Foi covardia. 5 a 0 contra time misto da Bolívia
O primeiro passo da seleção nas Eliminatórias foi fácil demais. 5 a 0 contra a fraquíssima Bolívia, na arena corintiana. Neymar foi bem, mas não marcou
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Foi covardia.
O primeiro jogo das Eliminatórias Sul-Americanas do Brasil já seria fácil. A Bolívia longe de La Paz sempre foi um adversário fraco.
Mas hoje, na arena do Corinthians, a seleção boliviana se ofereceu para a derrota.
Deixou seus principais jogadores, Marcelo Moreno, Jaume Cuéllar, Boris Céspedes e Alejandro Chumacero, que atuam no exterior, poupados. Para enfrentar a Argentina, em La Paz, na terça-feira.
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O Campeonato Boliviano está paralisado por conta da pandemia.
Os jogadores de Cesar Farias não tinham nem ritmo de competição, já que estavam apenas treinando.
A seleção brasileira não teve a menor dificuldade para golear o frágil adversário por 5 a 0, dois gols de Firmino, Marquinhos, Carrasco (contra) e Philippe Coutinho.
O time de Tite chegou a ter 85% de posse de bola.
O desequilíbrio era enorme.
O time boliviano não tinha compactação.
E só apelou para faltas nos últimos minutos do jogo.
Antes, não.
Havia todo espaço para que o novo esquema de Tite fosse testado e aprovado. O técnico decidiu colocar Neymar como meia, exatamente como faz no PSG.
Escalou Everton Cebolinha aberto na direita, com a companhia de Philippe Coutinho.
Firmino na frente, pelo meio, mas com liberdade para recuar na intermediária, como gosta de fazer no Liverpool.
Na esquerda, aberto, Renan Lodi.
Douglas Luiz assumia o lugar de Arthur como segundo volante. E com muito mais ofensividade.
Um coletivo entre titulares e reservas ofereceria muito mais dificuldade.
A seleção boliviana seguiu encolhida, respeitando o Brasil, mas dando espaço para que os jogadores de Tite fazerem o que quisessem.
Não havia resistência.
Mesmo assim, o Brasil marcava forte, na saída de bola, pressionava.
Tite queria a goleada.
A falta de entrosamento da equipe brasileira atrapalhava muito mais.
Aos três minutos, já era para estar 2 a 0. Everton e Marquinhos perderam gols feitos.
Mas aos 15 minutos, não houve jeito.
Com toda a tranquilidade, Danilo cruzou e Marquinhos cabeceou forte para as redes. 1 a 0. Aos 29 minutos, Renan Lodi invadiu pela esquerda e cruzou para Roberto Firmino marcar: 2 a 0.
O Brasil teve 76% de posse de bola e deu 11 chutes a gol, contra apenas um da Bolívia no primeiro tempo.
Foi um covarde massacre.
No segundo tempo, os bolivanos, para piorar, estavam cansados.
O Brasil seguiu seu ritmo.
Aos três minutos, Neymar fez ótimo cruzamento para Roberto Firmino marcar. 3 a 0.
Mérito do Brasil foi não ter diminuído o ritmo.
Queria golear.
Aos 20 minutos, Rodrygo, que entrara no lugar de Everton Cebolinha, cabeceou. O zagueiro Carrasco acabou marcando contra. 4 a 0.
E, aos 27 minutos, Neymar cruzou na cabeça de Philippe Coutinho, seu companheiro de seleção brasileira desde que eram garotos, 5 a 0.
Neymar jogou bem. Mas era nítido que ele queria marcar, de qualquer maneira, para alcançar Ronaldo Fenômeno, como segundo maior artilheiro pela seleção, com 62 gols. O jogador do PSG, com 61, insistia em chutar para o gol, bater falta que seria ideal para canhoto.
Não marcou.
Nos últimos minutos, exagerou nos dribles.
Tomou pontapés perigosos de forma desnecessária, com o jogo ganho.
De qualquer maneira, o Brasil fez sua obrigação.
Goleou o pobre time misto boliviano.
Foram 19 chutes a gol contra dois.
69% de posse de bola.
Disparate que resume o confronto.
Terça-feira terá um adversário mais díficil.
O Peru, em Lima.
Aí sim será possível testar o novo jeito da seleção jogar.
Hoje, o adversário não impôs resistência alguma...
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