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Giovanni Augusto. O erro de R$ 34,2 milhões

Indicação de Tite está encostada. Esperando clubes interessados

Cosme Rímoli|Cosme Rímoli

Fim do Campeonato Brasileiro de 2015.

Corinthians hexacampeão.

Na partida final, goleada por 6 a 1.

Tite consagrado como o melhor treinador do país.

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Jadson acerta com o Tianjin Quanjian. 

Tite sabia que o meia iria para a China. Mas não estava preocupado. Ele havia indicado e sabia que a diretoria estava fechando uma contratação que, na sua visão, deixaria o time ainda melhor.

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Tanto que encorajou Roberto de Andrade a investir 4,5 milhões de euros, R$ 17,6 milhões, nesse jogador. Um meia versátil, forte, moderno, com excelente visão de jogo, artilheiro. Estava vindo com o status de titular absoluto da posição. Com toda a possibilidade de uma arrancada importantíssima para a carreira.

Tite via qualidades de jogador de Seleção Brasileira.

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Foi assim que Giovanni Augusto desembarcou no Corinthians, em janeiro de 2016. Com contrato assinado até dezembro de 2019. Salários? R$ 320 mil a cada 30 dias. 25 anos. O Atlético Mineiro o havia emprestado para Náutico, Grêmio Barueri, Goiás, Criciúma, ABC e Figueirense. Seis equipes diferentes para ganhar experiência, vivência.

Na Cidade do Galo, no entanto, muitos sabiam que o problema de Giovanni Augusto sempre foi outro. A falta de competitividade. Algo que parecia superado. Principalmente jogando pelo Figueirense. Ele foi o autor do primeiro gol da história do Itaquerão. O Corinthians começou sua vida oficial no estádio perdendo por 1 a 0, em março de 2014.

"Chego para atuar na vaga do Jadson. Conversei muito com o Tite e estou certo de que poderei ajudar o Corinthians", dizia, animado, o meia, ao desembarcar no Parque São Jorge.

Só que Tite logo percebeu que se iludiu. Errou. Giovanni Augusto não conseguia desempenhar com talento a articulação das jogadas pelo meio. E nem conseguir recompor para fechar o meio de campo. Era uma peça solta no esquema 4-1-4-1 que o consagrou no Corinthians. Por mais que passasse mostrando ao jogador o que ele deveria fazer, não havia retorno.

Tite foi percebendo também uma lentidão irritante na definição das jogadas. Faltava o toque curto, rápido. Capaz de desorientar o sistema de marcação adversária. De nada adiantava seus músculos, a força física, se raramente aparecia como surpresa na área. E também não cabeceava bem. 

Mas o que assustava era a reação do jogador às cobranças. Quanto mais questionado, pior jogava. E acabou sendo uma vítima fácil das críticas de jornalistas e de torcedores. O abatimento era nítido.

Tite foi para a Seleção. Chegaram Cristóvão e Oswaldo de Oliveira. Ambos tinham a certeza que teriam em Giovanni Augusto um dos pilares de suas equipes. Apostaram na recuperação do meia. E perderam não só a aposta como seus empregos. 

Fabio Carille foi efetivado. E, como auxiliar de Tite, ele já vinha conversando há quase um ano com o jogador. Insistia que a solução estava na autoconfiança. Haveria lugar no time se mostrasse a firmeza dos tempos do Figueirense. Mas não houve jeito. 

Tanto que um dos únicos pedidos de Carille no Corinthians foi o retorno de Jadson, no início de 2017. E o experiente voltou. Assumiu seu lugar tranquilamente. E Giovanni Augusto passou o ano todo cansando de bater palmas no banco de reservas, comemorando os títulos paulista e brasileiro.

Só que Roberto de Andrade cansou. 

Perguntou a Carille se o caro meia era dispensável.

Ouviu a resposta afirmativa.

E, desde então, Giovanni Augusto está fora dos planos.

Não está entre os 25 atletas inscritos no Campeonato Paulista.

Está em disponibilidade.

Para empréstimo, venda, moeda de troca.

Seja o que for.

O Corinthians quer se livrar do jogador.

Geovanni Augusto está magoado. 

Mas sabe que não conseguiu ser sombra do jogador que Tite sonhava.

Não tem desculpas.

Sabe que não faltaram oportunidades.

Treina e espera a chegada de interessados.

E recebendo seus R$ 320 mil, a cada 30 dias.

Se ficar até o final do seu contrato, serão 52 salários.

48 meses e quatro décimos terceiros.

Nada menos do que R$ 16,6 milhões.

Somados aos R$ 17,6 milhões que o Atlético Mineiro recebeu.

A quantia é de R$ 34,2 milhões.

Fora premiações das conquistas do time.

Giovanni Augusto foi um caríssimo erro corintiano...

Giovanni Augusto está magoado. Mas sabe que teve todas as chances possíveis
Giovanni Augusto está magoado. Mas sabe que teve todas as chances possíveis Giovanni Augusto está magoado. Mas sabe que teve todas as chances possíveis

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