Galoppo se transforma em incômodo no São Paulo. Não joga. Só treina. Não aceita ser vendido para ganhar menos do que R$ 440 mil
Clube pagou R$ 27,5 milhões pelo jogador. Uma das contratações mais altas de sua história. Depois de contusão, teve problemas com Carpini e com Zubeldía. Virou reserva de luxo, recebendo R$ 400 mil mensais. Já recusou o Boca Juniors e o Rosario Central
Cosme Rímoli|Do R7
A situação é simples e complicada.
Galoppo era um dos melhores jogadores do São Paulo.
Contratado a peso de ouro, para um clube que deve mais de R$ 800 milhões.
Foram 4,5 milhões de dólares, R$ 27,5 milhões, pagos ao Banfield.
Aos 23 anos, era um dos grandes destaques do futebol argentino.
Ele aceitou o clube paulista pensando em usá-lo como trampolim à Europa.
Bastou o segundo semestre de 2022 e a direção comemorava ter contratado um ótimo jogador.
Estava bem em 2023, até que veio a partida de quartas de final do Campeonato Paulista, contra o Água Santa, no estádio do Palmeiras.
Ele era o artilheiro da temporada, com oito gols.
No gramado sintético do Allianz Parque, que vivia problemas muito sérios, derretendo.
E prendendo a chuteira de vários jogadores.
Foi lá que ele teve uma torção violentíssima e rompeu os ligamentos cruzados do joelho esquerdo.
A contusão foi no dia 13 de março.
Com um silencioso descontentamento da direção, ele foi operar na Argentina.
Sua recuperação levou dez meses.
Voltou a atuar só no dia 20 de janeiro deste ano.
Perdeu seu espaço.
Virou reserva.
Sua faixa de campo era de Lucas.
E havia também James Rodríguez.
Não teve paciência.
Pelo contrário.
Ao se ver desvalorizado, reserva e, muitas vezes, nem entrando em campo, houve o desentendimento com Carpini.
Passou de vez a ficar fora dos planos.
A direção do São Paulo já acionou empresários para tentar negociar o atleta.
A situação ficou ainda mais à flor da pele com a chegada de Zubeldía.
O técnico não aceita que questionem as suas decisões.
Galoppo virou um reserva de luxo.
O argentino não entrou em choque, mas não demonstra insatisfação.
Recebendo 80 mil dólares, cerca de R$ 440 mil.
O dobro que recebia na Argentina.
Em todo 2024 só entrou em campo 19 vezes, não fez um gol sequer, deu apenas duas assistências.
Ele recusou propostas do Boca Juniors e do Rosario Central.
Os dois clubes argentinos ofereceram salários de R$ 250 mil.
Não quis saber.
Seu estafe tenta uma negociação com a Europa.
Ele tem cidadania italiana.
Mas está difícil porque ele é reserva.
E muitas vezes, reserva dos reservas.
A situação incomoda a direção são-paulina, que busca soluções.
Como emprestá-lo, trocá-lo.
Só que a exigência é clara.
Receber os mesmos R$ 440 mil que ganha no São Paulo.
Simples e complicado assim.
Seu contrato no Morumbi vai até junho de 2027.
Ele é muito querido pelos companheiros, que são solidários com seu péssimo momento no clube.
Zubeldía não mostra a menor disposição em apostar no seu compatriota de 25 anos...
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