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Cosme Rímoli - Blogs

Goleada impressionante do PSG serve como modelo para o Real Madrid. Xabi Alonso tem ‘carta branca’ para repetir Luis Enrique. Se livrar de estrelas e apostar em um time solidário. Nem Vini Júnior está seguro

Do outro lado da festa, do espetacular futebol do finalista PSG, na goleada por 4 a 0, há assustado Real Madrid. A primeira derrota sob o comando de Xabi Alonso tem força para provocar mudanças profundas

Cosme Rímoli|Do R7

Na vexatória goleada do PSG sobre o Real Madrid, na semifinal do Mundial, a imprensa espanhola denuncia. Mbappé e Vinicius Júnior, juntos, não rendem. Xabi Alonso vai agir Divulgação/Site Real Madrid

‘Choque de realidade.’

Essa é a manchete do site do jornal esportivo Marca, depois da goleada que o Real Madrid sofreu do PSG.

4 a 0 para o time de Luis Enrique em plena semifinal.

Valendo a vaga para a decisão do Mundial de Clubes contra o Chelsea, domingo.


O PSG deu 675 passes e 16 finalizações.

Chegou a ter 77% de posse de bola.


Enquanto Luis Enrique tem todo o domínio do elenco, que ele reformulou, Xabi Alonso ficou refém das estrelas que herdou de Carlo Ancelotti. O Mundial foi seu primeiro torneio como treinador do clube no qual fez história.

“Vou embora com certezas. Esse campeonato me disse muitas coisas que somos e o que temos de melhorar.


“Esta foi a última partida da temporada 2024/2025. Em agosto, quando começar a temporada 2025/2026 começaremos diferente.

“As vezes é bom ver os erros para que sirvam para o futuro.

“Se seguirmos repetindo os erros não seremos inteligentes.”

Xabi Alonso segue com a personalidade forte dos tempos que era um dos cérebros do Real Madrid.

E ele estava absolutamente incomodado na sua coletiva, após o vexatório 4 a 0 para o PSG.

Xabi Alonso viu seu time sofrer um massacre nos primeiros minutos.

Sua falha falhou de forma inaceitável.

Primeiro Asencio, sem nível técnico para ser titular.

Ele quis sair jogando e acabou entregando a bola para Dembelé, Courtois saiu desesperado, na disputa sobrou para Fabián Ruiz empurrar para as redes.

O gol aos cinco minutos aturdiu o escancarado Real Madrid. E bastaram mais três minutos e Rudiger simplesmente ‘furou’, errou a bola. Dembelé, melhor jogador do mundo, ficou com ela e marcou 2 a 0.

O cheiro de goleada do melhor time do mundo era forte. E se concretizou com um lance que foi o retrato da partida.

O desconjuntado Real Madrid tentou marcar alto a saída de bola do PSG. Com toda a tranquilidade, o time francês contragolpeou e explorou o caos defensivo alheio.

Dembelé cruzou e descobriu Fábian Ruíz pronto para estufar as redes de Courtois. Não houve milagre do goleiro: 3 a 0, PSG.

E com apenas 24 minutos de jogo.

Nem parecia que o time espanhol estava sob o mesmo sol da equipe francesa. E desfaleciam sob a temperatura de 33 graus, em Nova Jersey.

O time de Luis Enrique estava compacto, vibrante, intenso. Enquanto o Xabi Alonso não sabia para onde correr.

Além Asencio e Rudiger, a dupla Vinicius Júnior e Mbappé encarnavam a decepção. Os dois ocupavam o mesmo espaço e esperavam, em vão, a bola nos pés. A marcação francesa era implacável.

Hakimi não jogava, se vingava. O marroquino fez sua melhor partida em anos contra o clube que o formou e não aproveitou. E aproveitava que Mbappé e Vinicius Júnior não marcavam ninguém.

Até mesmo o empolgado Gonzalo García acabou perdido, sem receber a bola, sem sequer acompanhar os zagueiros do PSG.

O ataque do Real Madrid foi um peso, atrapalhou todo o time.

Permitindo os zagueiros rivais saírem com a bola dominada, sem força para marcá-los.

Dembelé, melhor jogador do mundo, comemora seu gol. O PSG é, disparado, a melhor equipe do planeta Divulgação/PSG

No segundo tempo, Luis Enrique se lembrou que tinha uma final para disputar, fez inúmeras trocas. E mandou seu time diminuir o ritmo.

Chega de sua equipe ficar com 77% do tempo com a posse de bola.

E ainda fez várias trocas.

Mas ainda havia tempo para o placar clássico de 4 a 0.

Aos 41 minutos, Hakimi descobriu Barcola, que serviu Gustavo Ramos. Sem piedade de Courtois, quarto gol do Real Madrid.

O time campeão da Champions tem tudo para ficar com o título do Mundial: entrosado, intenso, recheado de talentos que jogam para a equipe, não para mostrar ao mundo o quanto são especiais.

É franco (nos dois sentidos) favorito.

O Chelsea tem menos recursos técnicos, táticos e físicos.

Xabi Alonso vai fazer uma reformulação no elenco do Real Madrid.

Não terá mais Modric, que não merecia despedida tão terrível quanto a de hoje. Nem Lucas Fernandez, que não renovou contrato.

Rodrygo não faz parte dos seus planos.

Está propenso a mandar emprestar Endrick.

Vai pensar muito bem o que fazer com Vinicius Júnior e Mbappé.

Trent Alexander-Arnold, do Liverpool é o zagueiro/lateral direito que espera contar.

O presidente Florentino Pérez já tem a lista de mais três reforços.

Em Madrid, os boatos davam conta até de uma improvável volta de Toni Kroos.

Ele mesmo negou.

Mas Xabi Alonso, que foi um grande líder, quer um jogador de personalidade no time.

Ainda mais com a saída de Modric para o Milan.

Foi constrangedora a última partida de Modric com a camisa do Real Madrid. Com o time goleado Divulgação/Site Real Madrid

De uma coisa o treinador tem certeza.

Não quer mais estrelas perdidas, sem participação tática e física nos jogos.

Ninguém está seguro.

Nem Vinicius Júnior.

Os clubes árabes seguem com fixação no brasileiro, que vive péssima fase.

A goleada para o PSG foi uma dura lição.

Enquanto isso, o time francês segue muito firme.

Não só para ganhar só esse Mundial.

Tem enorme chance de ganhar o Mundial de dezembro, já que ganhou a Champions e está classificado.

Se existe uma equipe que merece ser campeã do mundo duas vezes em 2025 ela se chama Paris Saint-Germain.

E pertence à trilionária família real do Catar...

Veja também: Luis Enrique: ‘Torço para o Barcelona, enfrentar o Real Madrid me motiva’

Luis Enrique explicou por que a semifinal da Copa do Mundo de Clubes da FIFA do PSG contra o Real Madrid é um jogo particularmente especial para ele.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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