'Geração 70 anos.' Luxa em campanha, quer ser senador. Felipão pode virar dirigente do Athletico. Abel cansou do futebol brasileiro
Dois ex-técnicos da seleção. Um campeão mundial de clubes. Três profissionais que marcaram uma geração estão longe do banco de reservas. O caminho mais diferente é de Luxemburgo. Em campanha para virar político. Por Tocantins
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
A quatro meses de completar 70 anos, Abel Braga decidiu.
Não trabalha mais como técnico no Brasil.
A sete meses de completar 74 anos, Luiz Felipe Scolari decidiu.
Não trabalha mais como treinador no país.
No máximo, como coordenador, função que discute no Athletico Paranaense.
A 11 dias de completar 70 anos, Vanderlei Luxemburgo decidiu.
Sem convites de grandes clubes, investiu na política.
E se lançará como político pelo estado de Tocantins.
Já se filiou ao Partido Socialista Brasileiro há um mês.
A princípio, ele deseja concorrer ao senado.
Mas, dependendo das pesquisas, da concorrência, pode se lançar como candidato a deputado federal, com muito mais chance de se eleger.

E ele já escolheu a maneira como irá se comportar como político.
Nem irá 'pela esquerda', defendendo mudanças radicais para o Brasil.
Muito menos 'pela direita', defendendo que 'nada mude'.
"Não existe seguir com a esquerda ou com a direita. Nossa ideia é caminharmos numa neutralidade", repete o treinador.
Ele não concorda com a polarização. Ou seja, a disputa de um lado ou outro no atual momento do país.
"Bolsonaro ou Lula. Fulano ou Beltrano. Estão esquecendo que o Brasil precisa, neste momento, deixar de ser raivoso. E caminhar para uma situação que possa melhorar o país. (...) A política não é raivosa. São rivais momentâneos. E não inimigos eternos", discursou ao portal Conexão Tocantins.
Luxemburgo insiste que não quer fazer promessas para se eleger.
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E que o momento é ouvir a população de Tocantins.
Não há alvos determinados nos quais ele escolheu para melhorar no estado.
Sua linha é genérica.
"Lido com gestão humana a minha vida toda. Lidei com a gestão de um clube como o Flamengo, de trinta a quarenta milhões de pessoas, que são torcedores, adeptos, apaixonados. É como se fosse o Tocantins, apaixonado pelo Tocantins. Então, temos de saber o anseio dessa população, o anseio desse 'torcedor' e tornar realidade."
A ligação do carioca Vanderlei Luxemburgo da Silva com Tocantins remonta a 2005, ano que foi contratado pelo Real Madrid. Ele quis investir em biocombustíveis, usando mamona como matéria prima.
Desde então, ele passou a investir no estado. Comprar imóveis.
Políticos locais já o queriam como candidato. Ele esteve perto de se lançar na briga pelo senado, pelo Partido dos Trabalhadores, em 2009. Desistiu.
Há quatro anos, também foi sondado para concorrer. Ou pelo senado ou por uma vaga como deputado federal. Desistiu em 2018.
Desta vez, a imprensa de Palmas garante que ele levará a ideia até o final.
Até porque, há três anos, ele se tornou proprietário de um canal de TV em Tocantins. A TV Jovem Palmas, retransmissora do grupo Record.
Luxemburgo tem dois quadros no programa Cidade Alerta local.
O 'Rota Tocantins', que explora pontos turísticos do estado. E o 'Peladão do Luxa', onde busca destaques do esporte.
Os programas buscam conectar Luxemburgo com a população do estado que foi criado em 1988, separado de Goiás. E conectado com a região Norte.
O ex-treinador da seleção brasileira está sem clube desde 28 de dezembro de 2021, quando Ronaldo, novo dono do Cruzeiro, decidiu seguir com outro técnico: o uruguaio Paulo Pezzolano.
Luxemburgo segue viajando pelos municípios de Tocantins, por conta da televisão.
Mas ainda não cravou se disputará o Senado ou a Câmara Federal.
“Ele entra aqui (no PSB) para disputar o que ele quiser, governador, senador, deputado federal… Tem nosso apoio para qualquer que seja o projeto."
"Ele escolhe o que quer ser e vai ter nosso apoio e do Tocantins", garantiu o presidente do partido, Carlos Amastha.
A senadora Katia Abreu, que é filiada ao Progressistas, quer a reeleição.
E o PSB articulava apoiá-la.
Por isso, Luxemburgo analisa a sério a possibilidade de se lançar como candidato a deputado federal.
E não a senador.
A definição precisa acontecer até agosto.

Em relação a trabalhar como técnico de futebol, depois da desilusão que passou com o Cruzeiro, clube que já havia até encaminhado a renovação de contrato para trabalhar em 2022, quando Ronaldo decidiu optar por Pezzolano, Luxemburgo deixou em segundo plano.
Até pelo menos agosto.
Quando definirá se disputará a eleição ou não.
Por enquanto, segue com seus quadros na tevê.
Ficando mais próximo da população do Tocantins.
Seguindo a cartilha de um candidato.
Seu canal de futebol no youtube, com 116 mil inscritos, foi deixado de lado há quatro meses. Exatamente ao saber que não seguiria no Cruzeiro em 2022.
Vanderlei fixou domicílio eleitoral em Palmas.
Felipão, Luxemburgo e Abel Braga.
Técnicos que marcaram época.
Dois comandantes da seleção brasileira.
Um campeão mundial.
Não comandam mais clubes de futebol no país.
2022 os premia com, no mínimo, 70 anos.
Desempenharam seus papéis.
E agora, seguem suas vidas, longe do banco de reservas.
O tempo passou...
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