveu agir.
Quando soube que o bilionário dono do Botafogo usa uma empresa especializada em inteligência artificial, como base de suas acusações de manipulações que jogadores do Fortaleza e do São Paulo teriam feito a favor do Palmeiras, preparou o melhor contragolpe.
Inteligência artificial contra inteligência artificial.
Foi oferecido às direções do Palmeiras, do São Paulo e do Fortaleza os relatórios da empresa Sportradar.
Desde que os sites de apostas se espalharam pelo mundo e chegaram, com toda força, ao Brasil, a CBF tratou de se proteger.
E contratou a empresa que acompanha a honestidade das corridas de carros, dos jogos de futebol na Europa, na América do Sul, partidas de tênis.
Desde 2018, a Sportradar acompanha os jogos do Campeonato Brasileiro. Em todas as divisões nas quais as pessoas possam apostar.
A empresa tem sua sede na Suíça.
John Textor afirma que usou a empresa Good Games!, com sede na França, e ela apontou que cinco jogadores do São Paulo tiveram atitudes suspeitas na goleada do Palmeiras, por 5 a 0, no Brasileiro de 2023 e o quatro atletas do Fortaleza fizeram o mesmo, na derrota por 4 a 0, no Brasileiro de 2022.
A CBF tem os relatórios da Sportradar garantindo que não houve nada de errado naqueles jogos.
A base de análise é um software de Inteligência Artificial, que acompanha os movimentos de todos os jogadores em uma partida de futebol. Assim com a empresa que Textor diz ter contratado.
Só que aí entra, para a cúpula da CBF, uma questão de credibilidade.
A Sportradar tem escritórios espalhados pelo mundo: Nova York, Las Vegas, Londres, Trondheim (Noruega), Munique, Ljubljana (Eslovênia), Sydney (Austrália), Montevidéu, and Singapura.
Ela presta serviço para a Fifa, Uefa, UEFA, NBA, Liga Saudita de Futebol, Conmebol, FIA e ATP Tour.
Ou seja, a Sportradar tem condições tecnológicas para não concordar com as análises apresentadas, segundo Textor, pela Good Games.
Os dirigentes palmeirenses, são paulinos e do Fortaleza, que pretendem processar Textor, já têm acesso aos relatórios da empresa de tecnologia suíça.
Enquanto isso, a Associação Nacional dos Árbitros promete também processar o bilionário norte-americano. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, já entrou com queixa-crime contra Textor.
O presidente do São Paulo, Julio Casares, exige retratação imediata ou também buscará reparação na justiça. As direções de Palmeiras e Fortaleza também estudam o que fazer.
Textor será denunciado pelo TJD.
A pressão é pelo banimento, por acusar, sem provas, dois Campeonatos Brasileiros de manipulação.
Ednaldo Rodrigues está orgulhoso.
Porque conseguiu desarmar as 'provas' de Textor.
Análises de desempenho de uma empresa que não tem penetração no mercado esportivo, em relação à Sportradar.
A situação de John Textor piora a cada dia...
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