Galvão? Thiago Leifert? Globo? Casimiro ganhou a Copa do Catar. Recorde mundial. Cazé reinventou a transmissão de futebol no Brasil
O streamear, aliado à Fifa, construiu uma força tarefa incrível para a transmissão do Mundial nas redes sociais. O golpe foi sentido pela emissora carioca. E já fez a primeira vítima. Thiago Leifert, no Globoplay
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Doha, Catar
Jamais em todas as Copas do Mundo que a Globo teve exclusividade, sofreu um golpe tão duro e marcante para o mercado publicitário.
Com o apoio da Fifa, o streamer Casimiro Miguel mostra a força das mídias sociais contra as transmissões tradicionais da tevê carioca.
Ao abrir mão da exclusividade na Internet dos jogos deste Mundial, por economia, a cúpula da emissora carioca acreditou que nem surgiriam interessados. Já que seriam 'massacrados' pelas transmissões, principalmente com o toque emocional: a despedida de Galvão Bueno, sua voz oficial do esporte, das Copas.
Deveria ser motivo de celebração.
Só que a força dos adolescentes, jovens e amantes de transmissões mais descontraídas, engraçadas, espontâneas, como se fosse um amigo comentando um jogo na sala, arrebatou milhões de pessoas.
A Cazé TV já fez história nesta Copa.
Com Brasil e Suíça já quebrou o recorde mundial de lives do mundo.
Foram mais de 4,9 milhões de conexões simultâneas.
Casimiro conseguiu derrubar o recorde que pertencia ao lançamento do foguete do bilionário Elon Musk pela Space X, que chegou a 2,3 milhões de pessoas acompanhando pessoas comuns, passeando no espaço.
Ele já havia chegado a incríveis 3,7 milhõs no jogo entre Brasil e Sérvia.
Os efeitos devastadores na Globo já começaram.
Atingiram em cheio uma estrela da casa. Thiago Leifert.
Ele deveria ser o narrador dos jogos do Brasil no Globoplay, em um estilo mais descontraído, perto do que Casimiro faz.
Só que a audiência do streamer está mais do que consolidada. Ele já tem seu público fiel, há mais de 12 anos.
A emissora carioca percebeu que iria ser arrasada e fez com que Thiago Leifert não transmitisse Brasil e Suíça, e sim, Portugal e Uruguai. Dessa forma, evitou bater de frente com Casimiro.
Aliás, os dois são muito amigos. E trabalharam juntos na Amazon TV.
Mas amigos, amigos. Negócios, à parte.
Com Galvão Bueno, a Globo caiu um ponto ontem na transmissão de Brasil e Suíça. De 51 para 50. Nas redes sociais há inúmeras críticas pela total falta de interação entre Galvão Bueno e a comentarista Ana Thaís Matos.
A repercussão do 'fenômeno' TV Cazé em todos os veículos de comunicação está muito maior do que a despedida de Galvão Bueno.
Nada é por acaso.
Casimiro, 29 anos, repórter e comentarista esportivo, que abandonou a faculdade de jornalismo, descobriu a força das redes sociais. Virou as costas à TNT e ao SBT. E com seu poder de comunicação conseguiu erguer um império.

Se associou à Live Mode, criadora do Esporte Interativo, e com o apoio da Fifa que decidiu ocupar o espaço de exclusividade que a Globo não quis.
O investimento no Cazé TV para a Copa é fortíssimo.
A equipe tem ex-jogadores da Seleção Brasileira: Marcelo, Denilson, Emerson, Gilberto, Junior Baiano, Edmilson e Juninho Pernambucano.
Do Brasil, os streamers Guilherme Beltrão, Bronx, Maciel, Pig e Italo Sena.
Aqui, no Catar estão Isabella Pagliari, André Hernan, Alexandre Oliveira, Rafael Morientes e Jackson Pinheiro. Diogo Defante e Alan ‘Estagiário'.
Há entrevistas, matérias 'sérias' sobre a Seleção Brasileira.
O equipamento de cobertura do Mundial da TV Cazé é de qualidade internacional.
Casimiro, Live Mode e Fifa montaram uma estrutura inédita nas redes sociais do Brasil.
O resultado é impactante.
E com patrocinadores bilionários que não param de se envolver com as transmissões, percebendo o mundo novo que surge.
Brahma, Coca-Cola, McDonald 's, Nubank, Vivo, IFood e EstrelaBet.

Casimiro tem dormido na casa que alugou no Rio de Janeiro para as lives. E fez de uma churrasqueira personagem de suas ensandecidas transmissões de jogos da Copa.
O acordo prevê 22 partidas no youtube. Mais 'reacts', sua reações em 64 jogos do Mundial.
Tudo parece improvisado, mas é algo do mais absoluto profissionalismo.
Feito para atingir um grupo que fugia das transmissões de futebol no Brasil: o de crianças e adolescentes.
Casimiro atingiu em cheio não só Galvão Bueno e Thiago Leifert.
Mas a Globo.
Que não sabe como reagir.
Ou melhor, até tentou, sondando o streamer.
Mas ele garantiu em entrevistas.
"Não vou para a tevê aberta.
"Meu lugar é no meu canal, onde faço o que eu quero.
"Na hora em que eu quero."

Novos recordes de transmissão estão previstos para este Mundial no Catar.
A parceria com a Fifa deverá ser renovada para a próxima Copa.
E há possíveis acordos sendo amarrados com a CBF e Conmebol.
Casimiro dará ainda muito trabalho ao futebol da Globo...
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