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Fuga de Weverton dos jornalistas, depois de falha infantil contra o Corinthians. Liderança questionada no Palmeiras

Goleiro de 36 anos não quis enfrentar as críticas pela falha, que tirou a vitória do Palmeiras no clássico. Weverton já está irritado desde as cobranças por não defender pênaltis na decisão da Supercopa do Brasil

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Weverton saiu cercado de seguranças. Postura decepcionante de um dos líderes do elenco
Weverton saiu cercado de seguranças. Postura decepcionante de um dos líderes do elenco Palmeiras

São Paulo, Brasil.

36 anos.

Bicampeão da Libertadores, tricampeão brasileiro, tricampeão paulista, campeão da Copa do Brasil, campeão da Recopa Sul-Americana, da Supercopa do Brasil.

Medalha de ouro na Olimpíada de 2016.

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No dia 18 de janeiro ele estendeu seu contrato com o Palmeiras até dezembro de 2026.

Seu salário passou de R$ 650 mil para R$ 850 mil.

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Ele é titular absoluto e homem de confiança de Abel Ferreira.

Um dos líderes do elenco.

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Ele deve sua carreira importante no futebol brasileiro ao Corinthians. Nascido no Acre, atuava no Juventus do estado nortista, equipe bancada por empresários, que disputou a Copa São Paulo de 1995. Weverton teve uma atuação épica contra o time corintiano.

Foi contratado.

E chegou cheio de ilusões.

Na época, eu estava cobrindo o clube, que estava sob o domínio da MSI, de Kia Joorabchian. Weverton se destacava, mas de maneira muito estranha, seguia como quarto goleiro. 

De gênio forte, se rebelou e pediu para ser vendido. Foi para o Remo, Oeste, América de Natal, Botafogo de Ribeirão, Portuguesa, até que chegou ao Athletico, onde mostrou o espetacular goleiro que é. Ficou cinco anos.

A seis meses de contrato, com quatro propostas, ele escolheu o Palmeiras. Não quis o São Paulo, o Internacional e o Fluminense.

O contato foi fechado pelo então executivo Alexandre Mattos, que foi encontrar Gabriel Jesus, que era do Palmeiras e estava na Seleção Brasileira. Mattos deu carona a Weverton e o acordo foi fechado dentro do carro. Ele ficou comprometido com o clube paulista.

Chegou em 2018. Se tornou dono absoluto da posição. 

Foi injustiçado por Tite nas Copas de 2018 e 2022, enquanto colecionava títulos para o Palmeiras.

A falha infantil de Weverton. Ele recolhe o braço, pensando que a bola ia fora. Não queria o escanteio
A falha infantil de Weverton. Ele recolhe o braço, pensando que a bola ia fora. Não queria o escanteio R7

O goleiro, de extraordinários reflexos, ótimas saídas do gol, explosão muscular cientificamente trabalhada no Palmeiras, segue com a estranha sina de não conseguir defender pênaltis pelo clube.

Das dez últimas decisões por pênaltis, Weverton esteve em todas.

O time só venceu duas.

A última, pela Supercopa do Brasil, contra o rival São Paulo, há 15 dias.

No total, nestas dez disputas, dos 56 pênaltis cobrados contra o Palmeiras, ele defendeu 'apenas' nove.

Weverton sempre teve o apoio da torcida.

Mas a derrota contra o São Paulo o irritou particularmente.

Não esperava a cobrança pelos pênaltis.

E ontem mostrou uma fragilidade emocional que não é característica.

Ele sabia que proporcionou o empate ao maior rival, o Corinthians, clube que o desprezou.

Com o time atuando com dois jogadores a menos, Cássio expulso e Yuri Alberto, contundido.

Weverton acreditou que a falta de Garro, na intermediária, iria pela linha de fundo, encolheu os braços, para não ceder o escanteio.

Só que calculou muito mal onde estava.

E 'deu o empate' ao combalido Corinthians, em 2 a 2.

A sua postura foi decepcionante, até dentro do Palmeiras.

Conselheiros souberam pela manhã o que aconteceu.

Depois de banho tomado, ele chamou seguranças do Palmeiras.

Weverton era quarto reserva no Corinthians. Se rebelou e foi várias vezes emprestado
Weverton era quarto reserva no Corinthians. Se rebelou e foi várias vezes emprestado Corinthians

Perguntou se havia jornalistas o esperando na Arena Barueri.

Diante da resposta afirmativa, ele pediu para ser 'protegido' e não falou uma palavra sobre sua bizarra falha.

Nas conquistas de títulos, Weverton é o primeiro a dar entrevista.

A postura foi lastimável.

Até porque ele tem muito crédito junto à Comissão Técnica, diretoria, torcedores.

Idade, liderança e experiência para assumir erros.

No vestiário, ele teve todo o apoio de Abel Ferreira e companheiro.

O time do Palmeiras não gosta de atuar na Arena Barueri.

O goleiro tem a visão periférica acostumada com o Allianz. As referências visuais são outras.

O que ameniza, mas não isenta Weverton de culpa.

Mas não foi o lance em si que despertou a atenção de todos.

E sim a postura do goleiro, diante da falha.

Weverton, Gustavo Gómez e, agora, Aníbal Moreno, são as referências nos vestiários do Palmeiras.

Houve estranhamento sobre a fraquejada psicológica do goleiro.

Abel Ferreira já percebeu.

E quer o posicionamento firme de Weverton, de volta.

A falha contra o Corinthians tem de ser administrada.

Enfrentada.

Como um dos líderes do clube, Weverton sabe que errou.

Não precisa de proteção.

Nem se esconder de jornalistas e torcedores...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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