Globo se nega a chamar milionário Red Bull pelo nome. Só se pagar
Equipe bancada por empresa austríaca não tem nome correto divulgado. É Bragantino. Como acontece na Fórmula 1, quando vira RBR. Constrangedor
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Desde o dia 6 de março de 2005, no Grande Prêmio da Austrália, a TV Globo vem passando por um vexame mundial.
Executivos da emissora carioca resolveram que a escuderia comprada pelo bilionário Dietrich Mateschitz não seria chamada pelo nome.
Nada de Red Bull.
Seria RBR.
Leia também
Só o canal brasileiro comete essa atrocidade no mundo.
A desculpa é que a emissora carioca não divulgará a marca de energético sem ganhar dinheiro algum.
Mesmo se for o nome da escuderia.
O mesmo acontece há décadas no vôlei.
Não adianta os dirigentes de clubes e da Federação Brasileira de Vôlei implorarem.
Nada de Fiat, Sada/Cruzeiro, Dentil/Praia Grande, Itambé Minas.
A opção é falar o nome da cidade na qual a equipe está situada.
Andrés Sanchez implorou por anos para que a emissora garantisse que divulgaria o nome oficial do seu estádio, caso conseguisse vender os naming rights.
Nunca teve essa garantia.
O máximo que a Globo concedeu foi não chamar o estádio de Itaquerão, como está popularmente conhecido.
É um artificial 'arena Corinthians'.
O mesmo vale para o Allianz Parque, estádio palmeirense.
É Arena Palmeiras.
O mesmo critério será seguido com o clube que promete ser a sensação do Paulista, do Brasileiro da Série A e da Copa do Brasil.
O Red Bull.
A equipe, que está sendo bancada pela sede austríaca da empresa, se juntou ao Bragantino em 2019.
E foi campeã da Série B.
Está sendo muito reforçada para 2020.
Já gastou mais de R$ 57 milhões.
Pagou R$ 25 milhões por Artur ao Palmeiras.
R$ 14 milhões por Alerrandro, do Atlético Mineiro.
R$ 4 milhões por Léo Realpe, do Independente Del Valle.
R$ 14 milhões por Thonny Anderson, do Grêmio.
Está com elenco fortíssimo.
O clube fará pré-temporada na Argentina.
E de nada adiantou.
Em todas as plataformas da Globo, a ordem é usar Bragantino.
Fazer de conta que o time não foi comprado pela Red Bull.
A diretoria do clube já tentou, mas não comoveu a emissora carioca.
O critério será o mesmo da Fórmula 1, vôlei.
Desprezar o nome correto.
Enquanto não receber dinheiro por isso...
Corpo de jogador é achado sendo devorado por tubarões na Austrália
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.