São Paulo, Brasil
Acabou a aura de "Mittos".
Os inúmeros boatos de final de ano se confirmaram.
O primeiro ato do novo presidente do Atlético Mineiro, Sérgio Coelho, foi demitir o executivo Alexandre Mattos. Mesmo com o dirigente tendo ainda um ano de contrato.
Coelho fez questão de pagar os seis meses de salário de multa.
Mas não quis ficar um dia com Mattos comandando o futebol.
A gastança de mais de R$ 140 milhões em reforços, e o atraso no pagamento dos jogadores, foi uma equação que o novo presidente não aceitou.
Ao mesmo tempo, quis se livrar da influência de Sérgio Sette Câmara no clube, já que Mattos era homem de absoluta confiança do ex-presidente.
A maioria dos recursos para a compra desenfreada de jogadores veio do bolso dos conselheiros Rubens e Rafael Menin (donos da construtora MRV), Renato Salvador (Materdei) e Ricardo Guimarães (Banco BMG).
Coelho quis acabar com a figura do superexecutivo.
Ele negocia e tenta acertar a vinda de Rodrigo Caetano, ex-Internacional.
Seja quem for o novo executivo de futebol, ele terá de dar satisfações e responder diretamente ao empresário Renato Salvador.
Mattos sabia que a nova administração atleticana não o queria, de jeito algum.
Jornalistas mineiros garantiam que sua desavença com Jorge Sampaoli pesava.
O executivo fez questão de posar ao lado de Sampaoli. Visitou o treinador argentino e ainda deu um exemplar do livro que escreveu, Tudo Começa Com Um Sonho, autobiográfico, explicando o 'sucesso' de seu trabalho.
Mas em vez de sonho, a manhã para Alexandre Mattos começou com um pesadelo.
Depois de ter sido mandado embora do Palmeiras, em um trabalho também de gastança desenfreada e fracasso no objetivo, conquista da Libertadores, ele agora também é despachado, sem piedade, do Atlético Mineiro.
Dez meses de compras desenfreadas foram suficientes.
Acabou a era "Mittos"...
Máquina de polêmicas! Confira confusões de Neymar na carreira