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Cosme Rímoli - Blogs

Flamengo nega microfone na despedida de Gabigol. Medo de vingança contra diretoria, que ouviu Tite e o forçou a ir embora

Ele queria fazer um discurso de adeus, depois da partida contra o Vitória, domingo, no Maracanã. Direção rubro-negra disse ‘não’. Havia a séria preocupação que ele acabasse expondo os dirigentes. Há eleição no dia 9 e poderia ser munição à oposição. Mas Gabigol fará coletiva

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Gabigol vestirá pela última vez a camisa do Flamengo. Domingo, no Maracanã Marcelo Cortes/Flamenngo

Todos os ingressos para a despedida de Gabigol foram vendidos.

55.380 pessoas darão adeus ao maior ídolo, depois de Zico.

Midiático, ele soube como ganhar o coração da maior torcida do país.

Desde que chegou no início de 2019, ele marcou 160 gols.


E deu 44 assistências.

Participou de mais de 200 gols.


Foi prejudicado, sabotado, por Tite, treinador que não o tolerava.

Aliás, foi o demitido treinador quem convenceu o presidente Rodolfo Landim e o vice de futebol, Marcos Braz, a não renovarem o contrato do artilheiro.


O ex-técnico preferia a obediência de Pedro.

Chegou a deixar Gabigol na reserva do reserva.

O jogador foi humilhado porque ousou reger um coro de palavrões ao técnico, proferidos por torcedores flamenguistas, ao não ser convocado para a Copa do Catar.

A série de insultos foi na comemoração do tricampeonato da Libertadores.

De maneira ‘surpreendente’ vazaram os números da pedida de Gabigol para renovar.

Ele queria oito milhões de euros como luvas, R$ 50,9 milhões.

E mais R$ 2,5 milhões mensais.

Contrato por quatro anos.

O Flamengo ‘ofereceu’ o que já sabia que Gabigol recusaria.

Contrato apenas de um ano.

R$ 2,5 milhões de salários, mas sem luvas.

O ‘não’ foi imediato.

E o rompimento também.

Tudo ficou mais ameno com a demissão de Tite por fracassos na Libertadores.

Só que não houve volta.

Gabigol se apalavrou com o Cruzeiro.

Por contrato ‘longo’ e ‘grande salário’, repete a imprensa mineira.

A direção do Flamengo chegou a afastar o atacante.

Mas voltou atrás, até porque este ano é eleitoral.

E ele é o maior ídolo do clube.

Zico tentou aproximar Tite de Gabigol. À toa. Técnico não perdoou atacante. E é o pivô de sua saída Marcelo Cortes/Flamengo

Com dois cartões amarelos, nem foi relacionado para a partida diante do Criciúma, hoje.

Ficou reservado, até por motivos econômicos, ao jogo contra o Vitória, domingo.

Havia a certeza de estádio lotado no adeus do artilheiro, domingo.

Gabigol quer dar o seu adeus à torcida.

E seu estafe queria um microfone, para se despedir, após o confronto.

Só que a direção flamenguista negou.

A eleição está mais disputada do que Rodolfo Landim esperava.

E microfone não será cedido.

Por medo de críticas para a atual direção, que praticamente o mandou embora.

Mas Gabigol não ficará calado.

Usará uma camiseta especial para o último jogo.

Provavelmente, embaixo do uniforme.

E também está garantida a coletiva de adeus.

A direção do Flamengo ainda não entendeu.

Ninguém cala Gabigol...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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