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Cosme Rímoli - Blogs

Gás lacrimogêneo, bombas.E juiz obrigou Atlético e América a jogar

Cinco paralisações por conta do gás lacrimogêneo que cegava os jogadores. Policiais e manifestantes se enfrentavam enquanto América e Atlético jogaram pela Libertadores, na Colômbia

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Hulk não consegue enxergar, por conta do gás lacrimogêneo
Hulk não consegue enxergar, por conta do gás lacrimogêneo

São Paulo, Brasil

Chegou a ser desumano.

O árbitro uruguaio Andrés Cunha estava claramente orientado pela Conmebol.

Ele mandou seguir a partida entre América de Cali e Atlético Mineiro, em Barranquilla, mesmo depois de cinco paralisações. Por conta de gás lacrimogêneo, que chegava do lado de fora do estádio, pelos confrontos em policiais e manifestantes, que não queriam permitir a realização da partida.


Os sons de bombas, fumaça e gás lacrimogêneo dominavam o estádio Romélio Martínez.

Situação bizarra, incompatível para uma partida da Libertadores.


Os protestos contra a reforma tributária, na Colômbia em grave crise financeira, graças à Covid-19, já causaram 42 mortos. E os manifestos até aumentaram diante da forte repressão da polícia.

A partida já havia sido transferida de Bucaramanga para Barranquilla, tentando evitar os conflitos.


Os jogadores se ressentindo do gás lacrimogêneo. Inacreditável o jogo seguir até o fim
Os jogadores se ressentindo do gás lacrimogêneo. Inacreditável o jogo seguir até o fim

Mas só se mostrou uma bobagem.

Já que os protestos dominam toda a Colômbia.

No primeiro tempo, a partida teve de ser interrompida quatro vezes, porque o gás lacrimogêneo chegava até o gramado e cegava os jogadores. Andrés Cunha apenas esperava que eles lavassem seus olhos com água. Para recomeçar o jogo.

Aos 38 minutos do primeiro tempo, os jogadores chegaram a ir para os vestiários, incomodados com os efeitos do gás. Os treinadores Cuca e Jersson González e mais o médico Rodrigo Lasmar chegaram a pedir para o árbitro suspender o jogo. Mas Cunha não quis.

Era evidente que ele estava orientado para seguir com o jogo de qualquer maneira. Não fazer o que os manifestantes queriam. E o jogo seguiu em total clima de insegurança.

Os atletas terminaram o primeiro tempo com o América tocando a bola e os jogadores do Atlético nem chegando perto, como protesto. Um vexame.

Mas no segundo tempo, com a situação mais calma, o jogo seguiu.

Na primeira etapa houve quatro paralisações, na final, uma.

A vitória foi do Atlético Mineiro, por 3 a 1. Hulk, Arana e Vargas. Enquanto Moreno descontou para o América.

O time de Cuca se classificou para as oitavas-de-final da Libertadores.

O futebol foi o menos importante.

Histórica foi a atitude do árbitro Andrés Cunha.

Desumana, absurda, indigna....

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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