São Paulo, Brasil
A dois meses e meio da eleição, o Corinthians parece uma gangorra.
Se o time perde, como no domingo, diante do Fluminense, a pressão é gigantesca para a contratação de um novo técnico.
Se vence, como ontem, diante do Bahia, de Mano Menezes, por 3 a 2, a pressão é gigantesca para a permanência de Coelho como treinador.
"Eu tenho que fazer o meu trabalho. A gente já deixou bem conversada a minha situação.
"Sou funcionário do clube, se ele precisar de mim, estarei sempre a disposição para ajudar. Só quero fazer meu trabalho e passar confiança aos jogadores. Espero, junto com eles, dar continuidade nisso", dizia Coelho, após a vitória.
"Ele" é Andrés Sanchez.
O presidente corintiano segue mudando de ideia como muda de camisa.
Já declarou que estudaria com calma o nome de um técnico, depois de despachar Tiago Nunes.
Falou na terça-feira ter 'pressa' na definição do treinador.
O problema é que Andrés está sentindo que não será fácil fazer de Duílio Monteiro Alves seu sucessor. Mario Gobbi, candidato da oposição, está ganhando apoio da ala de Paulo Garcia, com a possibilidade de união.
Andrés decidiu não submeter o nome do novo treinador à oposição.
Seu sonho dourado é que o seu treinador escolhido aceitasse um 'contrato de risco'.
Ou seja, ele ficasse até o início de dezembro.
E depois o vencedor da eleição o efetivaria, se fosse Duílio.
Mas Andrés não pode e não quer falar pela oposição.
Por isso, a gangorra mostra que se Coelho seguir fazendo o time ficar em uma posição confortável na tabela, possa até ser efetivado.
Pelo menos até dezembro.
O que facilita são os adversários.
Se o Corinthians vencer o Sport, na próxima quarta-feira, em Recife.
E, depois, o Red Bull Bragantino, em Bragança, no dia 3 de outubro, a situação mais calma, com fôlego para uma efetivação de Coelho.
O técnico foi muito elogiado pela escolha da dupla de volantes, Roni, ex-jogador da base, 21 anos. E Xavier, 20 anos, que chegou da Ponte Preta, em 2019.
Os dois jogaram muito bem contra o Bahia.
"A escolha do Xavier e Roni vem muito com a maturidade que o grupo tem quando acontece uma escolha assim. Quero primeiramente agradecer aos jogadores por tudo que estão fazendo, principalmente pelos que estão saindo para a entrada dos mais jovens.
"E a moral que eles deram pros meninos. Não vem só do merecimento deles, mas também da galera que está com eles, da moral, da confiança que eles deram aos meninos. Não é uma mudança fácil, mas eu e os meninos tivemos o respaldo de todos. Aceitaram muito bem", disse, o técnico interino.
Andrés Sanchez segue completamente indeciso.
E está ganhando tempo.
Uma semana é tempo mais do que suficiente, para um grande clube como o Corinthians contratar um técnico, se o presidente tivesse conviccção.
Andrés não tem.
O que pode ser ótimo para Coelho...
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