Gabriel Menino xinga Tite e descobre que não é Gabigol. Se queima com todos os treinadores do futebol brasileiro
Jogador de 22 anos resolve imitar Gabigol e canta a todos os pulmões que Tite é 'c...', por não convocar Dudu. Xinga o treinador que deu a sua primeira chance na seleção. Depois, tarde, pede desculpas
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Doha, Catar
"Tite cu...
"Dudu é seleção."
Quando Gabigol regeu o coro da torcida flamenguista contra o treinador da seleção brasileira, nas ruas do Rio de Janeiro, no domingo, teve um peso.
Ele estava revoltado por se sentir injustiçado pelo técnico. Afinal, foi protagonista em duas Libertadores e o brasileiro a marcar mais gols desde o fracasso da seleção na Rússia. Fez 151, enquanto Neymar, o segundo, 87.
Aos 26 anos, ele é o grande ídolo do futebol não só da torcida do Flamengo, mas do Brasil.
Lógico que Tite não será chamado nem para uma partida de truco. Mas outros treinadores que assumam a seleção darão chance ao artilheiro.
Agora, levado pela empolgação, Gabriel Menino cedeu à tentação.
Na festa de casamento de Dudu na madrugada de quarta-feira, o polivalente jogador do Palmeiras não se conteve.
E, empolgado, cantou a plenos pulmões quase o mesmo refrão, só mudando o personagem 'injustiçado'. Não era ele. Homenageou o atacante dono da festa.
"Tite c...
"Dudu é seleção."
Havia outros jogadores na festa, que até podem ter engrossado o coro. Mas foi Gabriel Menino quem foi filmado.
O jovem de Morungaba tem 22 anos e surgiu como uma grande promessa no Guarani, foi contratado ainda no sub-17 pelo Palmeiras. Surgiu no futebol profissional como impressionante revelação para a ala direita. Um lateral mais ofensivo, alternando funções de volante.
Logo chamou a atenção de Tite, que o convocou para amistosos contra Peru e Bolívia. Poderia estar "nascendo" uma opção mais moderna para uma posição em que o Brasil é carente desde Cafu.
Só que, de acordo com ele mesmo, se deixou levar pelo sucesso.
Deixou de treinar com afinco.
Pior: de ouvir com tanta atenção os conselhos dos jogadores mais velhos.
Passou a ser visto em festas.
O rendimento físico e, principalmente, técnico caiu.
Pela conquista da Libertadores. Logo deixava de ser titular absoluto do Palmeiras. Foi para a Olimpíada de Tóquio, mas já como reserva.
Tite o deixou de lado.
No Palmeiras virou opção fixa no banco de reservas. Atrás dos veteranos Marcos Rocha e Mayke.
Só não foi vendido por falta de opções.
Não está descartada sua saída na próxima temporada.
Não por sua multa rescisória, 60 milhões de euros, cerca de R$ 337 milhões, como sonhava a diretoria, em 2020.
Por muito menos.
No site especializado em transferência de jogadores, ele é cotado em 7 milhões de euros, cerca de R$ 39 milhões.
Gabriel Menino precisa saber que Tite tem dois assessores de imprensa. Um da seleção. E outro pessoal.
E que os treinadores são solidários.
Ele não tem a idolatria nem a relevância de Gabigol.
Se foi flagrado xingando, ironizando o atual técnico da seleção, que foi a pessoa que fez a primeira convocação, que apostou no seu futebol, como pode merecer a confiança de nova chamada?
Ou de fazer parte de um novo elenco que pretenda montar?
Gabriel só justificou seu sobrenome de maneira tola, infantil.
Sua atitude já é muito citada pela imprensa brasileira, aqui no Catar.
E já chegou a Turim.
Ele está conseguindo sabotar sua promissora carreira.
Assustado com a repercussão, a velha saída.
Pedir desculpas.
"Queria pedir desculpas pelo vídeo que está circulando na internet no dia de hoje. Estava em um momento de lazer e confraternização com amigos, comemorando o casamento do Dudu, e acabei me excedendo na empolgação", postou.
Mas as imagens ficarão para sempre.
Ele tem grande potencial.
Mas sua carreira é muito mal orientada...
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